quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Entrevista sobre a 62ª Reunião Anual da SBPC

Notícia


Veja entrevista do presidente da Comissão Executiva Local, João Felipe26/07/2010 10:31

João Felipe Trindade, presidente da Comissão Executiva Local (Foto: Agecom/Saulo de Castro) Entrevista com o presidente da Comissão Executiva Local, João Felipe da Trindade, concedida ao jornalista Osni Damásio, da Agência de Comunicação da UFRN (AGECOM).





Qual foi o seu maior desafio na organização da SBPC?



JOÃ FELIPE: Como matemático, passei parte da minha vida resolvendo problemas. Como administrador público, tive sob minha responsabilidade áreas complexas como finanças, pessoal, incluindo aí a folha de pagamento e licitações. Por isso, não me intimidei com a responsabilidade de presidir a Comissão Executiva Local da 62ª Reunião Anual da SBPC. O sucesso e a qualidade de uma Reunião desse porte dependem, fundamentalmente, de pessoal experiente e bons recursos. Com relação ao primeiro item, a Universidade escolheu pessoas qualificadas que já tinham participado de igual evento em 1998. Entre todas essas, quatro foram fundamentais nesse trabalho: profª. Bernardete, Pinheiro, Nalva e Gustavo Coelho. Com relação ao aporte financeiro, tive minhas apreensões, pois todas as contribuições de financiamento ficaram aquém do solicitado. Para complementar as necessidades da Universidade para realização do evento, o reitor teve que pedir ajuda ao Ministério da Educação e ao Ministério da Cultura.





A missão foi cumprida ou só termina com o encerramento do evento?



JOÃO FELIPE: Assim que termina uma Reunião Anual da SBPC, começam os preparativos para a Reunião seguinte. Assim, desde o ano passado que trabalhamos para realização desse evento e, com certeza, somente com a conclusão do relatório final é que poderemos dizer que a missão foi cumprida, pois, a cada momento, há necessidade de várias intervenções para dar andamento ao evento.



Em sua opinião, qual a importância da SBPC para UFRN?



JOÃO FELIPE: Em primeiro lugar, a UFRN está orgulhosa por ter sido escolhida para sediar um evento dessa magnitude. Em segundo lugar, a autoestima da comunidade universitária aumenta consideravelmente por se sentir capaz de realizar, com qualidade, o evento. Sediar a SBPC é a oportunidade da UFRN colocar a sua comunidade em contato com o que há de mais novo em Ciência e Tecnologia, além de poder mostrar para todo o Brasil o que está realizando.



Quais as parcerias que a Universidade fez para realizar a SBPC?



JOÃO FELIPE: Com o Governo do Estado e a Prefeitura de Natal, a Universidade recebeu apoios financeiro e logístico. Além disso, foram assinados convênios com a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander, Petrobras e Cosern. Muitas entidades, localizadas aqui no Estado, contribuíram para o sucesso da Reunião, patrocinando alguns eventos, mesmo sem assinatura de convênios. Outras entidades a nível nacional fizeram parcerias com a SBPC.



Qual o Legado que a UFRN vai receber após o Congresso?



JOÃO FELIPE: Com certeza, os alunos e professores se sentirão mais estimulados em seus estudos e pesquisas pelo que puderam assistir e pelos contatos que fizeram com cientistas de todo o Brasil. Nascerão novas parcerias com entidade financiadoras de pesquisas. Outra coisa importante é que a UFRN estará mais bonita em função das intervenções que fez para receber a Reunião.



O evento está dentro da expectativa da Sociedade?



JOÃO FELIPE: A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência tem feito elogios contínuos ao trabalho desenvolvido pela UFRN na preparação do evento. A experiência da Reunião que ocorreu em 1998, o fascínio que a nossa cidade exerce sobre os visitantes, a disposição de trabalho demonstrada pelos servidores da UFRN, a disponibilidade de várias entidades da sociedade norte-riograndense em contribuir foram elementos fundamentais para que tudo esteja caminhando dentro da expectativa da SBPC. Ademais, a mídia local (não tenho visto nada a nível nacional) tem dado uma cobertura da melhor qualidade ao nosso evento e isso vem despertando o interesse para participar da Reunião.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Coronel Cipriano Lopes Galvão, da Ribeira do Seridó

O Coronel Cipriano Lopes Galvão, da Ribeira do Seridó
João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN e membro do IHGRN

O povo seridoense tem um amor muito grande por sua região. Tudo isso advém, acredito, do fato de muitos dos seus filhos terem preservado a História da Seridó através da Genealogia, o que originou autoestima e identidade para aquele povo. Aproveitando a festa de Santa Anna, vamos transcrever para cá uma carta patente de Coronel concedida a um de seus habitantes ilustres, o Coronel Cipriano Lopes Galvão. Além disso, daremos algumas informações de outro ilustre morador daquela Ribeira, Alexandre Rodrigues da Cruz.
     Pedro de Albuquerque de Mello, Capitão Mor da Capitania do Rio Grande e Governador da Fortaleza da Barra desta Cidade do Natal, por sua Majestade Fidelíssima que Deus Guarde, etc. Faço saber aos que esta minha carta virem que porquanto se acha vaga o posto de Coronel do Regimento de Cavalaria da Ribeira do Seridó, por impedimento de Alexandre Rodrigues da Cruz que o servia, por ele dar ar na boca e na garganta... se acha em perigo evidente da vida na Praça de Pernambuco e desenganado dos médicos e cirurgiões e ser conveniente prover pessoa de qualidade, merecimentos e serviços que possa governar naquela Ribeira do Seridó, por ser um Sertão de muita gente e distante desta Cidade sessenta léguas pouco mais ou menos, pedi informações aos oficiais da Câmara desta Cidade conforme as ordens de Sua Majestade os quais satisfizeram nomeando três homens entre os quais nomearam Sipriano Lopes Galvam em primeiro lugar; e por me constar ter servido a Sua Majestade que Deus Guarde, tanto de Capitão de Cavalos e de Sargento Mor da Ordenanças, tudo por espaço de anos com bom procedimento e muito zelo do Real Serviço, como por ser um dos homens principais e nobres desta Capitania e de conhecida nobreza e muito afazendado: hei por bem de o eleger e nomear como por esta o faço ao dito Sipriano Lopes Galvam, no posto de Coronel da Cavalaria do Regimento da Ribeira do Seridó que vagou por impedimento de Alexandre Rodrigues da Cruz, que o servia e em virtude das ordens de Sua Majestade, de vinte e dois de Dezembro de mil setecentos e quinze, com o que posto não haverá soldo algum da Real Fazenda, mas gozará de todas as honras, graças, privilégios, liberdade, e isenções que em razão do dito posto lhe tocarem; do qual posto o hei por apossado e ordeno a todos os seus oficiais subalternos de seu Regimento o conheçam por seu Coronel e como tal o honrem e obedeçam, cumpram e guardem suas ordens de palavra e por escrito como devem e são obrigados. E por firmeza de tudo lhe mandei fazer a presente Patente por mim assinada e selada com o sinete de minhas armas que se registrará nos livros da Secretaria deste Governo e nas mais a que tocar. Dada e passada nesta Cidade do Natal, Capitania do Rio Grande do Norte, aos três de Novembro do ano do nascimento no Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil setecentos e cinquenta e sete. E eu Manoel Pinto de Crasto por ausência do Secretário a fiz//Pedro de Albuquerque Mello// e tinha o selo. Carta Patente pela qual V. Sª foi servido prover a Sipriano Lopes Galvam no posto de Coronel da Ribeira do Seridó, por impedimento de Alexandre Rodrigues da Cruz que o servia, como acima se declara e pelos respeitos acima declarados//para V. Sª ver// e não se continha mais em dita Carta Patente que eu Manoel Pinto de Crasto em ausência do Secretário aqui trasladei bem e fielmente como nela se continha.
     Copiado em 2 de Março de 1922. O Copista Petronillo Edson Pinheiro Joffily.
     Alexandre Rodrigues da Cruz, acima citado, recebeu uma Carta de data e sesmaria, em 23 de Dezembro de 1743. Terras entre as Ilhargas de Acauã e entre as Ilhargas do Quinqué e testadas do Trapiá e o sítio do Acari. Ribeira do Seridó.
     Alexandre Rodrigues da Cruz, que ocupava o cargo de Coronel, era casado como já visto em artigo anterior, com Vicência Lins de Vasconcelos. Eram filhas do casal acima, minhas hexavós Anna Lins de Vasconcelos e Tereza Lins de Vasconcelos, casadas respectivamente com Antonio Garcia de Sá Barroso e o português Francisco Cardoso dos Santos.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Capitão João Leite de Oliveira

O Capitão João Leite de Oliveira
João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN e membro do IHGRN
Entre os artigos de Câmara Cascudo do “O Livro das Velhas Figuras” está um sobre Antonio Vaz Gondim. Escreveu Cascudo: “Antonio Vaz Gondim foi o primeiro Capitão Mor que governou o Rio Grande do Norte depois do domínio holandês. Administrou duas vezes a Capitania, permanecendo quatorze anos. Homem prudente, equilibrado, enérgico, prestou serviços reais nesses momentos dolorosos em que a terra e a gente se reorganizavam para viver, depois de vinte e um anos de submissão e martírio”.
Nos registros da Igreja, que examinei, pouca coisa encontrei sobre esse que presidiu nossa província duas vezes. Por isso, fomos procurar alguma informação em outro tipo de registro. Encontramos, nos assentamentos de praça, um registro de um dos seus filhos. Diz o assentamento:
O Capitão João Leite de Oliveira, de idade de trinta e cinco anos, filho do Capitão Maior Antonio Vaz Gondim, natural desta Capitania do Rio Grande, altura comprida, cabelo castanho, rosto redondo, um sinal na maçã do rosto da parte esquerda, olhos pardos, de boa cor no rosto, senta praça de soldado nesta Companhia desde dez de fevereiro de 1699, e vence mil oitocentos e sessenta e seis de soldo por mês, na forma do assento do Conselho da Fazenda, lançado no livro 2 a fls. 79, verso, e não vencerá mais coisa alguma. (aa) Manoel Gonçalves Branco.
Com a informação acima, dando conta que João Leite sentou praça desde 1699, fomos procurar alguma coisa nos registros de batismos da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande do Norte. Lá encontramos alguns filhos do Capitão João Leite de Oliveira e de sua esposa Damasia de Morais. São pois netos do Capitão Mor Antonio Vaz Gondim:
Clara, batizada em 12 de Abril de 1710, tendo como padrinhos, José Ferreira e Felizarda Filgueira; José, batizado em 14 de Novembro de 1702, tendo como padrinhos Manoel Rodrigues Taborda e Dona Joana de Barros Coutinho; Tereza, batizada em 27 de dezembro de 1704, tendo com padrinhos Capitão Antonio Dias Pereira e Brízida Rodrigues, filha de Izabel de Sá; e Bonifácio, batizado em 30 de Janeiro de 1707, tendo como padrinhos Carlos da Rocha e Jeronima Serrada, filha de Balthasar Fernandes.
Esse José que aparece acima deve ser José Martins de Oliveira que casou, em 1728, conforme registro abaixo.
Aos quatro de Fevereiro de mil setecentos e vinte e oito anos, na Capela de Nossa Senhora dos Remédios do Cajupiranga deste Rio Grande do Norte, pela manhã, feitas as denunciações na forma do Sagrado Concílio Tridentino, nesta Matriz de Nossa Senhora da Apresentação da Cidade do Natal, do Rio Grande do Norte, donde os contraentes são naturais e moradores, e na Capela do Cajupiranga, dito, onde é assistente a contraente, e na Capela de São Miguel do Guajiru, deste Rio Grande, onde é assistente o contraente, sem se descobrir impedimento, em presença do Reverendo Licenciado João Gomes Freire, Coadjutor da dita Matriz, de licença minha, sendo presente por testemunhas o Coronel Theodosio Freire de Amorim, e Damasia Gomes da Câmara, mulher do dito, o Capitão Bonifácio da Rocha Vieira, e sua mulher Ignácia Gomes Freire, pessoas conhecidas, se casaram em face da Igreja, solenemente, por palavras, José Martins de Oliveira, filho do Capitão João Leite de Oliveira, e de sua mulher Damasia de Moraes, com Catherina de Amorim Freire, filha do Capitão Domingos da Silveira, e de sua mulher Catherina de Amorim Freire, e ambos os contraentes naturais e moradores desta dita Freguesia do Rio Grande. Do que tudo fiz este assento em que por verdade assinei. E logo lhes deram as Bênçãos conforme os ritos da Igreja. Manoel Correa Gomes, vigário.
Esse Bonifácio da Rocha Vieira, acima, era filho do Capitão Theodosio da Rocha. A esposa dele, Dona Ignacia Gomes Freire era filha do Capitão Antonio Dias Pereira, padrinho de Tereza, filha do Capitão João Leite de Oliveira.
Dona Catharina, esposa de José Martins de Oliveira, foi batizada em 2 de novembro de 1704, na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, tendo como padrinhos Antonio Lopes Lisboa e Dona Theodosia Freire. Entre seus irmãos encontramos, Gonçalo Freire que contraiu núpcias em 7 de maio de 1748 com Isabel Francisca Rodrigues, exposta na casa do padre Domingos Rodrigues Tilloens; Anna da Silveira que contraiu núpcias, em 1735, com Sebastião Dantas Correa, filho dos portugueses de Ponta de Lima, José Dantas Correa e Isabel Pimenta da Costa; José batizado em 16 de julho de 1708; e Estevão batizado 10 de Setembro de 1702.
Como dito em um artigo anterior, o Capitão Teodósio da Rocha, tinha um filho de nome Antonio Vaz Gondim. Com a precariedade de informações, não sabemos se havia alguma relação de parentesco de Theodósio da Rocha com o Presidente da Província.
Encontramos vários registros com sobrenomes Leite de Oliveira e Oliveira Leite, mas não identificamos nenhum parentesco com o Capitão João Leite de Oliveira. Assim, ele é o único filho que encontrei, até agora, do Presidente Antonio Vaz Gondim.

sábado, 26 de junho de 2010

O Capitão José Porrate de Moraes Castro

João Felipe da Trindade (hipotenusa@digi.com.br)

Professor da UFRN e membro do IHGRN

O Capitão José Porrate veio para o Rio Grande do Norte, durante a Guerra dos Bárbaros, através do Terço Paulista comandado por seu parente, o Mestre de Campo Manoel Álvares de Moraes Navarro. Ele tinha ascendência, italiana, francesa, espanhola e portuguesa, como veremos abaixo.

Um dos casamentos transcritos pelo Major Salvador Coelho Drumond de Albuquerque do livro dos registros da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, hoje disponível no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, é o de José Porrate de Moraes Castro que transpomos para cá.

Em primeiro de Março de 1707 anos na Capela do Senhor Santo Antonio do Potegi, em minha presença, se receberam com palavras de presentes, o Capitão José Porrate de Moraes Castro, natural de São Paulo, filho de Luiz Penedo Porrate, e de sua mulher D. Serafina de Moraes, com Dona Margarida da Rocha, filha do Capitão Teodósio da Rocha, e de sua mulher Dona Antonia de Oliveira, já defunta. Testemunhas o mesmo Capitão Teodósio da Rocha e o Capitão de Campo Manoel Alves de Moraes Navarro e dona Elena Berenguer mulher do Alferes Paschoal Gomes de Lima. Do que fiz este assento em que me assinei. O Vigário Simão Rodrigues de Sá.

No documento transcrito, o Major Salvador escreveu Purrete no lugar de Porrate e Teodoro no lugar de Teodósio. Acredito que houve erro de transcrição, pois os documentos salvos eram muito velhos. De qualquer forma fui procurar na Internet o sobrenome Porrate. Nessa procura, encontrei dentro do Projeto Compartilhar, sobre a Coordenação de Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira, os testamentos de Catharina Ribeira e do seu marido o Capitão Mor e Governador da Capitania de São Vicente, Antonio Ribeiro de Moraes

O casal acima não teve filhos, e, por isso, destinou seus bens aos parentes colaterais. Entre esses parentes estavam Luiz Porrate Penedo (há inversão na ordem dos sobrenomes, diferentemente do que aparece no casamento acima) por sua mulher Dona Serafina Moraes, filha de Sebastiana Ribeiro de Moraes irmã do Sargento Mor Antonio de Ribeiro Moraes.

Mais adiante aparece como herdeiro Manoel Álvares Murzello por si e como curador de seus filhos José Álvares de Moraes Navarro, Anna Pedroso, Catharina Gomes, Antonio Pedroso. Outros herdeiros são Manoel Álvares de Moraes Navarro, por si e por sua irmã Helena Gomes de Moraes, e o Capitão Christovão da Cunha por parte de Anna Pedroso, mulher de Antonio Velho Cabral.

No site da genealogia paulistana encontramos que a esposa de Manoel Álvares Murzelo, Anna Pedroso de Moraes era filha de Anna Pedroso de Moraes, também irmã de Antonio Ribeiro de Moraes. Assim, a mãe do Mestre de Campo Manoel Álvares de Moraes era prima legítima de Dona Serafina, mãe de José Porrate de Moraes Castro.

Outro detalhe é que Dona Sebastiana, avó materna de José Porrate, foi casada com Vito Antonio de Castro Novo, do Reino de Nápoles. Já o avô paterno de José Porrate, João Porrat, era natural de Bordeús, na França, sendo sua esposa Francisca Penedon, das Canárias..

Entre os batismos da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação encontramos os seguintes filhos de José Porrate e Margarida da Rocha: Micaela, em 19 de Fevereiro de 1708, tendo como padrinhos o avô Teodósio da Rocha e a tia Teodósia da Rocha; Arcângela, em 1 de Maio de 1709, tendo como padrinhos os tios João da Rocha e Mariana da Rocha; e Francisca, em 14 de Abril de 1710, tendo como padrinhos os tios Damião da Rocha e Anna da Rocha.

Agora, com os assentamentos de praça que estão no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, encontramos um filho de José Porrate que herdou o nome do bisavô. Em virtude do estado do documento, assinado por Sebastião Cardoso Batalha, transcreveremos uma parte, contendo algumas lacunas.

Vito Antonio de Castro filho do Capitão José Porrate Castro, já defunto, de idade de dezoito anos e rosto (ilegível), cabelos claros, olhos alegres e feições (ilegível), espigado de corpo, senta praça na Companhia do Capitão Francisco Ribeiro Garcia, por sua vontade e mandato do Governador de Pernambuco Duarte Sodré Pereira,(ilegível) com intervenção do Provedor da Fazenda Real e Vedor Geral da Gente de Guerra, o Sargento Mor Dionísio da Costa Soares por(ilegível) do Capitão Domingos da Silveira, em vinte e cinco de Junho de mil setecentos e trinta e três, por baixa do cabo de Esquadra José da Rocha Vieira por passar a Capitão de Ordenança da Ribeira do Potengi.

Não encontrei, posteriormente, nenhuma outra referência a esse Vito Antonio de Castro, embora tenha encontrado outro Vito Antonio de Moraes Castro, filho de Antonio Vaz de Oliveira e Bernardina Josefa de Moraes. Vito casou com Anna Pedrosa de Moraes, neta do Capitão José de Moraes Navarro, irmão do Mestre de Campo, Manoel Álvares de Moraes Navarro.

Acredito que esse último Vito descenda de José Porrate de Moraes Castro por conta do nome e do sobrenome. Essa descendência seria através de  Bernardina Josefa de Moraes. A esposa de José Porrate, Dona Margarida da Rocha, tinha um irmão de nome Antonio de Vaz Gondim que deve ter herdado do Presidente da Província do Rio Grande do Norte de mesmo nome. A esposa de Teodósio da Rocha tinha sobrenome Oliveira. Bernardina, filha do capitão José Porrate de Moraes Castro, e de sua mulher Margarida da Rocha, foi batizada, na Capela do Senhor Santo Antônio do Potengi, aos 5 de novembro de 1711, e foram seus padrinhos Bonifácio da Rocha e sua irmã Dona Teresa Antônia de Oliveira, ambos tios maternos da batizada.

Antonio Vaz Gondim era pai de João Leite de Oliveira, com se observa em um dos assentamentos de praça existente no IHGRN. Antônio Vaz de Oliveira descendia do capitão-mor.

A Genealogia enriquece a História preenchendo algumas lacunas.
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quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Início

Neste blog pretendo escrever as minhas opiniões sobre diversos assuntos que me interessam. Atualmente, estou com foco em Genealogia, mas tenho interesse, também, por Educação, Política, Ciência, História e Espiritualidade.
Sempre que possível, serão inseridas imagens relativas aos assuntos tratados. Alguns artigos publicados em outro blog deverão ser transferidos para cá. Nosso objetivo é trazer para cá, principalmente, no campo da Genealogia, algumas informações que não são de domínio público. Nem todas as pessoas querem mexer em livros velhos. Nem todas as pessoas têm acesso aos documentos que se encontram guardados em Igrejas e Institutos Históricos.
Espero manter atualizado, pelo menos semanalmente, este blog. Sejam benvindos