João Felipe da  Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN,  membro do IHGRN e do INRG
Tenho dado preferência, nos artigos sobre Genealogia, aos  registros mais antigos do nosso Rio Grande, até para recompor a nossa História,  principalmente, por conta da raridade dos documentos e do estado em que eles se  encontram. Os documentos mais recentes são de mais fácil acesso. Entretanto, é  preciso fazer o elo entre as atuais gerações e as mais antigas. Por isso,  resolvi trazer para cá informações sobre minha neta Melina.
João Felippe da Trindade quando casou já tinha 31 anos de  idade, seu filho, Miguel Francisco, casou com 30, e meu pai com 40 anos.  Parecia que eles queriam retardar suas descendências, talvez na expectativa que  mais na frente o mundo seria melhor. Eu, mais apressado, pois do namoro ao  casamento não durou nem três meses, casei com 24 anos. 
A minha filha mais velha, Alessandra, que tem 40 anos, não  pode me dar netos, pois, é especial, muito especial. Miguel Felipe, o segundo,  parece seguir o caminho de Miguel Trindade, o avô, que só teve seu primeiro  filho com 41 anos de idade. Thiago, o terceiro, e sua esposa Dúcia, só  resolveram ter filhos depois de completar seus estudos de pós-graduação.  Somente, recentemente, fui contemplado com a primeira neta.
Melina, minha neta, nasceu aos 12 de agosto de 2011, em  Natal, filha de Thiago Gomes da Trindade e Dúcia Cosme da Trindade, neta por  parte paterna de João Felipe da Trindade e Maria das Graças Gomes da Trindade,  e pela parte materna de Dúbel Ferreira Cosme e Lúcia Caldas Cosme, foi  batizada, na Capela de São Francisco, da Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, pelo  Padre Robério Camilo da Silva, aos 14 de Julho de 2012, tendo como padrinhos  seus tios, Miguel Felipe Gomes da Trindade, Andréa Lúcia Cosme Lemos e seu  esposo Almiro José da Rocha Lemos.
Assim, no próximo domingo, 12 de agosto, Melina vai  completar seu primeiro ano de vida. Já diz algumas palavras e está próxima de  dar os primeiros passos. Observa detalhadamente cada pessoa próxima dela, como  se estivesse querendo conhecê-la melhor. Assim, também faz com cada objeto que vê.  Com as árvores procede de modo diferente: fica totalmente absorta, como se estivesse  entrando em um mundo de reminiscências. O grande perigo é que as várias escolas  do mundo travem as suas capacidades e qualidades. 
Seu nome poderia ser Duthia, seguindo a tradição familiar,  pois a mãe Dúcia vem de Dúbel e Lúcia; o outro avô, Dúbel, vem de Duclerc e  Isabel. Mas, os nomes têm suas ondas e seus momentos. Melina, em grego é: a  cortês, a gentil. Espero que assim seja.
O mundo em que ela chegou não é melhor do que aquele em que  viveram seus ascendentes. Veja a Grécia da outra Melina (Mercouri), em que  situação se encontra. A natureza se manifesta, muitas vezes, de forma violenta.  A ciência e a tecnologia trazem algumas facilidades e alguns confortos.  Vivemos, aparentemente, mais anos de vida. Mas, pelo que observamos, não há  muitas mudanças nas áreas de educação, saúde e segurança. A vida não parece ser  mais fácil que a dos nossos ancestrais.
Se alguém fala em mudanças em educação pensa em escola de  tempo integral, como se isso fosse resolver.   Passamos mais de dez anos estudando Português e Matemática, incluindo aí  uma série de coisas desnecessárias, e não dominamos bem essas matérias. Em  Geografia, História, Ciência e outras matérias, não aprendemos o essencial.  Hoje, com o acesso mais fácil a internet, mais livros e revistas a nossa  disposição, deveríamos nos aprofundar em partes mais essenciais das matérias  citadas. Todo ensino deveria partir de dentro para fora. Deveríamos conhecer  melhor o que está ao nosso redor e ao longo tempo conhecer as coisas mais  distantes. 
Há necessidade de uma revolução na saúde deste país. Deveríamos,  pelo menos, por um certo tempo, dar maior atenção à saúde. As políticas  públicas estão recheadas de coisas supérfluas. A droga deveria ser combatida  como se fosse uma nação invadindo nosso país. No passado perdemos tempo  combatendo ideologias e nos esquecemos de combater o que mina de verdade as  nossas forças e gera muita violência. As religiões se proliferam como sendo um  novo comércio.
Quando surge uma campanha eleitoral percebemos de saída,  pela composição das chapas para prefeito e vereador, que não haverá mudanças de  verdade. O discurso prometido não se coaduna com as práticas. Vejam os carros  de propaganda. Todos os candidatos estão rindo. É o começo da mentira, da  desfaçatez, e do engodo. Antigamente para se candidatar ao cargo de capitão-mor  e outros, os pretendentes tinham que apresentar os feitos de suas vidas. Hoje,  os pretendentes tentam destruir os concorrentes.
Melina, espero que as luzes e energias da vida lhe  harmonizem com o Universo e que a educação lhe prepare, de verdade, para viver  uma vida melhor. Parabéns pelo dom da Vida!
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