terça-feira, 24 de setembro de 2013

Eduardo Frederico Guilherme Meyer e Maria Amélia de Carvalho d'Oliveira

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

O registro de casamento a seguir é de um protestante, natural da Alemanha. Por isso, merece um destaque, pois pode servir de fonte para familiares aqui no Brasil. Não tenho conhecimento do que Eduardo fazia no Brasil.

Aos cinco de maio de mil oitocentos e oitenta e três, no bairro da Ribeira, sendo testemunhas Filippe Linhas e Antonio Marques da Silva, havendo precedido os proclamas e dispensa de disparidade de cultos, o Reverendo Cônego Joaquim Antunes d'Oliveira, de minha licença, assistiu ao recebimento matrimonial de Eduardo Frederico Guilherme Meyer e Maria Amélia de Carvalho d'Oliveira, ele natural de Hamburgo, cidade do Império Alemão, e religionário protestante, filho legítimo de Guilherme Meyer e Margarida Carolina Cleidel, ela natural desta Freguesia, filha de João Henrique d'Oliveira Regueira e Maria Theresa de Carvalho d'Oliveira. Do que para constar mande fazer este termo que assinei. Padre João Maria Cavalcanti de Brito. Pároco da Freguesia.

Gente do nosso tempo (I)

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
De costume, e por preferência, tenho pesquisado e publicado, neste jornal, registros genealógicos dos nossos povoadores mais antigos. Nossos leitores me contam que, mesmo desconhecendo as pessoas citadas, gostam de saber sobre o passado. Talvez, na intenção de encontrar um ascendente. Mas, necessitando buscar maiores informações sobre descendentes de antigos moradores da nossa Freguesia, pesquiso, muitas vezes, registros mais recentes. Aí, encontro gente do nosso tempo, que talvez nem saiba de onde vieram seus ascendentes. Por isso, vou trazer para este espaço, também, registro de pessoas conhecidas. Assim, talvez possamos melhorar o elo com o passado mais antigo. Como algumas dessas pessoas ainda são vivas, evitarei citar a data exata do nascimento.

Zé Eduardo, amigo de muitos anos, e colega, por diversas vezes, na UFRN, Governo do Estado e Prefeitura Municipal do Natal, é o primeiro da lista. José Eduardo de Almeida Moura nasceu, em Natal, no ano de 1947, e foi batizado nesse mesmo ano, na Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, pelo seu tio, o Reverendo Padre Pedro de Moura (autor de livros sobre o Rio Grande do Norte), no dia de Nossa Senhora da Conceição. Filho legítimo de Ezequiel Rebouças de Moura, comerciante, e de sua esposa D. Angélica de Almeida Moura, professora (foi diretora do Atheneu), neto paterno de Gonçalo Ismael de Moura e Josefa Rebouças de Moura e, materno de Heitor Góis de Almeida e Maria Alinda Lagrota de Almeida Bastos. Foram padrinhos Ângelo Lagrota de Almeida Bastos e Santa Inez Rebouças de Moura. Nessa época os pais residiam na Rua José de Alencar, 724, como também o padrinho Ângelo. Já Santa Inez residia na General Ozório, 256.

Tó, como era conhecido, amigo de infância, residia na esquina da Hermes da Fonseca com a Ezequias Pegado na casa de seus pais Seu Gaspar e Dona Aparecida. Do seu registro tiramos o que se segue: Antonio Neto Gaspar nasceu em Paulista, Pernambuco, no ano de 1943, e foi batizado nesse mesmo ano na Igreja do Tirol, pelo padre Esmerino Gomes da Silva. Filho legítimo de Henrique Marques Gaspar (português) e de sua esposa D. Maria Aparecida Neto Gaspar. Foram padrinhos, seu tio, José Arnaud Gomes Neto (foi Deputado Federal) e sua esposa D. Elza Câmara (filha do Senador João Câmara).

Zé Wilson, outro amigo de infância, que morava na Hermes da Fonseca, em frente ao Colégio Maria Auxiliadora, era primo de Tó. O pai de Zé era irmão da mãe de Tó. José Wilson Arnaldo nasceu, em Baixa Verde, no ano de 1946, e foi batizado no dito ano, no Santuário do Tirol, pelo monsenhor José Alves Landim. Filho legítimo de José (Wilson) Arnaldo Gomes Neto, funcionário público, natural de Santa Cruz, e de sua esposa D. Maria Terezinha da Câmara Gomes Neto, doméstica, natural de Baixa Verde, onde residiam, neto paterno de Dr. Arnaldo Gomes Neto (Recife) e Anna Carmelita Gomes Neto (Santa Cruz); e materno de Antonio Severiano da Câmara e Ana Soares da Câmara. Foram padrinhos Dr. Arnaldo Gomes Neto, magistrado, viúvo, e D. Ana Pereira da Cunha Mello, casada, residentes em Natal. Anna Carmelita era neta materna (através de Maria Felentina de Medeiros Rocha) de Felix Antonio de Medeiros (São João de Sabugi) e de Thereza Duquesa de Farias. Maria Felentina era irmã de Maria do O’, mãe do meu sogro Francisco Umbelino Neto.

Marco Aurélio, que lança um livro esta semana sobre o pai, Dr. Floriano Cavalcanti, nasceu em 1936, sendo batizado, em oratório privado, no mesmo ano. Filho legítimo de Dr. Floriano Cavalcanti e Dulce de Moura Cavalcanti, teve como padrinho Dr. Luiz Antonio Ferreira Souto dos Santos Lima. Alguns registros são pobres em informações, como é o caso deste de Marco Aurélio.

O deputado estadual Agnelo Alves nasceu em Ceará-mirim, no ano de 1932, mas foi batizado, na Catedral, no ano de 1933. Filho legítimo de Manoel Alves Filho e Maria Fernandes Alves teve com padrinhos Francisco (Quinho) Chaves e Natércia Pinheiro Chaves. Este último casal batizou, em 1933, na Catedral, Elói Chaves, nascido em 1932, sendo os padrinhos Militão Chaves e Britalda Chaves.

Um dos meus professores, no curso de Bacharelado em Matemática, foi Joaquim Elias de Freitas. Ele nasceu em 1941, mas foi batizado, somente em 1943, na Catedral. Era filho legítimo de Joaquim Pinheiro de Freitas, que faleceu em 1942, e de sua esposa D. Maria Carolina de Freitas, natural de São José de Mipibu, neto paterno de Rafael Arcanjo de Freitas e Francisca Ferreira de Freitas; pelo lado materno de Pedro Afonso de Barros e Josefa Rodrigues de Barros. Foram seus padrinhos Pedro José Lagreca, comerciante e sua esposa D. Ignez Freire Lagreca.

Gildecina (nome composto) nasceu aos 24 de outubro de 1932, e foi batizada na Catedral aos 8 de dezembro do mesmo ano. Era filha de Gildenor Monteiro Alves Bezerra e Gercina Henriques Bezerra. Teve com padrinhos João Baptista Alves Bezerra e Felisbella Diniz Henriques. A professora Gildecina Henriques Bezerra faleceu no ano de 1966. Era irmã de Gilda (Gildegerci, outro nome composto) Avelino, viúva do poeta Gilberto Avelino, e sobrinha do escritor Afonso Bezerra. Elas descendem de Ana Jovina da Costa Bezerra, minha tia-bisavó, e seu marido Antonio Pedro Alves Bezerra.
Padre Esmerino no Centro, Felentina, a segunda depois do padre, indo para a direita.