domingo, 30 de setembro de 2012

Um Lopes Galvão na Ilha de Manoel Gonçalves e outras localidades

João Felipe da  Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Vez por outra, encontro um Lopes Galvão onde menos espero. Transcrevo aqui o casamento de um deles que encontrei em livros de Touros, mas  que foi celebrado na Ilha de Manoel Gonçalves e outros registros em outras localidades.
- Aos cinco de setembro de mil oitocentos e trinta e cinco, depois de feitas as diligências de estilo, e não aparecer impedimento algum, canônico, e nem civil, de licença minha, o Reverendo Frei José de Santo Alberto, da ordem dos Carmelitas, assistiu ao recebimento matrimonial e sacramental dos nubentes Francisco Lopes Galvão, filho legítimo de Cipriano Lopes Galvão, e de sua mulher Anna Francisca, falecida, com Felipa Maria da Conceição, filha legítima de José de Sousa Galvão, e de sua mulher Silvana Maria da Conceição, e os abençoou perante as testemunhas José Ignácio de Miranda, e André de Sousa Miranda e Silva, solteiros, e moradores na Ilha de Manoel Gonçalves, onde se fez este Sacramento. E para constar fiz este assento em que me assino. O vigário por oposição, Felis Alves da Cruz.
Outro filho de Cipriano e Anna casou em Guamaré como podemos ver na transcrição a seguir:
- Aos dez dias do mês de maio, de mil oitocentos e trinta e oito na Capela de Guamaré, corridos, digo, pelas cinco horas da tarde, corridos os banhos, sem impedimento, na forma do direito, precedendo exame de Doutrina e Confissão Sacramental, de minha licença, o Reverendo David Martins Gomes, presente as testemunhas Francisco José Soares e Antonio Ferreira de Brito, assistiu ao recebimento matrimonial dos meus paroquianos José Galvão de Sousa, e Maria Freire da Silva, moradores nesta Freguesia, ele filho legítimo de Cipriano Lopes Galvão, e da falecida Anna Francisca de Sousa, e ela filha legítima de João Freire da Silva, e de Gertrudes Gomes da Rosa, e lhe deu as bençãos nupciais, na forma do estilo, do que para constar fiz este assento, em que me assino. Felis Alves da Cruz, vigário colado.
Mais um registro de filho de Cipriano e Anna Francisca.
- Aos seis dias do mês de setembro de mil oitocentos e quarenta e dois, no Sítio das Bicudas, em desobriga, pelas onze horas do dia, depois de corridos os banhos, sem impedimento, confessados e examinados em Doutrina Cristã, se receberam em matrimônio, por palavras de presente, e mútuo consenso, os nubentes Alexandre Lopes de Sousa, filho legítimo de Sipriano Lopes Galvão, e de Anna Francisca, já falecida, e Fausta Maria, filha de Luis Correa Xaves, e de sua mulher, Joanna Maria da Soledade, brancos, meus paroquianos, em minha presença que lhes dei as bençãos nupciais, e das testemunhas assinadas ao pé da certidão, José Bezerra da Costa, e Francisco Ferreira da Costa, brancos, casados, moradores nas Bicudas; e para constar fiz este assento em que me assino. Antonio Camello Valcácer, Vigário Apresentado.
Nos registros acima aparece Cipriano Lopes Galvão, viúvo. Na sequência o casamento dele com a segunda esposa, Francisca Freire.
-Aos três dias de agosto de mil oitocentos e quarenta e quatro, na povoação de Caissara, desta Freguesia, em desobriga, depois de corridos os banhos sem impedimento, confessados e examinados em Doutrina, pelas quatro horas da tarde, se receberam em matrimônio por palavras de presente, em mútuo consenso, os nubentes Sipriano Lopes Galvão, viúvo de sua finada mulher Anna Francisca de Sousa, com Francisca Freire da Silva, filha legítima de José Nunes de Oliveira, já falecido, e de sua mulher Izabel Correa de Brito, brancos, meus paroquianos, em minha presença, que lhes dei as bençãos nupciais e das testemunhas assinadas ao pé dos banhos, Jerônimo Freire de Queiroz, e Vicente Ferreira de Brito, brancos, casados, moradores em Caissara, e para constar fiz este assento em que me assino. O Vigário Antonio Camello Valcácer.
Em Caissara casou outro filho de Cipriano e Anna Francisca
-Aos dois dias do mês de setembro de mil oitocentos e quarenta e dois na povoação de Caissara, em desobriga, depois de corridos os banhos sem impedimento, pelas três horas da tarde, depois de confessados, e examinados na Doutrina Cristã, se receberam em matrimônio por palavras de presente, e mútuo consenso, os nubentes Manoel Galvão Lopes de Sousa, filho legítimo de Sipriano Lopes Galvão, e de sua mulher Anna Francisca de Sousa, já falecida, com Florinda Maria da Soledade, filha legítima de Luis Correa Chaves, e de sua mulher Joanna Maria da Soledade, brancos, meus paroquianos, em minha presença, que lhes dei as bençãos nupciais, e das testemunhas assinadas ao pé da certidão, Pedro José dos Santos, e João Francisco Caxo, casados, moradores em Caissara, e para constar fiz este assento, em que me assino. Antonio Camello Valcácer, Vigário Apresentado.
Em Papari, aparece outro Francisco Lopes Galvão, já falecido, cuja relação com o anterior não foi encontrada. 
- Aos treze de novembro de mil oitocentos e quarenta e seis, pelas onze horas do dia, nesta Matriz de Nossa Senhora do O' de Papari, feitas as denunciações do Sagrado Concílio Tridentino, de que não resultou impedimento algum, em presença do celebrante Reverendo Gregório Ferreira Lustosa, vigário da cidade de São José de Mipibú, com licença de mim, pároco abaixo assinado, e das testemunhas Bernardo da Costa Lustosa e Francisco Chavier Carneiro, casado, moradores na (ilegível) casaram-se em face da Igreja solenemente, Joaquim Lopes Guarin, branco, de idade de vinte e cinco anos, filho legítimo de Francisco Lopes Galvão, falecido, e Theresa Maria de Jesus,  com Violante Rozalinda da Silva, branca, de idade de vinte anos, filha legítima de Francisco Chavier de Macedo, falecido, e Catharina Barbosa da Silva. O nubente é natural  da Freguesia do Assú, donde veio de menoridade para a Freguesia da cidade de São José, onde era morador, e a nubente natural da Freguesia de Brejo de Areia, donde veio criança para esta de Papari, onde é moradora, de cujas naturalidades e domicílios demonstraram habilitados, com consta de documentos que ficam recolhidos no arquivo desta Matriz, foram abençoados conforme os ritos cerimoniais da Santa Igreja; e igualmente examinados em Doutrina Cristã. Estão dispensados do segundo grau simples de afinidade ilícita contraído pelo nubente, no que se achavam ligados. E para constar faço este termo em que me assino com o Reverendo Assistente e testemunhas. Vigário José Marcos do Santos Brígido, Gregório Ferreira Lustosa.
O registro a seguir não trás as informações sobre os pais dos nubentes, mas pelo sobrenome do noivo deve ser um dos filhos de Francisco Lopes Galvão e Anna Francisca de Sousa.
- Aos dezessete de janeiro de mil oitocentos e quarenta e nove em Oratório privado da casa do nubente, assisti ao contrato matrimonial de Trajano Lopes Galvão de Sousa, com Luzia Maria da Conceição, e nenhum impedimento apareceu e lhe dei as bençãos nupciais conforme o ritual romano, sendo testemunhas o tenente Vicente Ferreira de Brito, e capitão Jerônimo Freire de Queiroz, casados. E para constar mandei fazer este assento, em que me assino. Vigário Amaro José de Carvalho.
O registro a seguir é colocado aqui por fazer referência a esposa do velho Cypriano Lopes Galvão, Dona Adriana de Olanda de Vasconcellos.
-Aos vinte e oito de setembro de mil setecentos e cinquenta e seis, de licença do Reverendo Vigário Doutor Manoel Correa Gomes, na Matriz desta cidade, batizou e pôs os santos óleos, o Reverendo Padre Francisco de Albuquerque de Mello a Philippa, filha do capitão Manoel Gomes da Silveira, e de sua mulher D. Maria de Albuquerque de Mello; foram padrinhos  o capitão Manoel de Oliveira e Mello, casado, e Dona Adriana de Olanda de Vasconcellos, mulher do sargento-mor Cypriano Lopes Galvão, por seu bastante procurador capitão Faustino da Silveira, de que mandou lançar este assento, o Muito Reverendo Senhor Doutor Visitador que abaixo assina. Marcos Soares de Oliveira, visitador

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