sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Manoel, tapuio de nação Potengi, e Luzia, tapuia de nação Caboré.

Por João Felipe da Trindade

Com a saída dos holandeses, os tapuias ficaram desprotegidos, e muitos deles foram aprisionados e viraram escravos, durante a Guerra dos Bárbaros. Segue o casamento de dois deles, mas de nação diferentes.

Aos 2 de fevereiro de 1728, em a Capela de Nossa Senhora da Conceição, deste Rio Grande do Norte, feitas as denunciações, na forma do Sagrado Concílio Tridentino, nesta Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, da cidade do Rio Grande do Norte, onde o contraente é natural, e ambos fregueses da dita Capela de Jundiaí, onde ambos são assistentes, sem se descobrir impedimento, em presença do Padre Antônio de Araújo e Sousa, de licença minha, presentes por testemunhas  Luís da Costa, mulato, e Manoel da Costa, Maria Filha, e Felícia, crioula, escrava do alferes Roque da Costa Gomes, pessoas conhecidas, se casaram em face da Igreja, solenemente, por palavras Manoel, tapuio de nação Potengi, e Luzia, tapuia de nação Caboré,  escravos do alferes Roque da Costa Gomes. E logo lhes deu as bênçãos conforme os Ritos e Cerimônias da Santa Madre Igreja. E pelo assento que veio do dito Padre, fiz este assento, que por verdade assino. Manoel Correia Gomes, Vigário.



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