João Felipe da
Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Matemático, sócio do
IHGRN e do INRG.
Oficinas e Curralinho foram
localidades importantes da História do Rio Grande do Norte. Encontramos vários
registros de batismos nessas povoações. Vamos conhecer, hoje, Roque Rodrigues
Correia e Victoriana Maria da Conceição, através dos registros batismais dos
seus filhos.
O primeiro filho desse casal,
que encontramos, foi batizado na Ilha de Manoel Gonçalves, como podemos ver a
seguir.
Antonio filho legítimo de Roque
Rodrigues Ferreira (na verdade Correia) e Victoriana Maria
da Conceição
naturais do Assú nasceu aos 27 de março de 1832 e foi batizado aos 9 de junho
do dito ano pelo Padre Frei Antonio de Jesus Maria Lobo,
de minha licença, no Oratório de Nossa Senhora da Conceição
de Manoel Gonçalves e lhe conferiu os Sagrados Óleos; foram padrinhos Antonio
Joaquim de Sousa e Thomásia Martins Ferreira casados, todos deste Assú. Joaquim
José de Santa Anna, Pároco do Assú; Antonio Roque Rodrigues Correia casou em
1855, com Francisca Maria de Borges, na presença de Manoel Roque Rodrigues
Correia e Vicente Rodrigues Ferreira.
O pai de Thomásia, meu tetravô,
o capitão João Martins Ferreira, foi padrinho de Joanna, filha legítima de
Roque Rodrigues Correia e Victoriana Maria, ambos naturais do Assú, nascida aos
12 de agosto de 1834, e batizada aos 10 de outubro do mesmo ano, no Curralinho,
sendo madrinha Maria Gomes.
Aos 11 de setembro de 1835,
nascia Francisco, filho de Roque e Victoriana. Ele foi batizado pelo
Ilustríssimo e Reverendíssimo Senhor Visitador e Vigário Confessado no Seridó,
Francisco de Brito Guerra (foi senador), na Fazenda Morro, da Freguesia de
Santa Anna do Mattos, aos 3 de janeiro de 1836, sendo padrinho o mesmo capitão
João Martins Ferreira. Francisco Roque Rodrigues Correia casou com Maria do O’
da Conceição.
Pio, que nasceu aos 4 de maio de
1837, e foi batizado aos 20 de agosto do mesmo ano, na Capela de Nossa Senhora
da Conceição das Oficinas, teve como padrinhos Silvério Martins de Oliveira
(primeiro administrador da Mesa de Rendas de Macau) e Joanna Martins de
Oliveira. No registro de batismo, foi anotado, inicialmente, como esposa de Roque,
Maria Joaquina dos Santos, mas, depois, corrigido para Victoriana Maria da
Conceição.
Em um dos livros de batismos do
Assú, encontramos mais quatro filhos de Roque, em sequência, embora os anos de
nascimento e batismo fossem diferentes. Eles foram anotados de uma vez só. Acredito
que essa transcrição gerou um equívoco, pois em todos eles, aparece com mãe dos
párvulos, Dona Maria Joaquina dos Santos, a mesma que teve seu nome assentado,
erroneamente, no batismo de Pio. Vejamos quem eram os quatro.
Roque nasceu aos 16 de agosto de
1838, e foi batizado na Capela das Oficinas, a 24 de setembro do mesmo ano,
tendo como padrinhos João Baptista dos Santos e Maria Francisca da Luz, casados;
Rosa nasceu aos 25 de novembro de 1839, e foi batizada na Capela das Oficinas,
aos 25 de dezembro do mesmo ano, tendo como padrinhos Eliziário (Antonio)
Cordeiro (português que habitava a Ilha de Manoel Gonçalves) e sua mulher
Antonia Martins de Oliveira; Maria nasceu aos 9 de janeiro de 1841, e foi
batizado aos 2 de fevereiro do mesmo ano, na Capela das Oficinas, tendo como
padrinhos o Vigário Jorge Ferreira Nobre Formiga e Nossa Senhora; Ângelo nasceu
aos 7 de julho de 1842, e foi batizado, na Capela das Oficinas, não consta a
data, tendo com padrinhos o Reverendo Antonio Francisco da Silva e Nossa
Senhora da Conceição.
Ângelo Rodrigues Correia casou
com Maria Floripes, e gerou um filho, que batizou em 1889, com o nome de
Ângelo.
Roque, que nasceu em 1838, casou
em 1861, na Povoação das Oficinas, com Joanna Rodrigues Lessa, na presença de
Vicente Rodrigues Ferreira e Antonio Menezes Correia. Em 1863, nasceu o filho
João, que foi batizado na Capela do Rosário, tendo como padrinhos João Baptista
do Espírito Santo, avô materno, e Dona Victoriana Maria da Conceição, avó
paterna. Joaquim José Lessa, irmão de Joanna Rodrigues Lessa, foi casado com
Rosa Carolina. É possível que essa Rosa fosse a irmã de Roque que nasceu em
1839, pois no batismo de Pio, filho de Joaquim e Rosa, os padrinhos foram os
mesmos de João, filho de Roque e Joanna.
Posteriormente a esses registros,
Dona Victoriana Maria volta a aparecer, como esposa de Roque Rodrigues Correia,
para os filhos Ritta e Pedro.
Ritta, filha legítima de Roque
Rodrigues Correia e Victoriana Maria da Conceição, nasceu a dezesseis de
setembro de mil oitocentos e quarenta e quatro e foi batizado pelo padre
Francisco Theotônio de Seixas Baylon, de minha licença, na casa de oração das
Oficinas, em primeiro de janeiro de mil oitocentos e quarenta e cinco, foram
padrinhos Nossa Senhora e Lopo Gil Fagundes. Manoel Januário Bezerra
Cavalcanti.
Pedro, branco, filho legítimo de
Roque Rodrigues Correia e Victoriana Maria da Conceição, nasceu a oito de junho
de mil oitocentos e quarenta e sete, e foi batizado com os santos óleos, de
minha licença, pelo Padre Coadjutor Elias Barbalho Bezerra, no Sítio
Curralinho, em oratório particular, aos vinte e sete de junho do mesmo ano,
foram padrinhos Nossa Senhora e Lopo Gil Fagundes, por procuração que
apresentou Pedro Pereira da Costa Fagundes, solteiro. Manoel Januário Bezerra
Cavalcanti. Pároco do Assu.
Um possível filho de Roque e
Victorianna seria João Roque Rodrigues Correia. Ele casou em 3 de março de
1851, na Fazenda do Sacco, com Anna Francisca Bezerra, tendo como testemunhas
Vicente Rodrigues Ferreira e Luis Francisco Bezerra. Aos 24 de junho desse
mesmo ano, nascia, João, filho desse casal, que foi batizado aos 21 de agosto
do mesmo ano, tendo com padrinhos Alexandre José de Oliveira e Dona Victoriana
Maria da Conceição.
Pio, filho de Roque e Victoriana |