sábado, 26 de fevereiro de 2011

Mossoró, Assu, Política e Genealogia

Lá estamos de novo, Graça e eu, nas estradas do Rio Grande do Norte. Ela trabalhando com linha Mary Kay e eu cuidando de minhas pesquisas genealógicas. Nosso destino é Mossoró e Açu. Com o inverno as plantas crescem e se debruçam sobre os acostamentos, quando tem, ou sobre a própria estrada. As placas de sinalização estão quase todas encobertas. Acho que vão aguardar o término do período de chuvas para tomarem alguma providência. Os buracos nas estradas vão fazendo seus estragos. Aqui e acolá encontramos pessoas agachadas, na beira das estradas, mudando  pneus  rasgados pelos buracos. Os tapas buracos são feitos, mas em velocidade menor dos que os estragos que vão surgindo. Em alguns municípios as entradas das cidades são mal cuidadas. São aqueles trechos que estão na área das várias competências, e  que, por isso mesmo,  servem de desculpas para não se fazer nada para corrigir. Por que as manutenções são preteridas pelas  obras novas? A expressão "Servatis ex more servandis" parece não ter significado algum para os gestores públicos.
Quem entra em uma cidade tem mais chance de perceber os engodos de alguns prefeitos, do que os que moram nela. As belas praças ou outras obras são ilhas no meio de grandes problemas que nunca são resolvidos. Calçadas são verdadeiros obstáculos aos passeios. Não há regras para a construção delas. Observando algumas leis de posturas do passado, vejo que existiam regras bem definidas que se tivessem sido cumpridas, estaríamos com as cidades com melhores aspectos. 
É muito difícil compreender porque as disputas pelas prefeituras em todos os municípios são tão acirradas, se a maioria dos prefeitos não cuidam verdadeiramente das cidades. As cidades como as mulheres e, recentemente, os homens, precisam, também,  de maquiagens e de perfumes. Mas nem isso, os gestores sabem fazer. Vejam os meios fios.  Deveriam primeiro ajeitá-los e depois, somente depois, pintá-los. Mas não é isso que acontece. Vemos pedras perdidas dentro dos canteiros que são pintadas, mesmo assim. Uma desordem inconcebível. Ninguém consegue resolver, também, o problema das metralhas e dos lixos, que os civilizados, através dos carroceiros, mandam para os terrenos vazios. Alguns terrenos desocupados são usados para a colocação de outdoor, mas não há nenhuma obrigação para serem mantidos limpos. Aqui em Nata, ali, na Dr. José Gonçalves, esquina com a Antonio Basílio, uma obra inacabada da Secretaria de Tributação do Estado, é um exemplo de descaso com a cidade. O mato toma conta do local. Daqui a um século, as pessoas vão querer saber que ruínas são aquelas, muitas hipóteses vão surgir e, talvez, aquilo, seja tombado.
Essa mesma esquina serve como exemplo, para a questão do trânsito. Uma placa nessa esquina proíbe o retorno dos carros. Mas, diariamente, os motoristas fazem questão de desobedecer, criando problemas para quem quer  atravessar a Antonio Basílio. Outra questão é que as chamadas vias livres levam os carros para estacionarem nas vias perpendiculares. Em algumas ruas os carros estacionam de um lado e de outro, impossibilitando  a passagem de mais de um carro. No interior a desordem no trânsito é muito grande. Quem não tiver acostumado pode ter problemas. Quem vai dirigir dentro de uma cidade do interior deve ter muito cuidado.
Em Mossoró fui até a livraria Independência para procurar um prendedor de papel.  Aproveitei para olhar uns livros da coleção Mossoroense. Encontro, de saída, um livro que nosso escritor Bartolomeu Melo (Bartola) andava atrás: Ferros de Ribeira do Rio Grande do Norte, de Oswaldo Lamartine. Além dele, comprei, também,  "Estudos de História do Oeste Potiguar" de Raimundo Soares  e "Seccas contra a a Secca "do irmãos Phelipe Guerra e Theophilo Guerra. Só com essas compras saí satisfeito de Mossoró.
Em Açu, passei uma manhã fotografando dois livros antigos de casamentos e batizados, sob o olhar de Padre Canindé. Mais de 3Gb de fotos. Nas nossas pesquisas encontramos muitas pessoas que estavam relacionadas, ao mesmo tempo,  às freguesias de Nossa Senhora da Apresentação e  São João Batista do Assú. Além disso, fregueses da região de Angicos, Macau, Carapebas, Gaspar Lopes, Guamaré e da Ilha de Manoel Gonçalves estão presentes nos livros de Assú. Com certezas as informações contidas nessas imagens vão completar elos das cadeias genealógicas que pesquiso. Enquanto fotografava percebia a presença de sobrenomes conhecidos como Varela Barca, Ferreira Souto, Lopes Viégas, Martins Ferreira. Dantas Correa, Rocha Bezerra e outros mais.
Antes de partir para Natal fui fazer uma visita ao parente José Nazareno Avelino (conhecido pelos amigos como Papaxinha) e sua irmã Salete. Ele vem enfrentado um câncer há mais de trinta anos, sem perder a lucidez e a vontade de viver. Um herói! Nazareno e  Salete descendem de Emygdia Avelino que era irmã de Emygdio Avelino e do Jornalista Pedro Avelino. Nazareno passou um período se tratando no Rio de Janeiro, onde conviveu com a família do Senador Georgino Avelino.

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