quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Uma visita ao municipio de Macau

Uma visita ao município de Macau
Eu precisava voltar ao município de Macau. Algumas dúvidas sobre os Martins Ferreira persistiam e não foram resolvidas até o momento. Buscas em livros, consultas em registros da Igreja, pedidos de ajuda para algumas pessoas em Recife não esclareceram algumas questões.
Saí na terça-feira, 5 de maio, com Graça e Miguel Felipe em direção à Macau. Lá chegando, fomos de imediato até o Museu José Elviro, onde Gilson Barbosa nos recebeu. Anteriormente, por vários motivos não tivemos acesso ao Museu. Agora, conseguimos matar nossa curiosidade. Da Ilha de Manoel Gonçalves encontramos a base  do cruzeiro que veio de lá e se encontra hoje na Matriz. Surpreendemente, encontrei, também, dois baús que pertenceram a Vicente Maria da Costa Avelino. A minha surpresa veio do fato que José Nazareno Avelino, que descende de Vicente por intermédio de Emygdia Avelino, ter me falado diversas vezes sobre esses baús que hoje ele não sabia onde se encontravam. Foi uma visita proveitosa por tudo que tem lá no museu. Na saída, Gilson recitou uma poesia sobre o Gari, profissão que já exerceu um dia.
 Liguei então para Benito Barros para nos encontrar. Benito me levou ao 1º Oficio de Notas e lá Dona Neuza combinou para eu ir à  tarde ver uns livros de registro mais antigos. Informou-me que os inventários estavam no  Fórum. Depois, Benito me levou até sua casa. Lá me mostrou um pequeno Pilão que foi encontrado por um pescador, há muitos anos atrás, nas proximidades da Ilha de Manoel Gonçalves. Benito me trouxe, ainda, um mapa que Hélio Dantas tinha dado para ele, mapa esse feito por Candido Mendes em 1868. Queria mostrar a  localização da Ilha de Manoel Gonçalves que naquela  época da confecção já não existia. Mas, outra surpresa aconteceu. Naquele mapa constava, também, a localização de Cacimbas de Viana que fazia parte das terras de Bento José da Costa, e foi onde nasceu minha avó Maria Josefina Martins Ferreira, bisneta de João Martins Ferreira e Josefa Clara Lessa. Pensava eu, antes, que era próxima a cidade de Açu. Não imaginava que fosse onde o mapa indicava. Tinha procurado muito por tal localização, inclusive na internet. Agora, sei onde fica. Benito me mostrou sua vasta biblioteca, onde vários títulos tinham diversas edições. Dali, ele me levou até a praia de Camapum para me mostrar onde ficava a Ilha de Manoel Gonçalves, hoje submersa.
À tarde fui ao ofício de notas fazer minhas pesquisas. Aproveitei e deixei o meu livro de presente para Dona Neuza. Fotografei alguns registros para em Natal olhar com mais cuidado. Dali, saí de volta ao Museu para ver se veria alguns documentos de registros eleitorais que Benito disse existir lá. Mas, Gilson, naquele momento, não soube identificar.  Fui, então, ao Fórum. Lá Daniel e Anny  me informaram que teria que fazer uma petição ao Juiz, solicitando autorização para pesquisar. Isso, então, ficou para outra oportunidade. Dali, saí para conversar com José Lopes, pois, me disseram que poderia me ajudar com histórias mais antigas de Macau.
Encontrei José Lopes, me apresentei e disse o que queria para ver se ele poderia me ajudar.  Quando falei em Cacimbas de Viana, seus olhos brilharam. Foi logo dizendo que a Fazenda tinha pertencido a família dele que comprou de  Manoel Casado. Aí, falou de sua infância lá em Cacimbas do Viana. José Lopes está com 74 anos de idade, mas parece mais moço.
À noite saí para jantar mais Graça e Miguel Felipe, no Chão de Giz, indicado por José Lopes. Enquanto jantávamos chegou José Lopes. Já tinha lido alguns trechos do livro "Servatis ex more servandis", que tinha dado a ele, e queria saber se aquele José Nazareno Avelino citado no livro era o amigo de infância dele, lá do Açu. Dei algumas características de José Nazareno e, por coincidência, era o amigo dele.
Após o jantar, Graça voltou para o Hotel para receber umas pessoas que viriam conhecer Mary Kay e ficamos, eu e Miguel, pastorando a chegada de Getúlio Moura, pois, nos disseram que todas as noites jantava por lá. Eu tinha lido o livro de Getulio, "Um Rio Grande e Macau", mas, nunca tinha conseguido me comunicar com ele. Era a hora.  Logo chegou Benito e continuamos a nossa conversa até que apareceu Getúlio Moura. Aí, discutimos algumas coisas que tinham no meu livro e outras que tinham no livro de Getulio. Uma das coisas que muitas pessoas não sabem é sobre a família de Vicente Maria da Costa Avelino. Tem muita gente que nem sabe que Pedro Avelino era o pai de Georgino, ou que Emygdio Avelino era irmão de Pedro Avelino.
Expliquei que o Jornalista Pedro Avelino era cunhado do Capitão José da Penha e que a mãe de José da Penha, Dona Maria Ignácia tinha uma irmã, Francisca de Paula, que casou com  Francisco Martins Ferreira. Aquela esquina, ali em Macau, que tem de um lado a placa com o nome Martins Ferreira (José Martins Ferreira, segundo eles) e de outro o nome de José da Penha, era uma coincidência que reunia parentes. José da Penha Alves de Sousa era primo legítimo de Maria Josefina Martins Ferreira.
Outra discussão que surgiu foi sobre os Alves. George Avelino me disse que Aluizio Alves contava era parente de Georgino. Vi um telegrama de José Anselmo para Aristófanes tratando-o como parente. Não identifiquei tal parentesco. Não seria pela parte dos Alves. Os Alves de Aluizio  vêm  dos Martins Ferreira e os de José da Penha vêm da Paraíba. Se houvesse algum parentesco de Aluizio e Aristófanes com Georgino  deveria ser através da Maria Ignacia Rosalinda Brasileira que era filha de Cosme Teixeira de Carvalho, avó de José da Penha e bisavó de Georgino Avelino Não consegui provar, mas acho que os Carvalho e os Fernandes de Santana são parentes. Rosalinda Brasileira foi madrinha do avô de Aristófanes e de Aluizio, Absalãovalho, avó de José da Penha e bisavó de Georgino Avelino Não consegui provar, mas acho que os Carvalho e os Fernandes de Santana são parentes. Rosalinda Brasileira foi madrinha do avô de Aristófanes e de Aluizio, Absalão Fernandes da Silva Bacilon.
O tempo foi pouco para outras discussões, mas agora teremos mais oportunidades de trocar idéias via internet e por outras formas de correspondência. Foi uma viagem proveitosa e cheia de boas coincidências.

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