José de Borja Caminha Raposo da Câmara e Manoel Olímpio Dantas Cavalcanti.
Em 15 de agosto de 1990, Valdomiro Carvalho Dantas escreveu para seu primo José Nazareno, que se encontrava no Rio de Janeiro, uma correspondência com o intuito de dar maiores informações sobre os ascendentes de Georgino Avelino, solicitadas pelos filhos desse último. Quem me conta essa história é o próprio José Nazareno Avelino que me passou uma cópia da referida carta e que transcrevo aqui.
"Paz para si e os que lhes são caros com a graça de Deus, o que lhe deseja o primo amigo ao atender suas pretensões de esclarecimento sobre os laços familiares de nossos antepassados.
Estou juntando uma síntese de vida de meu pai, Afonso Avelino Dantas, elaborado a pedido de Olavo Montenegro, em dezembro de 1998.
Tudo indica que Manoel Olímpio Dantas Cavalcanti, meu avô paterno, filho adotivo, sobrinho e afilhado de José Borja Caminha Raposo da Câmara, Coronel da Guarda Nacional, por parte de sua mãe Micaela, segundo pronunciamento de meu pai.
José de Borja abraçou a profissão de advocacia e trabalhava em quatro estados, de Pernambuco ao Ceará. Isso fez com que obtivesse um patrimônio sólido, para a época, mas aplicou em terras, coisas de pouco valor naquele tempo, tanto no Vale do Ceará - Mirim como no Vale do Piranhas ou Assú. O certo é que ele durante a velhice fixou residência em Pedrinhas, Sítio Alto Alegre, onde passou o resto de sua vida. Faleceu em 1915 com idade avançada, mais ou menos uns 90 anos. Lá ainda existe a sua casa.
Por esse motivo, Manoel Olímpio Dantas Cavalcanti deixou Angicos, onde residia, e foi morar em Pedrinhas, no ano de 1891, casado com Emidia Avelino, filha do casal Vicente Avelino e Ana Bezerra Avelino, em segundo casamento, pois era viúvo. Sua primeira mulher morreu em Ceará - Mirim tendo deixado duas filhas, com as quais jamais tivemos contacto. Do segundo casamento houve oito filhos, que são: Luiz, Afonso, nascidos em Angicos, Maria, João, Ana, Nelson, Vicente, Emilia, em Pedrinhas. Meu avô Manoel Olimpio, como era conhecido, era muito responsável. Trabalhou como mecânico no descaroçador de Joca de Melo (João Rodrigues de Melo), sogro de Tristão Cisneiros de Góis, instalado no Sitio Saco, perto do povoado do Rosário. Explorava agricultura, a criação e era agrimensor, faleceu em 1919, com pouco mais de 60 anos, com ferimento na garganta proveniente de uma espinha de peixe.
Minha avó Emidia morreu em Macau em agosto de 1929, por não ter suportado o choque do filho Luiz ter sido baleado acidentalmente naquela cidade. Os pais do meu avô apenas soube que a esposa se chamava Micaela. Os pais de minha avó eram Vicente Avelino, filho de Alexandre Avelino, fazendeiro e Agricultor em Angicos, e Ana Bezerra filha de Balthasar Bezerra, professor em Angicos. Vicente Avelino casou-se com 20 anos e morreu com 42 anos, deixando a viúva com uma prole numerosa de 20 partos. Ana Avelino morreu em Macau, em 1923, onde morava em companhia das tias avós. Naquele mesmo ano morreu o seu filho Pedro Avelino. Esses são os dados de meu conhecimento. Sendo só o que se oferece para o momento aqui disponha do primo amigo."
Para complementar as informações de Valdomiro, contribuo com os esclarecimentos que seguem abaixo.
Valdomiro era o pai de Afonso Dantas Avelino Neto, colega de Universidade. Ele e José Nazareno eram filhos respectivamente dos irmãos citados acima Afonso e Vicente. Manoel Olimpio nasceu em 1848, e quando casou com Emygdia Avelino era viúvo de Anna Maria da Conceição, filha de Miguel Francisco da Costa Machado e Anna Barbosa da Conceição, meus trisavós. O esposo de Michaella Cândida Raposo da Câmara e pai de Manoel Olímpio era Manoel Dantas Cavalcanti. Vicente Maria da Costa Avelino era filho natural de Alexandre Avelino da Costa Martins e Maria Rodrigues da Costa. O pai da esposa de Vicente Avelino não era Balthasar, mas o Professor Matheus da Rocha Bezerra, esse sim filho de Balthasar da Rocha Bezerra.
Matheus foi professor também em Macau. Manoel da Rocha Bezerra, irmão dele casou-se na Ilha Manoel Gonçalves.
Além do jornalista Pedro Avelino, pai do Senador Georgino Avelino, Emygdia tinha uns irmãos que moravam em Macau. Entre eles, Emygdio Avelino e Anna dos Prazeres (Donana).
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