quarta-feira, 2 de março de 2011

Mossoró, uma viagem proveitosa

Com o encerramento dos trabalhos relativos à 62ª Reunião Anual da SBPC, voltei com mais liberdade para as minhas pesquisas genealógicas. Nos dias 14 e 15 de Outubro fiz companhia a Graça em uma viagem até Mossoró, onde ela faria reuniões sobre os produtos da Mary Kay. Atravessamos o Rio Grande do Norte até Mossoró em um carro rosa.
No caminho paramos em Lages no posto Militão. Naquele momento me lembrei de Militão Alves Martins que era descendente dos Martins Ferreira lá de Macau e fui procurar algum descendente que sabia ser dono do posto, para entabular conversas genealógicas sobre os Alves Martins. Esses que vivem em Lages descendem de João Militão Martins que foi Prefeito desse Município de 1958 até 1963. Eles adotaram Militão como sobrenome. Conversei um pouco com Carlos Martins e fiquei de na volta passar por lá para mais conversas. Deixei na oportunidade um fluxograma com alguns personagens da família, para que na volta a conversa fosse mais proveitosa. Expliquei para ele que aqui em Natal eu já tinha conversado com os irmãos Ótom Militão e Conceição Fragoso, filhos de João Militão Martins.
Em Mossoró, aproveitei os espaços vazios para incursões genealógicas. Já na tarde do dia 14, conversei no hotel com os pesquisadores Marcos Pinto, autor do índice onomástico das Sesmarias do Rio Grande do Norte, e com Fábio Duarte que faz pesquisa intensa sobre os Leite de Oliveira. Nessa oportunidade, Marcos Pinto me emprestou um material fruto da suas pesquisas em cartórios sobre alguns inventários. Entre esses documentos os inventários de Manoel Varela Barca, Mariana Lopes Viégas e Antonio Gomes de Miranda.
Sabendo do meu interesse por Cacimbas do Viana e pela Ilha de Manoel Gonçalves, Marcos sugeriu o livro da Coleção Mossoroense, de Francisco de Assis Gondim Menescal, sobre as propriedades da Companhia de Comercio e Navegação no litoral do Rio Grande do Norte.
No dia 15, depois de uma visita à livraria Independência, onde comprei os dois volumes do livro de Marcos Pinto "Datas e Notas Para a História de Apody", entrei em contato com Marcos para visitar a Fundação Vingt-un Rosado, a fim de procurar livros do meu interesse. 
Na Fundação fomos recebidos por Caio César e Ranieri. Eles explicaram que a Fundação estava em fase de arrumação, mostrando o amontoado de livros que deveriam ir para as prateleiras. De qualquer forma nos deixou a vontade para mexer nos livros e ver se encontrava alguma coisa de interesse. Tive sorte e encontrei bons títulos que separei, entre eles os seguintes: Apontamentos para a História Territorial da Parayba, de João de Lyra Tavares; Os holandeses na salinas do rio Mossoró, de Vingt-un Rosado e América Rosado; O território do sal de Manuel Correia de Andrade; As senadoras do cigano feiticeiro, de Valério Augusto Soares de Medeiros; Alferes Teófilo Olegário de Brito Guerra, um memorialista esquecido, de Raimundo Soares de Brito; Notícia histórica de Catolé do Rocha, de Celso Mariz; Uma nota sobre o quebra-quilos da Paraíba do Norte, de Almino Afonso; Conversa em tempo de mutirão sobre Francisco Pinheiro de Almeida Castro, de vários autores; e Guerra dos Bárbaros de Afonso d'Escragnolle Taunay.
Em Mossoró ainda tentei entrar em contado com Soutinho, atual dono da Fazenda Cacimbas do Viana, mas no escritório do centro, onde fui, não era onde ele ficava. Anotei o outro endereço a fim de fazer contato posterior.
De volta para Natal, nova parada no posto Militão. Além de comprar alguns livros raros reeditados pelo Sebo Vermelho, mas não encontrados por aqui, conversei novamente com Carlos Martins sobre os Alves Martins. Com as informações deixadas através do fluxograma, ele começou a construir uma árvore genealógica no myheritage. Na noite posterior a minha passagem ele já havia conversado com familiares sobre os dados que eu deixei. Em Lages, com certeza, Carlos encontraria mais informações sobre os familiares. Segundo ele. João Militão Martins tinha sido Prefeito de lá. Segundo Ótom Militão, eles chegaram a Lages por volta de 1936. 
Duas informações busco, atualmente, relativas aos Alves Martins. A primeira é descobrir os pais de Manoel Alves Martins e consequentemente o parentesco de Seu Nezinho com Dona Liquinha, pais de Aluízio Alves. A segunda informação é sobre a origem de Dona Maria Ignácia da Conceição, mãe de seu Nezinho.
Nas conversas com os Militão, aqui em Natal, encontrei que João Militão Martins foi casado, uma das vezes, com Maria Josefina Martins, irmã de Seu Nezinho. Outro detalhe é o entrelaçamento dos Alves Martins com famílias do Seridó. Odilon Militão Martins, irmão de João Militão Martins, ambos filhos de Militão Alves Martins, foi casado, uma das vezes, com Maria Isaura de Medeiros filha de Antonio Etelvino de Medeiros e Susana Isaura de Medeiros, lá do Acari. Outro que se entrelaçou com as famílias do Seridó foi João Alves Martins, irmão de seu Nezinho, que casou com Raimunda Araujo Alves, filha de Avelino Augusto de Araujo e Joaquina Gonçalves de Araújo.
Depois dessa viagem, encontrei mais dois sobrinhos de João Militão Martins, ambos filhos de Odilon Militão Martins: Paulo Martins e João Militão Martins (Doca). Eles moram e tem comércio na Zona Norte de Natal.
Quem tiver mais informações sobre os descendentes de João Martins Ferreira, lá da Ilha de Manuel Gonçalves, favor mandar para o e-mail acima.

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