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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Raposo da Câmara


Fábio Arruda, lá das Alagoas, incluiu no DVD que nos presenteou as imagens dos dois volumes do Major Salvador Coelho Drumond de Albuquerque, que trazem, no seu titulo, os seguintes dizeres:
"Notas Históricas e Curiosas referentes aos séculos 16°, 17° e 18º contendo assentos, escripturas, cartas  de sesmarias, doações e outros escriptos, que se achavão dispersos em fragmentos quase distruidos e innintelligiveis, os quaes vão aqui copiados, para se conservar a memoria do que eles continhão. Instituto Archeologico e Geográfico Pernambucano. 1876 e 1890.", É lá nesse trabalho memorável que vamos encontrar o casamento de Manoel Raposo da Câmara. Escreveu o Major Salvador: "Do casamento constante do assento que se segue proveio o tronco da família dos Raposo da Camara da Freguesia do Rio Grande do Norte o qual está a folha 34 e é o seguinte:
"Em 6 de Outubro de 1709 nesta Paroquia de Nossa Senhora da Apresentação em minha presença se receberam com palavras de presente Manoel Raposo da Camara natural da Cidade de Ponta Delgada da Ilha de Sam Miguel da Freguesia  do Mártir San Sebastião, filho do Capitão Francisco Pereira do Amaral e de sua mulher D. Josepha da Camara, com D. Antonia da Silva, filha do Alferes Antonio da Silva Carvalho e de sua mulher Suzana de Oliveira, fregueses desta Freguesia; testemunhas o Capitão Manoel Gonçalves Branco, o Alferes Alberto Pimentel e sua mulher Francisca de Oliveira, e D. Joana de Barros Coutinho. De que fiz este assento em que me assinei. O Vigário Simão Rodrigues de Sá."
Entre os filhos do casal, podemos citar Antonio Raposo da Câmara que casou com Constancia de Albuquerque e Mello, Antonio da Câmara e Silva que casou com Anna Maria de Torres de Vasconcelos, Marcelina do Espírito Santo que casou com Ambrosio Manoel de Albuquerque,  Victoriano da Silva e Camara que casou com Joana Maria de Jesus, Anna da Câmara e Silva que casou com Theodosio de Oliveira Leyte. Vamos transcrever o casamento deste último casal, por ser um dos mais antigos que encontramos aqui em Natal. Por ser um documento antigo tem partes quase ilegíveis. Fizemos o possível para transcrever de forma  mais precisa possível. Em quase todos os registros daqui a grafia é Camera e não Câmara.
"Aos vinte e nove de junho de  mil setecentos e vinte e nove anos nesta Matriz de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande do Norte donde os contraentes são fregueses, feitas nelas as denunciações, e na Capela de  Santo Antonio do Potigy donde é o Contrahente morador, e na Matriz de Sam Pedro Mártir da Cidade de Olynda donde é natural sem se descobrir impedimento algum, e na presença minha, sendo presentes por testemunhas o Capitão Bonifácio da Rocha Vieira homem casado, o Tenente Faustino da Sylva, Plácida da Sylva Freire mulher do dito, Dona Theodosia da Rocha, filha do Capitão Theodosio da Rocha pessoas conhecidas, e fregueses desta Freguesia se casarão em face da Igreja solenemente por palavras Theodosio de Oliveira Leyte natural da Freguesia de S. Pedro Mártir da cidade de Olynda deste Bispado filho legitimo do Capitão Thomé Leyte de Oliveira, e de sua mulher Maria das Neves já defuntos fregueses que foram da dita freguesia, e Dona Anna da Câmera e Sylva, filha legítima do Capitão Manuel Raposo da Câmera, natural da Ilha de Sam Miguel freguesia de Sam Sebastião Mártir e de sua mulher Doma Antonia da Sylva moradores e fregueses desta freguesia justificando o Contraente perante mim por comissão do muito Reverendo Senhor Vigario Geral o Senhor Antonio Pereira da Costa ser solteiro livre e desimpedido, e deu fiança aos banhos e mandattos corridos de outras freguesias por onde assitio nesses certoens, guardando em tudo a forma do ditto mandado, a do Sagrado Concilio Tridentino e logo lhes deo as bençoens. Do que mandei fazer este assento em que por verdade assino. Manuel Correa Gomes, Vigário."
Essa família está espalhada, acredito, por todo o Rio Grande do Norte. Há  entrelaçamentos dela  com a minha família lá de Angicos. Minha bisavó, Francisca Rita Xavier da Costa,  tinha três irmãs que casaram com pessoas da família Raposo da Câmara. Vamos exemplificar um desses casamentos.
"Aos sete dias do mês de Janeiro de mil oito centos e cinqüenta, e quatro, digo, e cinco, as três horas, e meia da tarde, n'esta Matriz do Glorioso São José de Angicos, tendo precedido dispensa de sanguinidade, as Canônicas Denuniciações, sem impedimento, Confissão, Comunhão, e exame de Doutrina Christã, em minha presença, e das testemunhas José Teixeira de Sousa, e João Felippe da Trindade, se uniram em Matrimonio , por palavras de presente, e tiveram as Bênçãos nupciais, os meus Fregueses Manoel Jerônimo Caminha Raposo da Camara, e Francisca Xavier Professora naturais, e moradores n'esta freguesia, filhos legítimos; ele de Francisco de Borja Soares Raposo da Camara, e Anna Francisca dos Milagres, e ela, de Miguel Francisco da Costa Machado, e Anna Barbosa da Conceição; de que para constar faço este termo em que assino com as mencionada testemunhas. O vigário Felis Alves de Sousa, José Teixeira de Sousa. João Felippe da Trindade."
Umbelina Maria do Espírito Santo, irmã de Francisca  Professora casou, em 19 de Agosto de 1859, com Manoel de Borja Raposo da Camara, irmão de Manoel Jerônimo. Outra irmã de Francisca Professora, Anna Maria da Conceição casou, em 25 de janeiro de 1877, com Manoel Olimpio Dantas Cavalcante, lá de Macau, que era filho de Manoel Dantas Cavalcante e Michaela Cândida Raposo da Câmara, também filha de Francisco de Borja e Anna Francisca, moradores em Macau.
No nosso blog http://trindade.blog.digi.com.br colocamos mais informações sobre os descendentes de Manuel Raposo da Câmara compiladas por Fábio Arruda e Daniele Cristina F. S. Há também a transcrição do casamento de Gonçalo Soares Raposo da Câmara, neto de Manuel Raposo e Antonia da Sylva.

Quem eram os pais de José de Borja

Em belíssimo artigo, publicado na "Revista  Cincoentenário (Poliantéia)", sob a direção de Manoel Rodrigues de Melo, comemorativa ao cinqüentenário de Pendências, com o título de "O advogado José de Borja", Luis da Câmara Cascudo pergunta sobre os pais de José de Borja Caminha Raposo da Câmara. Embora tenha, ele mesmo respondido que eram Francisco de Borja Raposo da Câmara e Ana Maria dos Milagres Caminha, ainda restava uma dúvida. "Por essa filiação o nosso homem não é primo dos Cabrais do Assú, colegas e chefes do Partido Conservador na Província, Otaviano, Leocádio, Jerônimo e Gabriel...". Cascudo aventava, ainda,  a hipótese de José de Borja ser filho de José Barbosa Caminha Raposo da Câmara. Veja o artigo completo no blog: http://www.trindade.blog.digi.com.br.
José de Borja Caminha Raposo da Câmara nunca casou. Por isso, ficou mais difícil encontrar o nome de seus pais, coisa comum nos registros de casamento. Entretanto, por outras vias, fica comprovada a primeira hipótese de Cascudo. Encontramos dois registros de casamento, da Freguesia de Angicos, que explicita o nome do pai de José Borja, eliminando por completo a segunda hipótese. Vejamos,inicialmente, o casamento de Thomas Vieira de Mello.
"As oito horas da noite do dia 12 d'Agosto de 1852, na Capela de Nossa Senhora da Conceição da Vila de Macao uni, e logo abençoei em Matrimonio, aos contraentes, meus Fregueses, Thomas Vieira de Mello, viúvo, e Floriana Francisca das Mercês, moradores no Sitio Canafistula, d'esta Freguesia, na presença das testemunhas conhecidas, Francisco de Borja Suares Raposo da Câmera, e seu filho, José de Borja Caminha Raposo da Câmera, solteiro. As denunciações, e a hora em que foi celebrado este casamento, foram dispensados pelo Reverendo Vigário Visitador da Província, Manoel José Fernandes por despacho de 11 d'Agosto do dito ano. Do que para constar faço este assento em que assino. Felis Alves de Sousa, Vigário Colado d"Angicos."
Após o sol se por, tinha que haver autorização para se fazer o casamento. Daí a observação. Vejamos, agora, a revalidação do casamento de Francisco Martins de Miranda Junior.
"As 12 horas do dia 17 de Agosto de 1852, na Vila de Macao, na casa de morada de Francisco de Borja Soares Raposo da Camara, revalidei o Casamento nulo de Francisco Martins de Miranda Junior, filho legitimo de Francisco de Miranda , e de Felisberta Maria do Espírito Santo, com Anna Francisca da Silveira, filha legitima de Faustino José da Silveira, e de Margarida Maria da Rocha, meus fregueses, moradores na Praia de Barreiras, desta Freguesia d'Angicos, na presença das testemunhas Francisco de Borja Raposo da Camara e seu filho José de Borja Caminha Raposo da Camara, solteiro, por estarem dispensados pelo Reverendissimo Senhor Visitador Manoel José Fernandes, por despacho de 9 do referido mês e ano, do parentesco de afinidade ilícita com que estavam ligados, o que anulou o casamento dos ditos meus fregueses, celebrado aos 8 de 8bro de 1848, pelo Reverendo Vigário da Freguesia do Assu, Manoel Januário Bezerra Cavalcante, de quem eram então fregueses; do que para constar faço este assento, em que assino. Felis Alves de Sousa, Vigário Colado d'Angicos."
Em quase todos os registros que encontrei, o nome da esposa de Francisco de Borja era Anna Francisca dos Milagres. Não aparecia o sobrenome Caminha como cita Cascudo.
Nestor Lima quando escreveu sobre Angicos, disse que Guilherme Lopes Viégas casou na família de D. Maria Cunha, ascendente dos Gabrieis ou Cabrais Raposo da Câmara. Não deu maiores detalhes. No próximo artigo vamos dar mais informações da vida de Francisco de Borja Soares Raposo da Camara, pai de José de Borja.

O óbito do Coronel André de Albuquerque Maranhão

No dia 6 de Setembro de 2009, vi publicado, no Diário de Natal, uma matéria cujo título era "Herói esquecido da Independência". Diz o artigo em um dos seus trechos: "o revolucionário André de Albuquerque Maranhão não é reconhecido como herói nacional, nem tampouco do estado e nem de Natal."
Em 6 de março de 1817 teve início, em Recife, a revolução republicana chefiada pelo capixaba Domingos José Martins  que contou, também, com a participação do nosso Padre Miguelinho, ambos arcabuzados em 12 de junho de 1817, em Salvador.
Um dos documentos apresentado por Norbertino Bahiense, no seu livro "Domingos Martins e a Revolução Pernambucana de 1817", é uma carta dirigida por Domingos para André de Albuquerque Maranhão. Em um dos trechos da carta encontramos o seguinte: "minha consorte fiel patriota como eu vos envia seus cumprimentos, ela vos conhece como herói que faz apreciável o clima em que nascemos, e quando tiver a fortuna de vos avistar, recebereis de sua própria boca os mais elogios de que sois credor."
No passado encontramos diversas manifestações para homenagear nosso herói republicano. Vejamos uma delas.
Em 27 de Agosto de  1890,  Joaquim Xavier da Silveira Junior, Governador do Estado do Rio Grande do Norte,  assinou o  decreto de número 47, que trata de feriados para homenagear vários personagens da nossa História, cujo texto integral transcrevi para o blog: http:// trindade.blog.digi.com.br. No considerando de letra c, encontramos os seguintes dizeres:
Que, entre os factos históricos do Rio Grande do Norte, bem merecem da veneração e do reconhecimento da posteridade:
"O governo republicano instituído em 1817 por André de Albuquerque, o legendário patriota norte-rio-grandense e glorioso martyr da Independência e da Republica, cujo heroísmo e cujas virtudes cívicas tão volumoso affluente representam para a immensa caudal das aspirações republicanas que já de tão longe vinha trabalhando a geographia moral da communhão brazileira;"
A data escolhida como feriado para homenagear André de Albuquerque Maranhão está expressa no decreto da seguinte forma:
"19 de Março, consagrado à commemoração do Governo de André de Albuquerque".
Por último vamos transcrever o óbito do nosso herói.Tenho visto diversos registros de óbitos nas minhas pesquisas genealógicas, mas não encontrei um registro mais insignificante, pelo que ele representou na nossa História, do que o de André de Albuquerque Maranhão.
Quem não conhece a nossa História não reconhecerá naquele registro uma pessoa importante para a nossa Independência. Vamos ao registro e alguns comentários.
"Aos vinte e seis de Abril de mil oitocentos e dezasete faleceo da vida prezente nesta freguesia tendo recebido os Sacramentos de Penitencia e Unção o Coronel André de Albuquerque Maranhão branco solteiro com a idade de quarenta annos, pouco mais ou menos. Foi sepultado nesta Matriz envolto em huma esteira depois de ser encomendado pelo Reverendo Coadjutor Simão Judas Thadeo de minha licença. E para constar fiz este termo que asignei. Feliciano José Dornelles, vigário Collado.
O padre Feliciano José Dornelles que assina o registro foi um dos Secretários do governo de André de Albuquerque. Foi preso e alegou em sua defesa que foi obrigado a aceitar o convite para ser Secretário. No registro, não fez nenhuma referencia maior ao motivo da morte, nem que Andre ocupou o cargo de Governador durante a Revolução de 1817.

O Escrivão da Fazenda Real, Manoel Gonçalves Branco

É nos artigos do Barão de Studart, na Revista Trimensal do Instituto do Ceará, sobre Moraes Navarro, que encontramos uma certidão de Manoel Gonçalves Branco, como escrivão da Fazenda Real, Alfândega e Almoxarifado, matrícula na Cidade do Natal do Rio Grande do Norte, passada no Arraial do Assu, em 1699.

Encontramos no livro de registros de batismos da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, nove filhos de Manoel Gonçalves Branco e Dona Catarina de Oliveira e Mello. Dona Catarina, como citamos em artigo anterior, era irmã de Dona Suzana de Oliveira e Mello, sogra de Manoel Raposo da Câmara.

Nesse livro de registros não há a data do nascimento, mas somente a de batismo. Do período que vai de 1689 até 1709, aparecem batizados os seguintes filhos de Manoel Gonçalves e Catarina de Oliveira, e seus respectivos padrinhos; Antonio, tendo como padrinhos Domingos Madeira Diniz e Antonia Tavares de Melo; Gregório, tendo com padrinhos Manoel Rodrigues Santiago e Domingas Gomes, filha do capitão Pedro da Costa Faleiros; Maria, cujo padrinho foi Bernardo Vieira de Melo; Caetano, sendo padrinhos Padre Manoel de Jesus e Catarina Leitão; Francisco, cujos padrinhos foram Alberto Pimentel e Suzana de Oliveira de Melo, mulher de Antonio da Silva Carvalho; João, tendo como padrinhos Jerônimo Gonçalves e Francisca de Oliveira, mulher de Alberto Pimentel; Manoel, cujos padrinhos foram o coronel Manoel Gomes Torres e Maria da Silva; Valentim, tendo como padrinhos Padre Antonio Rodrigues Fontes e Tomas de Brito Ferras; Eugenia, cujos padrinhos foram Manoel Lopes Machado e Dona Antonia da Sylva, casada com Manoel Raposo da Câmara; Miguel, cujos padrinhos foram o Padre Antonio Rodrigues Fontes e Joana de Barros Coutinho, esposa de Manoel Rodrigues Taborda.

Procurando a trajetória desses filhos em outros livros, dos que sobraram, encontramos os seguintes registros que descrevo resumidamente. É interessante observar que a maioria carrega o sobrenome da mãe, Catarina de Oliveira e Mello.

A primeira é Maria. Ela aparece, com o nome de Maria da Conceição, no livro citado acima de batismo, sendo madrinha junto com o pai em duas ocasiões. Uma em 1706 e outra em 1708. Vamos encontrar Maria da Conceição Oliveira, novamente, em um casamento do filho Manoel Gonçalves Branco, mesmo nome do avô, em 1755. Manoel casou na Capela da Senhora Santa Ana da Missão de Mipibu, com Rosa Maria da Encarnação, filha legitima de Antonio Cardoso Batalha e Anna Maria da Apresentação. Por esse registro, observamos que Maria da Conceição de Oliveira casou com o português de Arrifana de Sousa, Bispado do Porto (Penafiel), José Pinheiro Teixeira.

Valentim Tavares de Melo, outro filho do Escrivão Manoel Gonçalves Branco e de Dona Catarina de Oliveira e Melo, casou, em 18 de Julho de 1735, na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, com Angélica de Azevedo Leite, filha legitima do coronel Carlos de Azevedo do Vale e de sua mulher Izabel de Barros. Nessa data, dona Catarina esteve presente e já era viúva. Em 1740, Valentim aparece casado com Luiza de Albuquerque. Em 1748, essa Luiza, já viúva, casa com o viúvo Manoel Gomes da Silveira.

Miguel de Oliveira e Melo que foi batizado 29 de setembro de 1711, casou, em 23 de novembro de 1729 , na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, com Ângela Correa da Costa, filha do Coronel Fradique Correa da Costa, e de sua mulher Paula Pereira. Estiveram presentes como testemunhas, o sargento-mor Gregório de Oliveira e Mello, o tenente Francisco de Oliveira Banhos, morador em Recife, Maria da Conceição, mulher de José Pinheiro Teixeira, Maria de Abreu, mulher do capitão João Fernandes. Nesse registro, o escrivão Manoel Gonçalves Branco aparece como "homem do Reino, já falecido.

A filha Eugenia de Oliveira e Mello, que foi batizada em 6 de outubro de 1709, casou em 10 de novembro de 1734, na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, com o sargento-mor Dionísio da Costa Soares, filho de Manoel Borges Soares e de sua mulher Jacinta da Costa Prodiga. Ele era natural de Lisboa. Estiveram presentes como testemunhas o capitão-mor da Capitania João de Teive Barreto de Menezes e o que foi João de Barros Braga, Dona Plácida, mulher do sargento- mor Hilário da Costa Rocha, e Antonia Sylva Freire mulher do capitão Francisco Lopes de Macedo.

Dionísio da Costa Soares e Eugenia de Oliveira e Melo tiveram uma filha de nome Jacinta Prodiga da Costa que casou com Manoel de Araújo Correa, filho de João Rodrigues Seixas e Joana Rodrigues Santiago. Em  1785,  foi batizado Ignácio, filho desse último casal, na Capela de Nossa Senhora do Socorro de Utinga.

O sargento-mor Gregório de Oliveira e Mello, que foi batizado em 17 de junho de 1692, foi padrinho, junto com a irmã Maria da Conceição, de Ana, filha de Manoel Raposo da Câmara e Antonia da Silva (prima de Gregório), em 1710. Vamos encontrá-lo como testemunha no casamento de Luciano Pinto de Araújo com Liandra Gomes da Costa, em 24 de novembro de 1727. Em vinte e seis de novembro de 1739, na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, Catherina de Oliveira e Mello, uma filha natural de Gregório de Oliveira e de Suzana Brito Palhano, casou com João da Costa de Almeida, filho legitimo do capitão Manoel Correa Pestana e de sua mulher Joana de Freitas, com a presença do capitão José Pinheiro Teixeira, do sargento-mor Valentim Tavares de Mello e Ângela Correa Mello.

Esses foram alguns registros que consegui recompor de alguns descendentes do Escrivão da Fazenda Real, Manoel Gonçalves Branco.

O Capitão Theodósio da Rocha

Nos documentos escritos pelo Barão de Studart sobre o Mestre de Campo Manoel Álvares de Moraes Navarro, Comandante do Terço Paulista, o capitão Theodosio da Rocha é citado como um dos cabos principais. Fazia parte do grupo de maior responsabilidade. Theodosio também é citado através de documentos como um dos participantes ativos na briga entre o Mestre de Campo e o Capitão Mor do Rio Grande do Norte, Bernardo Vieira de Mello. No livro de batismo que cobre o período de 1688 a 1712, encontramos vários registros de filhos de Theodosio que reproduzimos aqui.
"Aos 2 de Junho de 1692 batizou o Padre Coadjutor Domingos de Araujo Pinto a Theresa filha do Capitam Theodosio da Rocha, e de sua mulher Dona Antonia de Oliveira. Foram Padrinhos eu o vigário Basílio de Abreu e Andrade e Paula Barbosa mulher do Capitam Theodosio de Graciman, de que fiz este assento em que me assignei. Basílio de Abreu e Andrade."
O Capitão Theodosio de Graciman é descendente do holandês que chefiou o forte do Reis Magos, Joris Garstman. A grafia muda de registro para registro.
"Aos 6 de Dezembro de 1694 batizou o Padre Coadjutor Eloy de Freitas em esta Matriz de Nossa Senhora da Apresentação a João filho do Capitão Theodosio da Rocha, e de sua mulher Dona Antonia de Oliveira foram Padrinhos o Capitão Gaspar Freire de Carvalho e D. Theodosia irmã do batizado, de que fiz este assento em que me assinei. Basílio de Abreu e Andrade."
Theodosia da Rocha é apresentado várias vezes no livro de batismo como filha do Capitão Theodosio da Rocha. Em alguns registros como esposa de Manoel da Costa Rego. Há um registro de batismo de uma filha deste casal de nome Felizarda, posteriormente, Felizarda Filgueira é apresentada como filha da viúva Theodosia da Rocha. 
"Em 27 de janeiro de 1698 ano na Capela de Putegi do Glorioso Sancto Antonio Batizei a Theodosio do Capitão Theodosio da Rocha e sua mulher Dona Antonia de Oliveira defunta; foram padrinhos Bernardo Vieira de Mello e sua mãe Dona Catherina Leitão; tem os Sanctos Óleos. Simão Rodrigues de Sáa."
Esse Bernardo Vieira de Mello, acima é o filho de Capitão Mor Bernardo Vieira de Mello que era casado com Dona Catherina Leitão, como aparece em outros registros.
"A 10 de Junho na Capela de Santo Antonio batizou o Reverendo Padre Manoel Lessa Rosa (esse é o nome do padre que consegui ler) a Bonifácio filho do Sargento mor Theodosio da Rocha e de  sua mulher D. Antonia. Padrinhos  o Capitão Afonso de Albuquerque e Maria de Sá. Paulo da Costa"
O capitão acima deve ser Afonso de Albuquerque Maranhão, pois, nesse mesmo livro de batismo, aparece o registro de Mathias filho de Afonso e Isabel Pacheco.
"Em 9 de Julho de 1690 batizou o Padre Frei Thomé de Jesus em a Capela de Santo Antônio a Antonio filho do  Capitão Theodosio da Rocha e de sua mulher D. Antonia de Oliveira. Padrinhos o Sargento mor Manoel de Abreu Frielas e Anna Gomes, foi de Comissão do Reverendo Paulo da Costa Barros, vigário que foi desta Igreja do que fiz este assento, em que me assinei. Basílio de Abreu e Andrade.
Esse Antonio acima deve ser Antonio Vaz Gondim, pois em um registro de casamento ele é dado como filho de Theodosio da Rocha. Em um registro de sesmaria Antonio Vaz Gondim  é apresentado como irmão de Damião da Rocha outro filho de Theodosio.
Uma outra filha de Theodosio e Antonia era Margarida da Rocha que casou em 1707 com José Porrate de Moraes Castro. Uma das testemunhas foi o Mestre de Campo, Manoel Álvares de Moraes Navarro. Quanto a Marianna da Rocha, só aparece como madrinha. Vejamos agora um casamento de um filho de Theodosio da Rocha
."Aos vinte e um de janeiro de mil setecentos e vinte e oito anos pela manhã na Capela de Nossa Senhora da Soledade de Aldeia Velha deste Rio Grande do Norte, feitas as denunciações  na forma do Sagrado Concilio Tridentino nesta Matriz de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande, donde os Contraentes são naturais e moradores, e na Capela de Otinga invocação de Nossa Senhora do Socorro e na Freguesia  do Assu, onde  assistiu  o Contraente sem se descobrir  impedimento em presença do Reverendo Licenciado João Gomes Freire Coadjutor desta Matriz do Rio Grande, sendo presente por testemunhas o Coronel João Pereira da V. o Capitão João Leite de Oliveira, casados, Damasia Gomes da Câmara mulher  do Coronel Theodosio Freire de Amorim, e Antonia da Silva Freire, mulher do Capitão Francisco Lopes de Macedo, pessoas conhecidas, se casaram em face da Igreja Solenemente por palavras o Capitão Bonifácio da Roxa Vieira, filho do Capitão Theodosio da Roxa, e de sua mulher Dona Antonia de Oliveira já defunta, natural deste dito Rio Grande, morador em Potigy e fregueses desta Matriz do Rio Grande, com Ignacia Gomes Freire, filha do Coronel Antonio Dias Pereira, já defunto, e de sua mulher  Maria Gomes Freire, natural de Aldea Velha, e nela moradora, e da dita Freguesia do Rio Grande: e logo lhes deu as Benções conforme os ritos e Cerimônias da Santa Madre Igreja , de que tudo, fiz. Manoel Correa Gomes, Vigário."

O Capitão Silvério Martins de Oliveira

Professor da UFRN e membro do IHGRN
O Capitão Silvério Martins de Oliveira não está relacionado entre as pessoas que saíram da Ilha de Manoel Gonçalves para povoar Macau. Entretanto, era uma presença constante nos atos religiosos daquela Ilha, ora como padrinho, ora como testemunha, algumas vezes na companhia do Capitão João Martins Ferreira. Veremos aqui alguns registros para comprovar sua presença naquela região do Assu.
"Aos cinco dias do mês de Maio de mil oitocentos e vinte e nove, na Capela de Nossa Senhora da Conceição da Ilha de Manoel Gonçalves, em presença do Padre José Berardo e das testemunhas abaixo nomeadas, de minha licença, se receberam por Esposos presentes Manoel de Sousa Monteiro e Anna Francisca Leça meus fregueses. O Esposo, de idade de vinte e um anos, filho natural de Leonor de Tal: A esposa, de idade de vinte e seis anos, filha natural de Anna Francisca da Conceição naturais e moradores na Freguesia do Assu onde se fizeram as Denunciações Nupciais, sem impedimento, e logo lhe deu as bênçãos matrimoniais sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas, o Capitão João Martins Ferreira e o Capitão Silvério Martins de Oliveira, casados, todos deste Assu, e para constar fiz este assento, em que me assino. Joaquim José de Santa Anna, Pároco do Assu".
Entre os apadrinhados de Silvério e Joana, está um neto do Capitão João Martins Ferreira ( administrador da terras de Bento José da Costa) e de sua mulher Dona Josefa Clara Lessa. Vejamos o registro.
"Manoel, branco, filho natural de José Martins Ferreira e Delfina Maria dos Prazeres, moradores nesta Freguesa, nasceu a dezenove de Abril de mil oitocentos e trinta, e foi batizado solenemente, com os Santos Óleos, aos vinte um de Maio do mesmo ano, em Macau, pelo Reverendo José Berardo de Carvalho, de minha licença; o qual disse, em minha presença, reconhecer o dito párvulo seu filho, e me pediu fizesse essa declaração para todo tempo constar; foram padrinhos o Capitão Silvério Martins de Oliveira e sua mulher Joana Nepomucena; do que para constar mandei fazer este assento, e por verdade assinei. O Vigário João Theotonio de Sousa e Silva."
Esse neto do Capitão João Martins Ferreira encontramos, posteriormente, em Cacimbas do Viana, com o nome de Manoel José Martins. Casou com Prudência Teixeira Martins.
Diz F.F Araújo, no artigo Fragmentos Históricos, publicado no livro 1º Centenário da Ordenação Sacerdotal do Monsenhor Joaquim Honório da Silveira, quando tratou da Mesa de Rendas Estaduais de Macau: "Foi Silvério Martins de Oliveira o seu primeiro administrador que, no período de Julho de 1837 a Junho de 1838, arrecadou a importância de 3:682$978, como se verifica  de documentos existentes no arquivo do Departamento da Fazenda".
Outra informação, já mencionado em artigo anterior diz: Na eleição de 3 de Dezembro de 1821, para Junta Constitucional do Rio Grande do Norte, o Capitão Silvério foi um dos três representantes de Apodi, no colégio eleitoral de 43 eleitores de paróquia.
Recebo de Marcos Pinto algumas informações sobre o Capitão Silvério Martins de Oliveira. Escreveu Marcos Pinto que a esposa de Silvério, Joana Nepomucena, era filha do Capitão Manoel Ignácio de Carvalho e Anna Josepha Joaquina de Albuquerque, residentes na Serra de Martins.
Diz ainda Marcos que no inventário de Anna Josepha (ano de 1830), em Martins, e nessa época viúva, consta informação de Silvério dando conta que a falecida sogra residia na Ilha de Manoel Gonçalves, de onde saiu em setembro de 1828. Silvério era Capitão de ordenanças da Vila de Portalegre e que, em outubro de 1826, se encontrava residindo na Ilha de Manoel Gonçalves.
Nos registros de óbitos da Catedral, encontramos os de Silvério e Joana, com uma diferença de menos de seis meses, que transcrevo para cá. Nessa época já morava em Natal como se pode ver.
"Aos vinte e dois de Agosto de mil oitocentos e quarenta e nove faleceu da vida presente com todos os Sacramentos D. Joanna Nepomuceno de Oliveira, branca, casada com o Capitão Silvério Martins de Oliveira, foi sepultada na Capela da Ribeira, envolta em habito branco, e para constar fiz este assento. Bartholomeu da Rocha Fagundes. Vigário Colado".
"Aos nove de março de mil oitocentos e cinqüenta faleceu da vida presente com todos os sacramentos Silvério Martins d'Oliveira, branco, viúvo, morador na Ribeira, com a idade de Setenta e cinco anos: foi sepultado na Capela do Senhor Bom Jesus das Dores com habito preto encomendado por mim. E para constar fiz este assento. Bartholomeu da Rocha Fagundes. Vigário Colado."
Pela informação acima, o Capitão Silvério deve ter nascido por volta de 1775. Suspeito que a esposa de Elisiário Antonio Cordeiro, Antonia Silvéria de Oliveira, era filha de Silvério e Joana. Acredito, também, que o casal tinha uma outra filha de nome Joana Nepomucena de Jesus. Por fim, mais um registro da presença do Capitão Silvério na região do Assú, bem como sua convivência com o Capitão João Martins Ferreira.
Aos 3 dias do mês de Fevereiro de mil oitocentos e seis pelas duas horas da tarde na Boca do Rio, em presença do Padre Frei José de Sam Gualberto Carmilitano e das testemunhas abaixo nomeadas, de minha licença, se receberam por Esposos presentes João Baptista e Maria Gomes Leça, meus paroquianos. O Esposo de idade de vinte e seis anos, filho legitimo de João Rodrigues do Espírito Santo e Margarida Francisca de Oliveira; a Esposa de vinte e dois anos, filha legitima de Joaquim Álvares Leça, já falecido e Ana Gomes, naturais e moradores nesta Freguesia de São João Baptista do AssuAssu, e para constar fiz este assento, em que me assino. Joaquim José de Santa Ana, Pároco do Assu.

O Capitão Bernardo Vieira de Mello

Uma das maiores avenidas de nossa cidade recebeu o nome de Bernardo Vieira. O homenageado nasceu na freguesia de Muribeca, atualmente Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. Era filho do Capitão de Ordenanças Bernardo Vieira de Melo e de Dona Maria Camelo de Melo. Teve uma vida recheada de muitas lutas. Uma delas foi a participação na campanha de conquista do Quilombo de Palmares, juntamente com Domingos Jorge Velho e André Furtado de Mendonça. Dessa participação resultou sua nomeação para Capitão mor do Rio Grande do Norte, em 08 de janeiro de 1695. Aqui, fundou o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, em Açu, no ano de 1696.
Encontramos vários registros da presença de Bernardo Vieira de Melo e seus familiares, como padrinhos de batismos, aqui na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação. Vejamos esses registros.
Já em 8 de dezembro de 1695, mesmo ano que chegou aqui, foi padrinho de Manoel, filho de Manoel Gonçalves Branco e de Catarina de Oliveira. Dona Catarina era tia de Antonia da Silva, esposa de Manoel Raposo da Câmara.
No ano seguinte, em 30 de Janeiro, na matriz de Nossa Senhora da Apresentação, o Capitão mor Bernarda Vieira de Mello e sua mulher Catarina Leitão foram padrinhos de Ignez, filha de Domingos Carvalho e Catarina de Barros. Dona Catarina, segunda esposa de Bernardo Vieira, era filha do Capitão Gonçalo Leitão Arnoso.
No ano de 1698, no dia 27 de Janeiro, na Capela de Santo Antonio do Potengi, um dos filhos do Capitão Bernardo, de mesmo nome, foi padrinho junto com a mãe, Dona Catarina, de Theodosio, filho de Teodósio da Rocha e sua mulher D. Antonia de Oliveira, já defunta. Dona Antonia deve ter falecido de parto, pois,  em novembro de 1697 estava viva e era madrinha em um batismo.
Em dois de Junho de 1698, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Apresentação, outro filho do Capitão Bernardo, André Vieira de Mello foi padrinho de João, filho de Antonio Henriques de Sá e de Joanna de Abreu, juntamente com Dona Catarina de Oliveira, esposa de Manoel Gonçalves Branco.
Em 21 de Junho de 1698, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Apresentação, André Vieira de Mello e Antonia Tavares de Melo foram padrinhos de Antonia, filha de Jerônimo Gonçalves e de Ângela de Oliveira Mello.
Em 10 de Setembro de 1699, na Capela de Nossa Senhora do O' da Aldeia de Mipibu, o Capitão Bernardo Vieira de Melo e o filho Alferes Tenente André Vieira de Mello foram padrinhos de um filho do Sargento Mor Bento Teixeira Ribeiro e de sua mulher Joana Camelo Valcácer.
Em 9 de Novembro de 1699, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, o Capitão Bernardo e seu filho o Alferes Tenente André Vieira de Melo foram padrinhos de José filho do Ajudante Luis Real e de Violante Bezerra Barreto.
Por fim, no mesmo ano em que terminou sua participação como Capitão Mor do Rio Grande do Norte, em 28 de Março, sua esposa, Dona Catarina Leitão foi madrinha de Caetano filho do Provedor da Fazenda Real, o Tenente Manoel de Mello Albuquerque e Dona Eugenia Rodrigues de Sá.
Um dos filhos do Capitão Mor Bernardo Vieira, que não aparece nos registros acima, era Antonio Leitão Arnoso. Casou com uma prima de nome Maria Muniz de Melo filha de Cristovão Vieira de Melo e Úrsula Leitão. Dona Úrsula era irmã de dona Catarina Leitão.
Da Guerra dos Bárbaros extraímos um trecho escrito pelo Barão de Studart, na Revista Trimensal do Instituto  do Ceará,  falando da defesa feita por Pedro Lelou pró Moraes Navarro, Mestre de Campo do terço paulista: "A de Lelou toda recheada de períodos eruditos e de reminiscências históricas, refere-se claramente a inimizade de Bernardo Vieira contra Moraes Navarro, cujo posto de Mestre de Campo ambicionava; segundo ele, e nisso concordam os partidários do Mestre de Campo, o Capitão Mor do Rio Grande do Norte induzira os Janduins a se reunir aos Payacus e irem juntos se oferecer aos Paulistas para a guerra aos Icós e que quando vissem os Paulistas em campanha despercebidos os degolassem a todos".
Bernardo Vieira de Melo já está de volta a Pernambuco no ano de 1710 e participa ativamente da Guerra dos Mascates, escolhendo o lado dos donos de engenho de Olinda. Essa sua participação gerou, posteriormente, sua prisão e a do seu filho Andre Vieira de Melo. Foi enviado para a cadeia de Limoeiro, em Lisboa, onde veio a falecer em 10 de Janeiro de 1714. Em 14 de Abril de 1715, na mesma prisão morre seu filho André Vieira de Melo.
Outra história triste da vida do nosso Capitão Mor ocorreu em Ipojuca, Pernambuco. A suspeita de que Dona Ana de Faria Souza, esposa de André Vieira de Melo, estava tendo um caso com o proprietário do Engenho Velho, João Paes Barreto desencadeou dois assassinatos. O primeiro de João Paes Barreto, em 23 de maio de 1710, segundo uns por Andre Vieira de Melo, segundo outros por determinação do Capitão Bernardo Vieira de Melo. Quanto a Dona Ana de Faria Sousa foi poupada enquanto estava grávida. Passada a gravidez, foi obrigada a tomar veneno duas vezes. Para esse último assassinato os acusados foram dona Catarina e o próprio André.