João Felipe da
Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN,
membro do IHGRN e do INRG
Entre os vários batismos de Assú, encontrei o de Francisca, que tinha sido batizada em 1830, mas que teve novo lançamento no livro, em 1844, em virtude de novos fatos.
Aos dois de setembro de mil oitocentos e quarenta e quatro,
lanço neste livro dos assentos dos batizados que serve nesta Matriz de São João
Baptista do Assú o assento de batizamento de Francisca, parda, filha natural de
João Rodrigues da Costa Junior com Marcelina, escrava de João Baptista da Costa,
já lançado em outro livro dos batizados de folhas cento e oitenta e nove, em
sentido do despacho abaixo declarado, e é da maneira seguinte:
Ilustríssimo e Reverendíssimo
Senhor.
Diz João Rodrigues da Costa Junior, solteiro, morador no lugar
denominado Piató, desta Freguesia de São João Baptista do Assú, que ele tivera
de Marcelina, escrava de seu mano João Baptista, uma filha de nome Francisca a
qual tem tido em sua companhia desde sua tenra idade como sua filha que é, e
por que fosse batizada nesta Matriz sem declaração de quem era seu pai, por
isso requer a Vossa Senhoria a mande de novo lançar por sua própria ficha nos
livros dos batizados desta Freguesia pelo Reverendo Pároco da mesma para que em
todo tempo haja de constar o de devido = Chama-se Francisca, nasceu a vinte e oito de
janeiro de mil oitocentos e trinta batizada nesta Matiz pelo padre Joaquim José
de Santa Anna, foram seus padrinhos Miguel escravo do tenente João Rodrigues da
Costa e Tereza, escrava de João de Barros d’Oliveira, declarando igualmente ser
filha natural do suplicante, que portanto = pede ao Reverendo Senhor Vigário
interino da vara mande lançar o novo assento com a declaração que requer = E
receberá Mercê – João Rodrigues da Costa = sim = Vila de Princesa, dois de
setembro de mil oitocentos e quarenta e quatro = Montenegro
Francisca, parda, filha natural de João Rodrigues da Costa
Junior com Marcelina, escrava de João Baptista da Costa, nasceu a vinte e oito
de janeiro de mil oitocentos e trinta e foi batizada a vinte um de fevereiro do
dito ano, por mim e lhe conferi os sagrados óleos: foram padrinhos Miguel
escravo do tenente João Rodrigues da Costa e Tereza, escrava de João de Barros
d’Oliveira, todos deste Assú, e para constar fiz esta assento em que me assino.
Padre Joaquim José de Santa Anna, pároco do Assu = E para que conste em todo
tempo fiz este assento em que me assino. Padre Francisco Urbano d’Albuquerque –
Vigário Interino do Assú.
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