segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Um passeio até a Fazenda Catolé, em Lagoa Salgada

Dia 28 de Outubro, fomos, Graça e eu, até a Fazenda Catolé, em Lagoa Salgada, atendendo convite dos amigos, Paulo Leitão de Almeida e esposa Dos Anjos, que todo ano mandam celebrar, naquela localidade, uma missa no dia de São Judas Tadeu. As quatro primeiras missas foram celebrados por Dom Nivaldo Monte, segundo Paulo. Seguimos, por orientação de Paulo, para Lagoa Salgada, por Macaíba, através da  estrada que passa por Jundiaí.
Passando por Jundiaí, veio à lembrança, a velha Capela de Nossa Senhora da Conceição de Jundiahy, tão presente nos registros que consultamos da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação. Os descendentes de Antonio Vilela Cid e Estevam Machado de Miranda, sempre estavam alternando os atos religiosos entre as Capelas de Jundiahy, Santo Antonio do Potegi, Nossa Senhora do Socorro da Utinga e São Gonçalo do Potegi.
Passando pelo Colégio Agrícola de Jundiaí, mais uma lembrança. Nosso historiador, Olavo de Medeiros Filho, em seu livro "Os holandeses na Capitania do Rio Grande", acredita que foi ali, naquele entorno, que foi construída, no tempo dos holandeses, a Cidade Nova ou Amsterdam. A Capela de Nossa Senhora da Conceição de Jundiahy talvez fosse localizada nessa mesma área. Diz Olavo que há ruínas por perto. Precisam ser exploradas. Mais adiante, passamos por Peri-Peri, dos Simplícios.
Com cuidado, por conta do péssimo estado da estrada, vamos observando o que vai aparecendo. Passamos por vários próprios do Instituto de Neurociências. Tenho certeza absoluta que essa Instituição faz e fará mais pelo Rio Grande do Norte, do que a Copa de 2014. Mesmo assim, é inacreditável que um organismo Internacional desse porte, que tem a frente um brasileiro com possibilidades de ser premio Nobel, não esteja recebendo os devidos apoios. Aquela estrada que dá acesso aos vários prédios do Instituto é para ser da melhor qualidade. Mas nossos governantes não parecem juntar coisa com coisa. Eles, pelo que vejo e acompanho, têm muita energia, mas não conseguem dirigir para as coisas essenciais. A Copa além de trazer a destruição do patrimônio público, com o silêncio irritante das mais diversas autoridades e dos candidatos a Governador, não trará benefícios perenes para o nosso Estado e nem para nossa Capital.
Continuando nossa viagem, passamos, por Canabrava dos Lucena, Vera Cruz, que me lembra um dos nomes de nossa terra e 4 Bocas que lembra uma das Ilhas que meu tetravô, João Martins Ferreira, administrava na região do Assu..
No caminho para Lagoa Salgada, um trator removia restos de asfalto sem nenhum cuidado ou sinalização. Uma total irresponsabilidade.
Chegamos, finalmente, a Fazenda de Paulo Leitão. Bem cuidada e com uma vista belíssima, nos sentimos gratificados por ter chegado até lá. Na sala, em uma das paredes, muitas fotografias antigas que Paulo ia nomeando. Seu pai Boanerges Leitão de Almeida e seu avô Calixtrato estavam lá retratados com suas respectivas esposas.
Chega um parente de Paulo, de nome José Leitão de Almeida, músico que viveu um bom tempo em São Paulo, mas que também morou em Santa Cruz. O patriarca dessa família era o português, de mesmo nome, José Leitão de Almeida, Professor Régio, em Recife, e  pai de Agostinho Leitão de Almeida, que militou na nossa política, por volta de 1820. Puxando conversa, ele nos conta que sua avó Luiza Gomes de Melo falava muito nos Umbelinos. Na verdade os Umbelinos são Gomes de Melo e, portanto eram parentes.
Mais adiante, Paulo nos mostra uma fotografia onde ele está com aproximadamente 7 anos e é padrinho de uma menina que nos mostra. Ela também estava presente naquele momento, com seus 81 anos de idade. É a mãe de Marcos Tassino. Maria da Conceição Tassino de Araújo, mais conhecida por Meyre ou Mary Tassino, neta de Juvêncio Tassino Xavier de Menezes e Marcolina Gouveia Varela e bisneta de Francisco Xavier de Menezes, citados no meu último artigo. Meyre fez questão de citar o nome da sua bisavó Maria Ignez Fontes Taylor, esposa de Francisco Xavier de Menezes e descendente de ingleses.
Estava presente, também, nosso historiador Itamar de Sousa, primo de Dos Anjos. Após a missa, celebrada por Padre Zezinho, fez um pequeno histórico da vida de Coronel Paulo Leitão de Almeida, salientado sua passagem pela Superintendência de Suprimentos de Itaipu e da Companhia de Gás do Rio de Janeiro.
Foi uma manhã agradabilíssima. Almoçamos e enfrentamos, novamente, aquela péssima estrada, no caminho de volta.

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