quarta-feira, 2 de março de 2011

Deus Dará e os Pittas do Rio Grande do Norte (III)

Em 1825, Luiz da Rocha Pitta já era casado, pois foi assim que apareceu como testemunha do casamento de Manoel Florêncio Teixeira de Carvalho. Dele temos alguns registros. Comecemos com o batismo de Elsina.
Elsina, branca, filha legitima de Luiz da Rocha Pitta, e Leonarda Maria da Apresentação, naturais e moradores nesta Freguesia, nasceu a dezenove de Dezembro de mil oitocentos e trinta e cinco, e foi batizada com os santos óleos no sítio São José, desta Freguesia, aos quatorze de Junho de mil oitocentos e trinta e seis, pelo Reverendo Coadjutor desta Freguesia, Ignácio Damazo Correa Lobo, de minha licença; foram padrinhos Joaquim Ignácio da Silveira Borges, e sua irmã Izabel Veloza da Silveira, por procuração que dela apresentou seu mano Manoel da Silveira Borges, solteiro, do que para constar mandei fazer este assento, e por verdade assino. O Vigário João Theotonio de Sousa e Silva.
Joaquim, Izabel, Manoel, além de Maria da Silva Velosa, mãe do Barão de Serra Branca, eram filhos de Joaquim da Silveira Borges e Anna Joaquina da Trindade.  Em 1840, Manoel casa com uma irmã de Elsina. Vejamos.
Ao primeiro do mês de março de mil oitocentos e quarenta nesta Matriz de Santa Anna do Mattos, do Assú, pelas onze horas da noite, depois de obtida dispensa de impedimento de consangüinidade e dos proclamas ex causa, confissão, exame de Doutrina Cristã, de minha licença, o Reverendo Coadjutor desta Freguesia, Ignácio Damazo Correa Lôbo, ajuntou em matrimonio e deu as bênçãos nupciais aos meus paroquianos Manoel da Silveira Borges, com Maria Genérica Francelina; aquele filho legítimo de Joaquim da Silveira Borges, e de sua esposa Anna Joaquina da Trindade, e esta filha legítima de Luiz da Rocha Pitta, e de sua mulher Leonarda Maria da Apresentação, ambos os nubentes naturais e moradores nesta Freguesia. Foram testemunhas Hermenegildo Pinheiro de Vasconcelos e João Martins de Macedo, ambos casados; de que para constar mandei fazer este assento e por verdade assinei. O Vigário João Theotonio de Sousa e Silva.
É de Manoel da Silveira e Maria Genérica que nasceu João Celso da Silveira Borges, que na data de 25 de Novembro de mil oitocentos e sessenta e dois casou com Juvina Serena Barbalho Bezerra, filha de Antonio Barbalho Bezerra e Ignácia Francisca Bezerra.
Outros casamentos de filhos de Luiz e Leonarda: Em 30/11/1844, no Sítio São Romão, Aldonsa Salvina do Amor Divino (Ursulina ou Ludovina) casa com Antonio Ferreira de Miranda, filho de Alexandre Ferreira de Miranda e Antonia Joaquina de Mello, tendo como testemunhas Vicente Ferreira (Xavier) da Cruz e Joaquim Ignácio Pereira; Em 2/10/1850, no Sítio São José, João Luiz  da Rocha Pitta casa com Maria Francisca Nobre, filha de João Ferreira de Miranda e Joaquina Maria da Conceição, tendo como testemunhas Manoel da Silveira Borges e Felippe Neri de Carvalho Silva (futuro Barão de Serra Branca); dois dias depois, isto é, em 4/10/1850, no Sítio Tustado, Luiz Pedro da Rocha Pitta casa com Margarida Ferreira da Silva, filha de João Tavares da Silva e Anna Catharina da Silva, tendo como testemunhas as mesmas do casamento de João Luiz; em 29/11/1864, em oratório privado, na Vila de Santa Anna do Mattos, Manoel Serapião da Rocha Pita casa com Jesuína Marfisa Fernandes e Silva, filha de Antonio Fernandes da Silva e Sabina Maria da Silva, tendo como testemunhas Absalão Fernandes da Silva (irmão da noiva) e Francisco Luiz da Circuncisão Pitta. Observamos que dona Jesuína foi batizada com o nome de Marfisa, que mudou quando foi crismada. Outro detalhe é que Absalão teve também uma filha com o nome de Jesuína (avó de Aluizio Alves e Aristófanes Fernandes.
Vejamos agora o casamento de um neto de Luiz e Leonarda, pois não encontramos, ainda, o casamento do filho Luiz Valcacer da Rocha Pitta.
Aos vinte e três de janeiro de mil oitocentos e oitenta e três pelas onze horas da manhã, no Sítio Jiqui, desta Freguesia, de minha licença, o Reverendo Vigário Felix Alves de Sousa assistiu o matrimônio dos nubentes Manoel Américo de Carvalho Pitta, e Anna Francisca Luzia da Luz, ele filho legítimo de Luiz Valcacer da Rocha Pitta e Antonia Maria de Miranda, e ela filha legitima de João Severiano Correa Barbosa e Francisca Maria Alexandrina Barbosa, já falecida, naturais e moradores nesta Freguesia de Santa Anna do Mattos, e foram testemunhas do ato Francisco Martins de Oliveira Barros e Absalão Fernandes da Silva Bacilon, também moradores nesta Freguesia, e para constar fiz este assento que assino. Os nubentes receberam as bênçãos nupciais. O Vigário José Cabral de Vasconcelos Castro.
Outros filhos de Luiz e Leonarda que encontramos o batismo: Circuncisão, nascido em 1/1/1842; Torcato, nascido em 24/2/1832; e Leonarda, nascida em 9/8/1838. 
Esses registros foram obtidos dos livros de Santana do Matos, hoje, na Cúria Metropolitana. 
Por falta de registros anteriores ao ano de 1823, não podemos identificar a relação de parentesco de Aldonsa da Fonseca Pitta, Simão da Fonseca Pitta e Luiz da Rocha Pitta.

Pelos registros há uma proximidade maior entre Luiz da Rocha Pitta e a família de Aldonsa da Fonseca Pitta e seu marido Cosme Teixeira de Carvalho. Talvez algum inventário, testamento, ou venda e compra de terras contenham informações valiosas, se já não tiveram ido para o lixo.

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