sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Comentário de Lúcia Tolson
Ainda sobre o artigo de Pirangi, recebi o seguinte comentário de Lúcia Tolson, lá dos Estados Unidos
Prezado Professor João Felipe,
Este seu texto de encerramento do ano de 2013 realmente me tocou. O Brasil precisa de mais vozes como a sua, além de mais educação, saúde e segurança. Retransmiti seu texto para meus tios no Brasil. Desejo-lhe daqui das terras distantes do Norte um feliz Ano Novo. Que o seu trabalho possa ser cada vez mais divulgado!
Um abraço,
Lúcia Tolson
Comentário sobre artigo, Demétrio Bezerra
Sobre o artigo - Pirangi do Norte, final de 2013, meu amigo lá de Brasília, Demétrio Bezerra, fez o seguinte comentário.
Caro João,
Enquanto isso o país se esmera desesperadamente na produção de soja, desmatando ainda mais o interior, que diante de uma lavoura extremamente "competitiva", mecanizada ao extremo e que só entope de veneno tanto o solo quanto o lençol freático, expulsa os menos preparados, os lavradores e pequenos e médios fazendeiros, que impossibilitados de acompanhar esta loucura dita produtiva, veem-se muitas vezes diante do único caminho possível: arrendar suas terras para ricos plantadores de soja, milho e cana-de-açúcar, que se socorrem muitas vezes do dinheiro público.
Este é hoje o princípio da crescente favelização, que nunca é citada por nossos anaalistas "sociais e econômicos" mas que repetem dia e noite as maravilhas do mercado. Que mercado?
Em contrapartida um pequeno percentual de nossa população, que está empregado em gordas "carreiras especiais", recebe polpudos salários muito maiores que os seus correspondentes menos favorecidos no próprio governo, bem como no setor privado, causando uma inflação que não é medida. E uma enorme especulação imobiliária, que deverá provocar o estouro desta bolha em 2014.
Quanto às drogas, com toda certeza fazem parte de um poderoso plano que vem do exterior, através de uma bem camuflada confusão, corroendo nossa sociedade pela base, tal como os ingleses fizeram com a China no Século XIX, não necessitando de exércitos para dominar aquele enorme e populoso país.
Por aqui ocorre há algumas décadas o mesmo, e esta estratégia dispensa ocupação militar, bastando "ocupar os desocupáveis com muita droga na cuca" e muita inutilidade televisiva.
Este empobrecimento é pior que o financeiro, na verdade trata-se do verdadeiro empobrecimento econômico-cultural.
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