Em primeiro lugar, vamos corrigir uma informação dada no artigo sobre Francisco José de Mello Guerra. Nesse artigo foi afirmado que o mesmo fazia parte da lista, comumente citada, dos habitantes da Ilha de Manoel Gonçalves que fundaram Macau. Embora, estivesse presente em Macau, como vimos pelos registros, de 1836 até a morte em 1865, na verdade, quem fazia parte desta lista não era ele, mas Francisco José da Costa Coentro. Em um documento que faz parte das "Falas dos Presidentes de Província", Francisco José de Melo Guerra é relacionado como Professor em Macau, em 1844. No mais está tudo correto. Vejamos os registros que foram encontrados para Francisco José da Costa Coentro.
"Francisco filho legitimo de Francisco José da Costa Coentro e Anna Joaquina das Neves, nasceu a 4 de 8bro de 1844 e foi batizado solenemente pelo Reverendo David Martins Gomes na Capela de Nossa Senhora da Conceição de Macau aos 9 de Janeiro de 1845, sendo Padrinhos Silvério Martins de Oliveira e Joanna Nepomucena Oliveira; e para constar fiz este assento em que me assino, o Padre Felis Alves de Sousa, Vigário Encomendado de Angicos."
"Cândida, filha legitima de Francisco José da Costa Coentro, e Anna Joaquina das Neves, nasceu aos vinte e oito de Setembro de mil, e oitocentos, e quarenta, e foi batizada aos vinte de Agosto do mesmo ano em Macáo pelo Padre Antonio Francisco da Silva, que lhe impôs os Santos Óleos de minha licença. Foram Padrinhos Silvério Martins de Oliveira, e Joanna Nepomucena de Oliveira, casados, do que para constar fiz este assento, em que me assino, Padre Manoel Ignácio Bezerra Cavalcante. Vigário Encomendado de Angicos."
Nesses registros acima, assentados em Angicos, o casal de padrinhos, Capitão Silvério Martins de Oliveira e sua esposa Joanna Nepomucena de Oliveira, teve uma presença muito forte na Ilha de Manoel Gonçalves. Em outro artigo, falaremos mais sobre Silvério e Joanna.
"Aos oito de abril de 1846 na Capela de Nossa Senhora da Conceição de Macao foi sepultado o párvulo Emygdio, branco, de idade de hum mês filho legitimo de Francisco José da Costa Coentro, envolto em branco e encomendado pelo Reverendo Frei Antonio de Jesus Maria; de que para constar faço este assento em que me assino. Felis Alves de Sousa. Vigário de Angicos."
O registro a seguir acredito que seja de um neto de Francisco José da Costa Coentro, possivelmente, filho do Francisco, cujo batismo registramos acima.
"Aos três de Outubro de mil oitocentos e noventa e dois foi sepultado no Cemitério Publico d'esta Cidade o párvulo Manoel, filho legitimo de Francisco José da Costa Coentro, e foi por mim encomendado. E para constar mandei fazer este assento em que me assino. O Paróco Francisco d'Assis Albuquerque."
O registro a seguir foi feito na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação e os nubentes podem ser filhos, ele, de Francisco José da Costa Coentro e ela de Eliziário Antonio Cordeiro. Infelizmente não consta o nome dos pais dos nubentes.
"Aos nove de Julho de mil oitocentos e sessenta, feitas as denunciações, não constando impedimento, na presença das testemunhas Antonio Joaquim Cordeiro, e Francisco José da Cunha Sampaio, de minha licença, o Padre Antonio Francisco Areas, no Oratório Privado de Ilisiário Antonio Cordeiro, casou Juxt Tridentinum, a Joaquim José da Costa Coentro, moradores na Freguesia de Macau, com Joaquina Idalina Cordeiro, moradora nesta Freguesia e deu as bênçãos nupciais na forma do Ritual Romano. E para constar fiz este assento, em que assino. Batholomeu da Rocha Fagundes, Vigário Collado."
Pela hipótese acima levantada, o registro a seguir pode ser de um neto de Francisco Coentro. Pela falhas de registros e pelas perdas de documentos, em alguns casos não podemos comprovar, mas, somente, especular.
"Aos cinco de Abril de mil oitocentos e sessenta e cinco sepultou-se no Cemitério desta Vila de Macau o párvulo Joaquim filho legitimo de Joaquim José da Costa Coentro com idade de vinte e oito dias, faleceu de espasmo, foi envolto em hábito preto e encomendado por mim. Do que para constar fiz este assento em que me assino. O Vigário Manoel Jerônimo Cabral."
Transcrevo outro batismo, pelo fato de aparecer dois membros da família Coentro, possivelmente, filhos de Francisco José e Anna Joaquina.
'Elisia, branca, filha legitima de Francisco Ferreira, e Ludgera Francisca das Neves Coentro, nasceu aos três de Outubro de mil oitocentos e cinquenta, e sete, e foi batizada aos dezoito do mesmo mês e ano por mim com os sagrados óleos nesta Matriz: foram Padrinhos o alferes Joaquim José da Costa Coentro, e Rosa Cândida de Alexandria Coentro, solteiros, Do que para constar fiz este assento em que me assino. O Vigário Manoel Jerônimo Cabral."
No registro a seguir teremos idéia do ano que Francisco José nasceu. Vejamos, pois, seu óbito.
"Aos quartoze de Setembro de mil oitocentos e cinquenta e oito foi sepultado no Cemitério desta Vila o adulto Francisco José da Costa Coentro casado, com idade de cinquenta e oito anos envolto em hábito preto, encomendado por mim, do que para constar fis este assento que assino. O vigário Encomendado Manoel Januário Cabral."
Esses foram os registros encontrados até agora relativos a Francisco José da Costa Coentro.
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