sexta-feira, 13 de maio de 2016

Os batismos de Maria do O´ de Medeiros, lá de Santa Cruz, e de Teresa Duquesa de Faria, do Seridó

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Recentemente, publiquei, aqui, imagem do jazigo de José Umbelino de Macedo Gomes e de sua esposa Maria do O´ de Medeiros. Com as informações das datas de nascimento dos dois, comecei a procurar nos livros da Igreja, os seus batismos respectivos. Sabia que Dona Maria do O´ de Medeiros era filha de Félix Antônio de Medeiros e Dona Tereza Duquesa de Farias. Por isso, procurei os registros que continham esses nomes.

Encontrei, inicialmente, uma Maria, filha desse casal, mas que não poderia ser a nossa pesquisada por conta da data de seu nascimento que diferia daquela encontrada no jazigo: Maria, nascida aos 24 de fevereiro de 1880, filha legítima de Félix Antônio de Medeiros e Thereza Duquesa de Farias, batizei solenemente, nesta Matriz, aos 28 de março do ano acima referido, foram padrinhos Antônio Genuíno de Farias e sua mulher Dona S. Ermelinda Pereira da Nóbrega.

Percorri, pacientemente,  os registros até  encontrar o referido batismo, cuja imagem já estava quase apagada, e, por isso, de difícil leitura:

Maria, nascida aos trinta e um de julho de 1881, filha legítima de Félix Antônio de Medeiros e Thereza Duquesa de Farias, batizei solenemente, nesta Matriz, aos vinte e oito de agosto do ano acima referido, foram padrinhos Camilo José da Rocha e sua mulher Maria Felentina de Medeiros. Vigário Antonio Raphael Gomes de Mello.

Há uma pequena diferença na data do nascimento de Maria do O´, pois no registro aparece 31 de julho, e no jazigo, 30 de junho.

P. S. Depois de muita procura, um amigo encontrou o casamento de Félix Antônio de Medeiros e Theresa Duquesa de Farias: aos 16 dias do mês de novembro de 1857, as nove horas da manhã, no lugar Santo Antônio, nesta Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Nova Cruz, o Reverendo Senhor Vigário Manoel Jácome Bezerra Cavalcante, por mim autorizado, tendo precedido de confissão e exame de Doutrina Cristão, na sua presença e das testemunhas João Cavalcante da Rocha e Antônio Galdino da Luz, se uniram em matrimônio, por palavras de presente, e receberam as bênçãos nupciais, os nubentes Félix Antônio  de Medeiros e Theresa Duquesa de Farias, moradores nesta Freguesia, do que para constar mandei lavrar este termo que assino. O Vigário Interino Beliso Lins de Albuquerque Cabral. 

Aos 11 de maio de 1900, faleceu de inflamação Félix Antônio de Medeiros, com 68 anos, casado com Theresa Duquesa de Farias, foi amortalhado de branco e sepultado no Cemitério desta Vila, e para constar fiz este assento que assino. Clérigo José Cabral.

Assim, Félix Antônio deve ter nascido por volta de 1832, casado aos 25 anos. 

Félix Antônio e Theresa Duquesa foram padrinhos em 24 de setembro de 1881, de Maria, filha de Camilo José da Rocha e Maria Felentina de Medeiros. 

Em um Livro escrito por Maria do Socorro Galvão da Costa, homenageando sua mãe Perpétua Medeiros Galvão, encontro uma genealogia desta senhora, cujos pais eram Silvino da Costa de Medeiros e Auta Aurora de Araújo. Sabendo que Silvino era irmão de Maria do Ó, e, portanto, tinham os mesmos ascendentes, descobri que Teresa Duquesa de Faria era filha de João de Faria da Costa e Maria Alexandrina da Conceição. A partir daí consegui localizar o batismo de Teresa, na Freguesia de Caicó, pelo familySearch, cuja imagem segue, com a respectiva transcrição:
Teresa, filha legítima de João de Faria da Costa, já falecido, e de Maria Alexandrina  da Conceição, ele natural da Freguesia de Cuité,  e ela desta do Seridó, onde presentemente se acha, nasceu aos 4 de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e dois, e foi batizada com os santos óleos, no Sítio Tapera a quatro de julho do dito ano, pelo Padre Manoel Mariano da Costa Pereira, de minha licença; foram padrinhos Antônio Fernandes de Araújo e Madalena Maria da Conceição, casados, do que mandei fazer este assento e me assinei. O Vigário Francisco de Brito Guerra.



Após mais pesquisas, transcrevo para extratos de registros relacionados ao casal Félix Antônio de Medeiros e Teresa Duquesa de Faria.


Em 2 de maio de 1866, nasceu Verbulina, branca, filha de Félix Antônio de Medeiros e de Teresa Duquesa de Faria, foi batizado no lugar Santo Antônio, em 3 de dezembro do mesmo ano, sendo padrinhos Claudiano da Rocha e Bernardina América de Farias; Em 9 de outubro de 1863, tinha nascido Josefa, branca, filha de Félix e Teresa, que foi batizada no lugar Melão, aos 25 do mesmo mês e ano, sendo padrinhos Manoel Zacarias de Macedo e sua mulher Josefa Clementina de Faria.


Em 29 de março de 1869, nasceu João, filho de Félix Antônio de Medeiros e de Teresa Duquesa de Faria, sendo batizado, na Matriz de Cuité,  aos 16 de maio do mesmo ano, sendo padrinhos Antônio Genuíno de Faria e sua mulher Josefa Teófíla de Faria.


Em 25 de novembro de 1880, no Sítio Santo Antônio, Freguesia de Santa Cruz, se casaram Camilo José da Rocha, filho da finada Joana Carlota Brasileira (como registrado), e Maria Florentina (como estava escrito) de Medeiros, filha de Félix Antônio de Medeiros e de Teresa Duquesa de Farias, sendo testemunhas Antônio Genuíno de Faria e Joaquim Claudino da Rocha; em 1885, faleceu de tétano, com 8 dias, Camilo, filho de Camilo José da Rocha e Maria Felentina de Medeiros, e nesse registro volta o nome Felentina e não Florentina.


Agora o casamento de um filho - Em 22 de novembro de 1884, na Matriz de Cuité, registro de Santa Cruz, se casaram Flávio Miguel da Costa Medeiros, 56 (aqui há um erro) anos, filho de Félix Antônio de Medeiros e Teresa Duquesa de Farias, e Firma Pautilha de Farias, 24 anos, filha de Trajano José de Farias e de Maria Ermelinda de Farias, sendo testemunhas Dr. Ivo Barros Magno da Fonseca, e Camilo José da Rocha.


Félix, filho de Félix Antônio de Medeiros e de Teresa Duquesa de Farias, nasceu aos 27 de março de 1871, e foi batizado no lugar Santo Antônio, aos 5 de junho do dito ano, sendo padrinhos Trajano José de Faria e Maria Armelina de Faria. Em 18 de março de 1898, nascia Luiza, filha de Félix Antônio de Medeiros Filho e de Maria Angelina  de Medeiros, tendo sido batizada aos 27 do mesmo mês e ano, sendo padrinhos Félix Antônio de Medeiros, e Francisca Cesária de Lima.


Em 22 de março de 1875 nasceu Miguel, filho de Félix Antônio de Medeiros e de Teresa Duquesa de Faria, e foi batizado aos 16 de maio do mesmo ano, sendo padrinho Miguel Ribeiro Dantas, por seu procurador Antônio Genuíno de Faria. 


Em 4 de setembro de 1882, nasceu Afonso, filho de Félix Antônio de Medeiros e de Teresa Duquesa de Faria, sendo batizado na Matriz de Cuité, em 24 do mesmo mês e ano, sendo padrinhos Ivo Francisco Dantas e sua mulher Josefa de tal de Medeiros.
 

 
 
 
 


quinta-feira, 12 de maio de 2016

O batismo de Francisco Umbelino Gomes de Macedo, 1854

Por João Felipe da Trindade

Foi no livro de Sebastião de Azevedo Bastos, intitulado "No Roteiro dos Azevedos e outras famílias do Nordeste, que encontrei referência a Francisco Umbelino Gomes de Macedo, avô paterno do meu sogro Francisco Umbelino Neto. Entretanto, não tinha localizado, até agora, qualquer registro da Igreja sobre ele, que era natural de Picuí, na Paraíba.

Descobri, recentemente, que Picuí fazia parte da Freguesia de Cuité, e, por isso, fui atrás dos registros de batismos de lá. Sabia, por informações de Câmara Cascudo, que alguns irmãos de Francisco Umbelino tinham nascido por volta de 1856.

Após, examinar, sequencialmente, vários registros achei o dele: Francisco, nascido em 15 de setembro de 1854, filho legítimo de José Gomes de Mello, e de Úrsula Francelina  da Conceição, moradores, e naturais desta Freguesia, foi batizado com os santos óleos, no lugar denominado Retiro, pelo Reverendo Joaquim Álvares  da Costa, aos 15 de outubro do mesmo ano, e foram seus padrinhos Francisco Fernandes Pimenta e sua mulher Mariana Constância da Mercês, moradores nesta Freguesia. Do que para constar fiz este assento. Vigário Manoel Jácome Bezerra Cavalcante.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Os Jazigos e a Genealogia

Por João Felipe da Trindade

Uma das fontes para Genealogia vem dos jazigos. Por isso, estive em vários cemitérios em busca de informações que não tínhamos encontrado nos livros da Igreja.

Muitas vezes, além das datas de falecimento, encontramos as datas de nascimento, e algumas vezes, nomes de pessoas ligadas por laços familiares. Na imagem aqui inserida, veremos as datas de nascimento e falecimento do casal José Umbelino de Macedo Gomes e Maria do O' de Medeiros.


terça-feira, 29 de março de 2016

Novo Curso de Genealogia

Nesse começo de abril ministraremos novo curso de Genealogia, Será, deste feita, no turno da noite.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Pedro de Barros Dantas, lá do Assú




João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)

Os assentamentos de praça, muitas vezes, cobrem lacunas deixadas pelo desaparecimento de alguns livros de registros da Igreja. Neste artigo sobre Pedro de Barros Dantas, vamos começar, pois, por registros de praça.

Pedro de Barros Dantas, filho de Antonio Dantas, natural da Paraíba, morador nesta Ribeira de Assú, branco, casado, de estatura ordinária, barba fechada, olhos azuis, cor rosada, testa grande, de idade de quarenta e cinco anos, assenta praça em revista de 27 de julho de 1789. Há uma anotação na margem desse assento, que ele passou para Cabo de Esquadra.

Pelas informações acima, Pedro era natural da Paraíba e deve ter nascido por volta de 1744. Pelas informações, a seguir, era casado em 1777, e já estava em Assú: Joaquim de Barros Franco, filho de Pedro de Barros Dantas, natural e morador nesta Ribeira do Assú, olhos azuis, cor trigueira, nariz pequeno, cabelo corredio, branco, solteiro, de idade de 12 anos, assenta praça em revista de 27 de julho de 1789.

No assentamento a seguir, se observa que Pedro teve uma passagem por Portalegre: Pedro de Barros Dantas Junior, filho de Pedro de Barros Dantas, natural da Vila de Portalegre, idade de 13 anos, cabelos e olhos castanhos, altura 5p e 2p, praça em 29 de abril de 1797, agricultor, solteiro.

José da Cunha Cavalcante filho de Pedro de Barros Dantas, natural da Freguesia do Assú, idade de 15 anos, cabelo preto, olhos castanhos, altura 5p e 2p, praça em 29 de abril de 1797, solteiro, agricultor.

Vejamos agora o registro de casamento de um filho de Pedro, como o mesmo nome do avô: Aos quatro dias do mês de fevereiro de mil oitocentos e vinte e seis, no Sítio Itu, pelas oito horas da manhã, na Freguesia de Santa Ana do Matos,  em minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam por esposos presentes, Antonio Dantas, freguês da Freguesia de Santa Ana, donde apresentou  carta do seu vigário, João Theotonio, em que declara não ter ele impedimento, e Josefa Francisca, minha freguesa; o esposo de idade de 30 anos, filho legítimo de Pedro de Barros, e de Antonia Felis; a esposa de idade de 28 anos, filha legítima de Manoel Ignácio Cavalcante e Maria do Carmo, já falecidos, naturais e moradores no Assú, onde se fizeram as denunciações necessárias, sem impedimento; e logo lhes dei as bênçãos matrimoniais, sendo presentes por testemunhas o capitão, Comandante Geral, Manoel Varella Barca, casado, e João Amâncio, solteiro, todos desta Freguesia de Santa Ana do Matos.

Vejamos, agora, o casamento, de um filho, já bem maduro,  de Pedro de Barros Dantas: aos nove dias do mês de julho de mil oitocentos e vinte e oito, pelas cinco horas da tarde nesta Matriz de São João Batista do Assú, em minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam por esposos presentes, Manoel Correa Felis e Josefa Maria da Silva, meus fregueses, dispensados os proclamas por sua Excelência Reverendíssima. O esposo tem de idade cinquenta anos, filho legítimo de Pedro de Barros Dantas, já falecido, e Antonia Felis de Vasconcelos; a esposa de vinte anos, filha legítima de Pedro José da Silva, e Ana Thereza de Jesus; o nubente natural do Assú e a nubente da Vila do Pilar; e logo lhes dei as bênçãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas José Francisco de Sousa, casado, e José Ribeiro Moreira, solteiro, todos deste Assú. 

Manoel Correa Felis, que não apresenta sobrenome do pai, mas da mãe,  deve ter nascido por volta de 1778.

Outro filho de Pedro de Barros Dantas casou, também, bem maduro, e, também, com uma nubente jovem, como se pode ver do registro a seguir: Aos vinte e dois de fevereiro de mil oitocentos e vinte e oito, pelas oito horas da manhã, no Sítio Estevão, em minha presença, e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam por esposos presentes, João Amâncio de Barros, e Maria José do Espírito Santo, meus fregueses, por se acharem dispensados no impedimento que os ligavam: o esposo tem idade de quarenta anos, filho legítimo de Pedro de Barros Dantas, já falecido, e Dona Antonia Felis de Vasconcelos, morador na Freguesia de Santa Ana do Matos, donde apresentou banhos desimpedidos; a esposa de vinte anos, filha legítima de Joaquim Felis de Lima e Rita Thereza de Jesus, naturais e moradora desta dita Freguesia do Assú, onde se fizeram as denunciações necessárias, sem impedimento, e logo lhes dei as bênçãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados em Doutrina Cristã,  presentes por testemunhas o capitão, Comandante Geral, Manoel Varella Barca, e Francisco de Sousa Caldas, casados.

Um registro de óbito dá notícia do falecimento de uma esposa de Pedro de Barros Dantas, que deve ser aquele natural de Portalegre e que assentou praça em 1797: aos quatro de dezembro de mil oitocentos e quarenta e sete nesta Matriz de São João Batista do Assú, se deu sepultura ao cadáver da adulta Thereza da Trindade Nobre, branca, de idade de cinquenta e três anos, viúva de Pedro de Barros Dantas. Ela deve ter nascido por volta de 1794.

Aos 10 de maio de 1831, faleceu José, filho de Pedro de Barros Dantas, falecido, e de Thereza da Trindade, com 12 anos de idade.

Em 5 de março de 1832, na Matriz de Santa Ana do Matos, se receberam por esposos, Pedro José Ferreira e Thereza da Trindade Nobre,  filhos legítimos, ele,  de João Fernandes Galvão e Ana Joaquina de Góis, e ela de Pedro de Barros Dantas, falecido, e Thereza da Trindade Nobre, na presença de João Carneiro da Cunha e Antonio da Silva Carvalho, ambos casados.

Em 17 de maio de 1835, nascia Luiz, filho de Pedro José Ferreira, natural de Manguape (?), e de Thereza da Trindade Nobre, em 7 de julho do mesmo ano era batizado, tendo como padrinho Antonio Dantas Cavalcante.

Em 20 de agosto de 1870, na Capela do Rosário, Martiniano Egídio Ferreira Nobre, filho de Pedro José Ferreira e Thereza da Trindade Nobre, casou com Francisca Xavier da Cunha Vasconcelos, filha de Francisco Trajano Xavier da Cunha e Senhorinha Clara dos Anjos, na presença de Felis Rodrigues Ferreira e Luiz Ferreira Nobre. Este Luiz pode ser o batizado acima, em 1835. Essa Senhorinha tinha duas irmãs que casaram na Ilha de Manoel Gonçalves: Josefa Jacinta de Vasconcelos com Manoel da Rocha Bezerra e Antonia Bernarda Achiolis  com Paulino Álvares Pessoa.

Em 1 de fevereiro de 1883, na Matriz, José Florêncio de Moraes Barreto desposou Maria de Jesus da Trindade Nobre, aquele filho legítimo de Antonio José de Sousa e Josepha Maria de Oliveira, e esta, filha legítima de Pedro José Ferreira e Thereza da Trindade Nobre, sendo testemunhas Manoel Honório Barbalho Bezerra e Francisco Antonio de Moraes Barreto.
Em 21 de novembro de 1833, no Sítio Picada, da Freguesia de Santa Ana do Matos, José de Araújo da Cunha, desposou Antonia da Trindade Nobre, ele, filho legítimo do tenente Alexandre da Cunha Calheiros e Ignez Neta Pereira, e ela, filha legítima de Pedro de Barros Dantas e Thereza da Trindade Nobre, sendo testemunhas Manoel Varella Barca e Antonio Caetano Monteiro, houve dispensa de impedimento do terceiro grau de consanguinidade. Aos 15 de janeiro de 1880, na Matriz do Assú, com dispensa de consanguinidade, João Julião da Cunha desposou Ana da Trindade Nobre, aquele filho legítimo de José da Cunha Cavalcante, falecido, e Joana da Cruz, esta filha legítima de José de Araújo Cunha  e Antonia da Trindade Nobre, foram testemunhas Antonio Dantas Cavalcante, solteiro, e Pedro de Barros Dantas.

Aos 5 de março de 1837, nascia José, filho legítimo de Pedro de Barros Dantas e Ana da Trindade, tendo sido batizado aos 26 do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos José da Cunha Cavalcante, casado, e Thereza da Trindade Nobre, viúva.

Aquilina, filha de Pedro de Barros Dantas, e Ana da Trindade Nobre, nasceu aos 2 de setembro de 1848, e foi batizada na Matriz do Assú, aos 11 de março de 1849, tendo como padrinhos o tenente Manoel de Melo Montenegro Pessoa, e  sua mulher Maria Beatriz Paz Barreto, por procuração que apresentou Ângela Garcia freire de Araújo, viúva.

Francisco, filho legítimo de Francisco Dantas Cavalcante, e Vicência Maria, naturais do Assú, nasceu aos 28 de fevereiro de 1836, e foi batizado aos 25 de março  do dito ano, na Matriz do Assú, sendo padrinhos Pedro de Barros Dantas e Ana da Trindade Nobre, casados, estes de Santana do Matos, aqueles do Assú.

Manoel, filho legítimo de Pedro de Barros Dantas, e de Ana da Trindade Nobre, nasceu a 8 de julho de 1842, e foi batizado na Matriz, a 14 de agosto do mesmo ano, sendo padrinhos Sebastião Nobre de Almeida e D. Alexandrina  Cavalcante Pessoa, solteiros. Nesta mesma data, Pedro de Barros Dantas e Ana da Trindade Nobre, foram padrinhos de um escravo de Sebastião Nobre de Almeida.

Esse mesmo casal acima teve outro filho, 22 anos depois, com o mesmo nome de batismo: Manoel, branco, filho legítimo de Pedro de Barros Dantas e Ana da Trindade Nobre, naturais e moradores nesta Freguesia, nasceu a 2 de março de 1864, e foi batizado no Sítio Cuó, desta Freguesia aos 8 de maio do mesmo ano, sendo padrinhos o capitão Thomaz José de Sena e sua mulher Dona Francisca Beatriz de Sena Montenegro, por sua procuradora Dona Maria Marcina de Barros Nobre, solteira, todos deste Assú.

Pedro, branco, filho legítimo de Pedro de Barros Dantas, e de Maria do Carmo de Moura, moradores nesta Freguesia, nasceu aos 3 de julho de 1832, e foi batizado, na Fazenda Capivaras, aos 24 de agosto do dito anos, sendo padrinhos José Joaquim de Barros Dantas, solteiro.

Aos vinte e oito de fevereiro de mil oitocentos e setenta e cinco, sepultou-se, no Cemitério Público da Cidade do Assú, o cadáver de Pedro de Barros Dantas, idade de sessenta e quatro anos, morador nesta Freguesia, casado que era com Anna da Trindade Nobre; morreu de hepatite, com os sacramentos da penitência, e Santíssimo Viático, envolto o cadáver em preto e de licença minha, encomendado solenemente pelo Reverendíssimo Vigário do Assú, José de Matos Silva, do que tudo, para constar, fiz este assento e nele me assino. O Vigário Antonio Germano Barbalho Bezerra.

Pelo registro acima, esse Pedro de Barros Dantas deve ter nascido por volta de 1811, não sendo, portanto, aquele filho do velho Pedro de Barros, de mesmo nome, que assentou praça em 1797.

Essas repetições de nomes e a falta de alguns registros dificultam o estabelecimento de elos entre algumas dessas pessoas acima.


sábado, 13 de fevereiro de 2016

A Família Lopes Galvão no Oeste Potiguar

Por Jose Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

A Família Lopes Galvão no Oeste Potiguar

Uma das mais tradicionais famílias potiguares, os Lopes Galvão, tiveram atuação relevante no Oeste Potiguar, deixando raízes, especialmente, em Mossoró, como no caso de Romualdo Lopes Galvão, Clemente Lopes Galvão, Olinto Lopes Galvão e Petronilo Lopes Galvão.
Romualdo Lopes Galvão nasceu em 7 de fevereiro de 1853, na residência de seus avós maternos, no sítio Alto dos Patacões, na cidade de Campo Grande-RN. Era filho primogênito de João Lopes Galvão, Coletor de Rendas Gerais naquela localidade e Maria Ferreira de Melo, da família Cascudo. Neto paterno de Cipriano Lopes da Rocha, natural de Currais Novos-RN e Rosaura Albuquerque Galvão, natural de Campo Grande-RN. Neto materno de Antônio Ferreira de Almeida (Cascudo), natural de Catolé do Rocha-PB e Maria Vieira de Melo Almeida, natural de Campo Grande-RN.
Eram irmãos de Romualdo Galvão: João Crisóstomo Galvão, Clemente Lopes Galvão, Emília Galvão Vieira de Melo, Amélia Galvão de Oliveira, Izabel Galvão de Miranda (Bela), Maria Lopes Galvão de Oliveira (Liquinha), Bonifácio Lopes Galvão e Olinto Lopes Galvão.
Romualdo Galvão foi membro destacado da Loja Maçônica “24 de junho”, onde justamente com seus pares desempenharam importante participação na abolição dos escravos, em 1883. Romualdo Galvão foi um dos mais ardorosos e influentes abolicionistas, juntamente com sua esposa Amélia Dantas de Souza Galvão e seu sogro, o jornalista e poeta português, José Damião de Souza Melo. Comerciante de destaque na cidade, com a firma Romualdo Lopes Galvão – casa de fazendas, exportadora de algodão e de peles, situada na Praça 06 de Janeiro, atual Praça Rodolfo Fernandes.
Participou ativamente do movimento. Em 6 de janeiro de 1883, é criada a Sociedade Libertadora Mossoroense, entidade pioneira da nobre causa congregava em seu meio os abolicionistas locais, sob a presidência de Joaquim Bezerra da Costa Mendes, tendo Romualdo Galvão como vice-presidente.
Foi um dos sete diretores da Sociedade Libertadora Mossoroense. Nessa época, o próspero empreendedor cearense Miguel Faustino do Monte (1858-1952), gerenciava a firma Souza Nogueira & Cia. (em sociedade com o mossoroense Alexandre de Souza Nogueira) subscreveu o manifesto conhecido como Pacto de Honra, juntamente com Romualdo Galvão, gerente da Casa Mayer, do operoso comerciante suíço Conrado Mayer (1844-1897), para, se for preciso, lançar mãos de todo o dinheiro de seus patrões para ajudar a libertar os escravos em Mossoró.
No ano de 1883, Mossoró estava sendo administrada por Romualdo Galvão em seu primeiro período, pois exerceu novo mandato entre os anos de 1892 a 1895. Em seguida, transferiu residência para Natal, ocupando cargos públicos diversos: prefeito de Natal, diretor do Banco de Natal e deputado estadual por duas vezes. Matrimoniou-se com Amélia de Souza Melo, em 05 de dezembro de 1882, em Fortaleza-CE, passando a se chamar, Amélia de Souza Melo Galvão. Dessa união com Amélia Galvão, como ela ficou mais conhecida, não houve filhos. Com o seu falecimento, em Mossoró, no dia 14 de novembro de 1890 casou novamente com Antônia Monteiro Galvão, tendo os filhos: maestro José Monteiro Galvão, Romualdo Galvão Filho e João Monteiro Galvão. Romualdo Galvão faleceu em 1 de agosto de 1927, em sua chácara, situada na Avenida Hermes da Fonseca, onde atualmente funciona o Instituto Maria Auxiliadora, no bairro de Petrópolis. Está sepultado no Cemitério do Alecrim.
Em sua homenagem, na cidade de Mossoró, é nome de rua, localizada nos bairros Alto da Conceição e Belo Horizonte. Amélia Galvão é nome de rua, localizada no bairro Lagoa do Mato.
No dia 15 de novembro de 2001 foi criada a Associação das Samaritanas “Amélia de Souza Galvão”, também denominada de Clube de Samaritanas. O seu quadro de associados é composto das esposas dos maçons da Loja Maçônica “24 de Junho” e tem por finalidade a pratica da filantropia, de forma ampla e irrestrita.
Clemente Lopes Galvão nasceu em 23 de novembro de 1860, também, em Campo Grande. Da mesma forma que o seu ilustre irmão Romualdo Galvão foi um abolicionista mossoroense e maçom integrante da Loja Maçônica 24 de Junho. Comerciante mantinha a firma Clemente Galvão & Cia. - negociante de fazendas que funcionava no local onde estava situada a firma Romualdo Lopes Galvão e tinha como sócios os irmãos Clemente Lopes Galvão e Olinto Lopes Galvão.
Clemente matrimoniou-se com Mafalda Miranda Galvão nascida em 2 de maio de 1858 e falecida em 2 de julho de 1925, filha de Antero Frederico Borges de Miranda Henriques1 nascido em 19 de abril de 1819 na cidade de Areia-PB e falecido em 23 de abril de 1915 na cidade de Parelhas-RN e de Zeferina Maria da Cunha de Miranda Henriques nascida em 26 de agosto de 1828 na cidade de Jardim do Seridó-RN e falecida em 3 de novembro de 1890 na cidade de Mossoró. Dessa união, tiveram sete filhos: João, Francisco, Solon, Maria, Ismênia, Zeferina e Raimunda. Anteriormente, Mafalda Galvão havia sido casada com um parente de Clemente, Joaquim Fontes Galvão, com dois filhos: Cândida e Antônio. Clemente Galvão tomou o mesmo caminho de Romualdo Galvão, ao se mudar para Natal, onde faleceu em 2 de julho de 1925, no mesmo dia de sua esposa.
Olinto Lopes Galvão, do mesmo modo que os seus irmãos, Romualdo e Clemente Galvão manteve atividades comerciais. Em 18 de julho de 1903, Olinto Galvão recebe do Poder Público Municipal a concessão de fornecer água à Mossoró, no período de 50 anos, através de poços artesianos.
Olinto Galvão teve atuação política. Foi suplente de intendente (vereador) na legislatura de 1892 a 1895, assumindo o cargo de intendente, em 23 de julho de 1894, por ocasião da saída do Presidente da Intendência (Prefeito), Romualdo Galvão, que se transferiu para Natal e pela renúncia de Horácio de Azevedo Cunha. Matrimoniou-se com Cândida de Miranda Fontes Galvão, filha do casal anteriormente citado (Joaquim Fontes e Mafalda), natural de Lavras de Mangabeira-CE, tendo os filhos: Joaquim de Fontes Galvão, Antônio, Ercílio, Ester, Dalila de Fontes Galvão, José Olinto Galvão, Olinto Galvão Filho e João Batista Galvão.
Petronilo Lopes Galvão foi aquele dos membros familiares pesquisados que encontrei menores informações a respeito. Foi suplente de intendente, no período de 1911 a 1913. Contraiu núpcias com Elvira do Couto Galvão, filha de Jeremias Soares do Couto e sua terceira esposa Belisária Alves do Couto, com descendência. Anteriormente, Jeremias era casado com Maria da Penha de Melo, tendo os filhos Antônio2, Luiz, Enéas, Francisca e Josefa. Depois, casou com Maria Gamelo de Oliveira, havendo os filhos Delmira e Alexandre. Da terceira união com Belisária, teve além de Elvira, Enéas, Virgília, Adélia3, Guiomar, Odília e João Capistrano do Couto, avô materno do conceituado jornalista Dorian Jorge Freire.
Entre 1928 a 1933, Petronilo Galvão, juntamente com a família passaram a residir em Macau, em virtude da incumbência de administrar a salina Trapiche Furado, pertencente ao seu cunhado, Antônio Soares do Couto (Totô Reis).
Notas Explicativas
1 - Antero Frederico era o filho primogênito do casal Francisco Xavier de Miranda Henriques Filho e Joana do Rego Bezerra. Depois do casamento passou a se chamar Joana de Miranda Henriques. O casal constituiu uma extensa prole de 18 filhos.
2 – Antônio Soares do Couto nasceu em 10 de fevereiro de 1866, na cidade de Mossoró. Industrial salineiro de larga projeção. Presidente da Intendência, no período de 1908 a 1910. Matrimoniado com a sua parente Justa Nogueira da Costa, filha de Joaquim Nogueira da Costa e Maria Idalina do Couto. Depois de casada passou a se chamar Justa Nogueira do Couto. O casal teve um filho adotivo, Francisco Nogueira do Couto, que fez época, em Natal, com o seu Cine Rex. Totó Reis como era carinhosamente conhecido faleceu em 27 de fevereiro de 1933.
3- Adélia Couto foi casada com Manoel Benício de Melo Filho. Benicio Filho era mossoroense e nasceu no dia 4 de outubro de 1886, sendo filho de Manoel Benício de Melo e de Maria Ericina da Cunha Melo. Concluiu o curso de Direito da Faculdade do Ceará, em 1910. Ocupou as várias funções públicas: 1918: Juiz de Distrital em Jardim do Seridó; 1919: Juiz de Direito da Comarca de Jardim do Seridó; 1926: Comissário de Chefe de Polícia do governo de José Augusto;1928: Promovido ao cargo de Desembargador; 1934: Procurador Geral do Estado; 1943: Eleito Presidente do Tribunal de Justiça; 1946: Eleito suplente do Tribunal Regional Eleitoral - TRE. Em 1949 aposentou-se das funções de magistrado. Faleceu em 16 de julho de 1949. Informações extraídas do site: http://www.mprn.mp.br/memorial/pgj16.asp





Referências Bibliográficas:

ALBUQUERQUE, M. A. C. C. Moura e Raposo da Câmara no Rio Grande do Norte: ascendência & descendência: colônia, império, regência e república. Natal-RN Ed. do autor, 2012. 448 p.
BRITO, R. S. Legislativo e Executivo de Mossoró numa viagem mais que centenária. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense, 1985. 247 p.
BRITO, R. S. Ruas e Patronos de Mossoró. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense. Volume II, 2003. 263 p.
CÂMARA, A. M. R. Câmaras e Miranda-Henriques. Natal-RN. Departamento Estadual de Imprensa, 2006. 75 p.
CASCUDO, L. C. Notas e Documentos para a História de Mossoró. 5ª edição. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense, 2010. 299 p.
ESCÓSSIA, L. Cronologias Mossoroenses. 2ª edição. Coleção Mossoroense. Mossoró-RN, 2010. 305 p.
FREIRE, D. J. Veredas do meu caminho. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense, 2001. 208 p.
GALVÃO, J. B. Subsídios para a História da Abolição do Cativeiro no Rio Grande do Norte. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense, 1982. 96 p.
LIMA, O. M. Loja Maçônica 24 de Junho 130 anos (Do pó dos Arquivos). Mossoró-RN. Edição do autor, 2003. 110 p.
SILVA, R. N. Negociantes & Mercadores Mossoró e suas velhas firmas. Natal-RN: Sebo Vermelho, 2010. 40 p.
SILVA, R. N. Terra e Gente de Mossoró. 2ª edição. Rio de Janeiro-RJ: Editora Pongetti, 1967. 89 p.
SOUZA, F. F. História de Mossoró. 4ª edição. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense, 2010. 284 p.






DADOS BIOGRÁFICOS

 

José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo (Mossoró-RN, 1976), filho de José Edilson de Albuquerque Guimarães e Deodina Silveira de Albuquerque Guimarães, graduado em Ciências Biológicas (UFRN) e Mestre em Geociências, pela mesma universidade, é servidor da Prefeitura Municipal de Mossoró. Iniciou suas atividades literárias, em 2012, na Revista Oeste, com a publicação do artigo Reminiscências: Alto da Conceição, um exemplo de fé cristã, em coautoria com Edimar Teixeira Diniz Filho. Em 2013, publicou, também, na Revista Oeste, outro artigo intitulado: Deoclides Vieira de Sá: um dos mais bem-sucedidos comerciantes mossoroenses. Em 2014, em parceria com o professor Doutor David de Medeiros Leite, publicou o livro: Mossoró e Tibau em versos: antologia poética (Ed. Sarau das Letras). No ano seguinte, publicou o livro: Nas trilhas de meu avô (Ed. Sarau das Letras).

 
José Edilson

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O preço da liberdade


João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Os seres humanos exploram seus semelhantes das mais diversas formas: física, mental e espiritual. As ideologias, as religiões, as tiranias e os partidos políticos mantém, debaixo de escravidão, milhões de pessoas em todo o mundo. E isso, parece que nunca vai acabar.

Nas nossas pesquisas genealógicas, encontramos os rastros da escravidão praticados pelos nossos ancestrais. Algumas pessoas, consideradas libertadoras, eram na verdade vendedores de liberdade. Trazemos exemplos através dos registros da Igreja.

Em 1864, no mesmo dia e ano, foram batizadas duas Marias, filhas das escravas Izabel e Ignácia, ambas pertencentes ao mesmo casal. Vejamos um desses registros: Aos trinta e um de junho de mil oitocentos e sessenta e quatro, batizei solenemente, nesta Matriz, da Gloriosa Senhora Santa Ana do Matos, a párvula Maria, parda, filha natural de Izabel, escrava de Vicente Ferreira de Lima, e sua mulher Joana Quitéria Veloso da Silveira, nascida a vinte e cinco de novembro de mil oitocentos e sessenta e três, cuja escravinha Maria os ditos senhores forraram na Pia, pelo preço e quantia de cem mil réis, cujo dinheiro receberam da mãe da dita criança, e, por isso, lhe deram plena, e geral liberdade, para que a goze para si, e seus descendentes, como se de ventre livre nascesse; foram padrinhos Miguel Francisco de Paula, e Izabel Emiliana da Silva, ambos solteiros, e desta Freguesia, e de como assim o disseram em minha presença, e das testemunhas abaixo assinadas, fiz este termo em que por verdade assinei, com eles libertadores, e as referidas testemunhas.  Antonio Germano Barbalho Bezerra, Coadjutor Pró Pároco, Vicente Ferreira de Lima, e por Joana Quitéria Veloso da Silveira, Absalão Fernandes da Silva, e como testemunha Manoel Lopes Idalino.


Mas antes da data acima, no ano de 1851, houve outra libertação, onde os pagadores foram os padrinhos: Francisca, parda, filha legítima de Francisco e Joaquina, escravos ambos de Antonio Dantas Cavalcante, casado, morador desta Freguesia de Santa Ana do Matos, nasceu aos nove de junho de mil  oitocentos e cinquenta e um, e foi batizado com os Santos Óleos, no Sítio Itu Velho, desta Freguesia, perante muitas pessoas, que se achavam presentes em Desobriga, como se nascesse de Vente Livre, por preço, e quantia de cinquenta mil réis, que receberam, seus senhores, dos padrinhos, na ação de batismo que foi aos dezesseis de julho do mesmo ano, pelo Coadjutor desta Freguesia Ignácio Damazo Correa Lobo, de minha licença, o que pediram os ditos senhores fizesse essa mesma declaração em Livro, para o todo tempo constar; foram padrinhos Manoel de Melo Montenegro Pessoa, casado, e Bertholeza Dantas Cavalcante, viúva, do que para constar mandei fazer este assento, e por verdade assinei. Vigário João Theotonio de Sousa e Silva.