Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com
Joana Honório da Silveira, foi casada, segunda vez, com Pedro Moura, que foi prefeito de Angicos, e foi através dos registros civis de Angicos, que tive maior conhecimento sobre ela.
Joana
da Silveira Moura compareceu ao cartório de Angicos, em 2 de junho de 1934, e
declarou que nasceu em Natal aos 9 de abril de 1902, sendo filha legítima de Joaquim Honório da Silveira e Maria da Cruz
Honório da Silveira, que ignora os seus avós paternos e maternos. Houve um equívoco na declaração, pois, nos registros
da Catedral de Natal consta que: aos 15 de maio de 1898, na Matriz de Nossa
Senhora da Apresentação, foi batizada, pelo Reverendo João Maria Cavalcante de
Brito, Joana, nascida aos 9 de abril desse mesmo ano, filha legítima de Joaquim
Honório da Silveira, e Maria da Cruz Honório da Silveira, tendo como padrinhos
José Paula Antunes e Dona Maria dos Milagres Pinheiro da Câmara. Na margem
consta que ela se casou com Alfredo Umbelino de Azevedo, em 1 de outubro de
1914, não especificando o lugar. fui em busca desse casamento, e nos registros daqui de Natal encontrei que: Alfredo
Umbelino de Azevedo, de 21 anos, natural de Goianinha, filho de Miguel Umbelino
de Azevedo e Antônia Leopoldina, se casou em primeiro de setembro de 1914, em
Oratório Privado, com Joana Honório de Azevedo, de 16 anos, filha legítima de
Joaquim Honório da Silveira e Maria da Cruz da Silveira, sendo testemunhas Doutor
José Augusto Bezerra de Medeiros e Barôncio Guerra.
Encontro em outro registro: Joana Honório da Silveira Moura, casada eclesiasticamente com Pedro Moura de Vasconcelos, compareceu ao cartório de Angicos, e declarou que na cidade de Lages, nasceu, em 23 de dezembro de 1923, Sudelina, filha ilegítima dela declarante, neta materna de Joaquim Honório da Silveira e Maria da Cruz Honório da Silveira. Declarou, ainda, noutra ocasião, que em 15 de janeiro de 1927, em Lages, nasceu Selda, filha ilegítima dela. Na margem dessa última informação há uma averbação, datada de 6 de abril de 1951, onde Pedro Moura de Vasconcelos, pernambucano, filho de Antônio Evaristo de Vasconcelos e Libânia Maria de Vasconcelos, faz reconhecimento da filha ilegítima Selda, dele declarante com Joana Honório da Silveira, com quem era casado eclesiasticamente, sendo ela desquitada.
Segundo Francisco Honório Filho, em um artigo no livro comemorativo do “1º Centenário de Ordenação Sacerdotal do Monsenhor Joaquim Honório da Silveira”, esse pai de Joana Honório, Joaquim Honório da Silveira, homônimo do Monsenhor, era irmão de Francisco Honório da Silveira, pai do dito monsenhor, sendo filho de José Joaquim da Silveira e Antônia de Paula da Silveira. Nesse artigo, que trata da família Honório da Silveira, a única filha de Joaquim Honório e Maria da Cruz seria Joana Honório, casada com Pedro Moura, e com filhos Selda e Geraldo.
Em busca da ascendência de Joana, encontrei nos registros de Santana do Matos: aos 23 de abril de 1826, na Capela de Nossa Senhora da Conceição de Guamaré, José Joaquim da Silveira, filho de Leandro Rodrigues de Sá, e Plácida Maria da Silveira, se casou com Antônia Francisca de Paula, filha de Agostinho dos Santos e Antônia Francisca, presentes Vicente Ferreira da Costa e Antônio Ferreira de Moraes. Encontro ainda o casamento de um irmão de José Joaquim da Silveira: em 20 de abril de 1826, na Capela de Nossa Senhora da Conceição Guamaré, se casaram João Batista da Silveira, filho de Leandro Rodrigues de Sá, falecido, e Plácida Maria da Silveira, e Águida Clara dos Anjos, filha natural Maria Gomes de Andrade, sendo testemunhas Manoel José de Melo, solteiro, e Antônio Ferreira de Brito, casado.
Lá em Macau, muitos membros da família Honório da Silveira. O mais famoso foi o homônimo do pai de Joana. Monsenhor Joaquim Honório da Silveira nasceu em Macau, aos 14 de janeiro de 1879, sendo filho de Francisco Honório da Silveira Canuto e Ana Honório da Silveira. Não localizei o batismo do monsenhor, mas de alguns irmãos deles: Luiza, filha de Francisco Honório Canuto e Ana Maria da Conceição, nasceu e foi batizada em Macau, no ano de 1877, sendo seus padrinhos José Cordeiro do Rego Pontes e sua mulher Luiza Helena de Freitas, por seus procuradores Joaquim Rodrigues Ferreira e sua mulher Ricardina Rodrigues Cavalcante; Francisco é de 1880 e teve como padrinhos João Antônio de Brito e Antônia Francisco de Brito; Manoel é de 1884, e teve como padrinhos Lourenço Pinto Martins e Rita Moreira Martins.
Aqui
em Natal, em um registro de difícil leitura, onde aparece Pedro Moura de Vasconcelos,
31 anos, se casando com Joana Honório da
Silveira, 34 anos, viúva de Alfredo Umbelino
de Azevedo, em 1932. Em 10 de março de 1933, tinha falecido Geraldo, de 2 anos filho de Pedro Moura
de Vasconcelos e de Joana da Silveira Moura, sendo a causa sarampo. Pedro Moura e Joana tiveram outro filho de nome Geraldo Moura, que conheci, cujo apelido era Bilau.