João Felipe da
Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN,
membro do IHGRN e INRG
Rufino
foi dono do Sítio Sacco da Freguesia de Macau, e vendeu uma parte de terras nas
sobras desse mesmo Sítio, que se tornou depois o Alto do Rodrigues, para o
capitão Joaquim Rodrigues Ferreira.
Para
conhecê-lo melhor, vejamos o seu casamento: Aos oito dias do mês de fevereiro
de 1853, às onze horas da manhã, na capela de Nossa Senhora da Conceição da
Vila de Macau, na presença do Reverendo Ignácio Damazo Correa Lôbo, de minha
licença, e das testemunhas Nicolau Vieira de Mello e José Correa de Mello,
casados, e moradores nesta Freguesia, se uniram em matrimônio por palavras de
presente, e receberam as bênçãos nupciais, os meus paroquianos Rufino Álvares
de Clavasino Costa e Josefa Maria da Fonseca, naturais: ela, da Freguesia de
São João Baptista do Assú;e ele desta de São José de Angicos, onde moram,
filhos legítimos: ele, de Vicente Ferreira Barbosa, e de Francisca Xavier,
falecida; ela de José Antonio da Fonseca e Maria Magalona de Jesus, falecidos:
do que fez o dito padre este assento, que remeteu-me, e pelo qual faço este
termo, em que me assino. O vigário Felis Alves de Sousa.
A
testemunha Nicolau Vieira de Mello tinha casado, na Ilha de Manoel Gonçalves,
com uma irmã da nubente, de nome Maria Francisca da Fonseca.
O
pai do noivo, Vicente Ferreira Barbosa, foi figura de destaque em Angicos e
vizinhanças. Casou três vezes: a primeira com Francisca Xavier da Costa, filha
de Alexandre Barbosa e Joana Barbosa, como se vê da árvore genealógica desenhada
por Jacob Avelino; a segunda com Francisca Xavier da Cruz, filha de José
Antonio de Mello e Mathildes Quitéria da Cruz, e nessa época viúva de João
Pereira Pinto Junior; e a terceira com Claudiana Evarista Ferreira de Moraes, filha
de Antonio Ferreira de Moraes e Antonia Thereza de Jesus. Todas as suas esposas
eram suas parentas.
Pela
simplificação do registro de casamento, não se pode inferir qual das duas
Franciscas era a mãe de Rufino, pois ambas eram falecidas quando ele casou.
Talvez, Rufino seja filha da segunda, Francisca Xavier da Costa, com quem
Vicente Ferreira casou em 1827.
Entre
seus irmãos destacamos: Joanna Cordulina Xavier Ferreira, que foi casada com
Francisco Machado de Azevedo Costa; Anna Francisca Xavier, que casou com João
Ignácio Pereira Pinto, em 1833, cunhado da segunda esposa de Vicente Ferreira
Barbosa; Antonio Valério da Costa Bezerra, que foi casado com uma filha de Francisco
Xavier de Souza e Josefa Francisca da Costa.
Vejamos
um registro de um filho de Rufino, com nome incomum: Neophito, filho legítimo
de Rufino Álvares de Clavasino Costa e Josefa Maria da Conceição, nasceu a
vinte e um de novembro de mil oitocentos e cinqüenta e seis, e foi batizado,
solenemente, nesta Matriz do Assú, pelo Reverendo Coadjutor Elias Barbalho
Bezerra, a 12 de março de mil oitocentos e cinqüenta e sete, e foram padrinhos,
o major Vicente Ferreira Barbosa e Maria Joaquina da Fonseca, casados, e para
constar mandei fazer este assento em que assino. Manoel Januário Bezerra
Cavalcanti, Vigário Colado do Assú.
Pelos
registros da Igreja, onde aparece como padrinho, como também através de jornais
antigos, vemos que Rufino casou uma segunda vez. Não encontramos esse registro
de casamento, mas sua esposa, Maria Joaquina da Fonseca, que tinha o mesmo nome
da madrinha de Neophito, possivelmente, era irmã da primeira esposa, como era
comum naquela época. Um filho do casal Rufino Álvares Clavasino da Costa e
Maria Joaquina da Fonseca, nasceu no ano de 1861.
Neophito |