BREVE HISTÓRIA DOS MEDEIROS
E SUA HERANÇA EM PENDÊNCIAS
Marcos Medeiros
Marcos Medeiros
Tudo, tudo começou
Com Manoel Alves Barbosa
Paraibano que migrou
Tendo prole numerosa
Vinda de dois casamentos
Ornados de nascimentos
E vivência harmoniosa.
Tendo ascendência garbosa
Bateu terras e terreiros
De atitude valorosa
Foi por meios verdadeiros
Um produtivo empregado
Tendo do patrão herdado
O sobrenome Medeiros.
Os seus primeiros herdeiros
de Ana Xavier nascidos
Maria e José, nos cueiros,
Por mais quatro prosseguidos
Manoel e Joaquim no lero
Antonio Alves, Ludgero
Foram mui bem recebidos.
Diante de acontecidos
Pela morte da mulher
Manoel buscou sentidos
Como quem sabe o que quer
Casou com Maria Inácia
Mostrando toda eficácia
Que tal momento requer
Testou logo pra o que der
Essa nova conjunção
Se outra Maria tiver
Teve mais Pedro e João
Petronilo e Francisco
Com Luiz disse: eu arrisco
Sendo doutra geração
Antonio assim se casou
E por Cândida a paixão
Logo, logo revelou
Seguindo reto, nos trilhos,
Pode gerar cinco filhos
E por igual os amou.
Manoel novo já chamou
Pra compor a descendência
Francisco Hermógenes gerou
Com toda clarividência
Além de duas Marias
Milagres, Vitórias, guias
De Artur, vivendo em sequência.
Não foi por coincidência
Que João Alves de Medeiros
Demonstrou sua tendência
E sorrisos prazenteiros
Pra Maria Humbelina
Cumprindo assim sua sina
De casadoiros parceiros.
Em versos mais que ligeiros
Destaco essa filharada,
Entre tantos brasileiros:
Sebastião na jornada,
Humbelina e o bom Glicério,
Pacheco, Elzevir, Silvério,
E Marfisa, enfim listada.
Nessa longa caminhada
Francisco Hermógenes vem
Pedir Leopoldina amada
Para esposa e pro seu bem
E depois onze crianças
Vieram dar esperanças
Para todo o sempre, amém.
Chagas que Hermógenes quer bem
Feito Almir ali nasceu
Josefa e Alda que tem
Aldemir como irmão seu
Dagmar, Maria Estela
Armando, Aécio, Aldo, em tela
Foi riqueza que Deus deu.
Maria Estela proveu
Ao seu bem Geraldo Costa
Sete filhos concebeu
Mostrando boa resposta
De que o amor e o carinho
São aconchegos do ninho
De quem dos filhos bem gosta
Maternidade já posta
Concebe duas Marias
Socorro e Graça, em proposta
Gilson, Gildemar, nas vias
Depois Geraldo e Gilberto
Gutenberg ali bem perto
Trazendo mil alegrias.
Mas falando em novas crias
Do tronco familiar
De seu João, biografias
Quero aqui apresentar
O seu caçula Elzevir
Que na história devo adir
Pra poder me apresentar
Sem querer me destacar
Sou de Elzevir e Elita
O filho dentro do par
Que Vilma completa e dita
Meu nome é Marcos Medeiros
Meus versos são verdadeiros
Tendo os Medeiros na fita
Apesar de circunscrita
A poesia descritiva
Dos Medeiros nessa escrita
Serve para manter viva
A chama dessa família
Qual verdadeira mobília
De Pendências sempre ativa.
Claro que contem missiva
Com alguns pontos revelados
Pois o espaço curto priva
De mostrar mais resultados
Da pesquisa mais completa
Que chega as mãos do poeta
Sobre os seus antepassados
O enfoque nestes dados
É para a genealogia
Não pra títulos legados
Aqui nessa freguesia
Mostra o nome das pessoas
Sem contar as suas loas
Que a própria história historia.
Cedo ou tarde alguém diria
Como Gutenberg fez
Que a pesquisa tem magia
Encanto e desfaçatez
Por isso com muito jeito
Nesse momento aproveito
Para contar pra vocês
Nossa família tem vez
Desde muito tempo atrás
Como mascate se fez
Na política se faz
Gente boa numa escrita
Religiosa e contrita
Cheia de ternura e paz
Nisto mostrou-se capaz
Meu caro tio Glicério
Que desde quando rapaz
Demostrou-se honrado e sério
Pedreiro, ajudou a igreja
Tocou sino e viu peleja
Pra tudo usou seu critério
Hoje habita o cemitério
Ao lado da companheira
Tia Júlia, um minério
Dessa mina alvissareira
Graças ao bom Manoel
Que deu, passando o papel,
A morada derradeira.
Nas terras desta ribeira
Do terreno à construção
Campo santo foi bandeira
Da sua obstinação
E também para a capela
Seu Manoel investiu nela
Grande contribuição.
Pra maior satisfação
Do clã seguido adiante
Glicério e a religião
Firmaram pacto atuante
E por décadas além
Os sonhos de Manoel bem
Foram levados avante.