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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

De volta a Santana do Matos dos Alves e Fernandes

De volta a Santana do Matos dos Alves e Fernandes

Às vezes, uma pequena informação é suficiente para abrir novos caminhos para um pesquisador. A procura da relação dos Alves e Fernandes com os Martins Ferreira, no levou a esmiuçar os documentos de registros da Paróquia de Santana do Matos. O casamento de Absalão Fernandes da Silva Bacilon com Josefina Emília Alves Martins, nos apresentou aos pais de ambos. Como a presença de Antonio Fernandes da Silva, pai de Absalão, é contínua em vários documentos, fui atrás do seu casamento, já que não há quase informações sobre José Alves Martins, em Santana do Matos.
Façamos antes a transcrição dos batismos de dona Liquinha e seu Nezinho, pais de Aluizio Alves, que encontrei:
"Maria, filha legitima de Absalão Fernandes da Silva Bacilon, e Josefina Alves Fernandes = nasceu a dez de abril de mil oitocentos noventa e dois, e foi batizada solenemente por mim na Matriz a doze de junho do dito ano = foram padrinhos Militão Alves Martins e Firmina Maria Fernandes = do que para constar fiz este assento que assino = o vigário João Candido de Sousa e Silva."
"Manoel, filho de Manoel Alves Martins, e Maria Ignácia da Conceição, nasceu a dez de agosto de mil oitocentos noventa e quatro, e foi batizado solenemente por mim na Matriz a nove de setembro do dito ano = foram padrinhos Nossa Senhora das Dores, e Manoel Francisco Cordeiro = do que para constar fiz este assento, que assino. O Vigário João Theotonio de Sousa e Silva."
Antes mesmo de encontrar o casamento de Antonio Fernandes da Silva, recuando no tempo, encontrei o batismo de Absalão Fernandes da Silva Bacilon, pais de Dona Liquinha, que transcrevo a seguir:
"Absalam, branco, filho legitimo de Antonio Fernandes da Silva, e Sabina Maria da Silva, naturais e moradores nesta Freguesia, nasceu aos dezesseis de Outubro de mil oito centos e trinta e oito, e foi batizado com os Santos óleos na Matriz aos vinte oito de Dezembro do dito ano, por mim. Foram Padrinhos Manoel Álvares da Fonseca, e Maria Ignácia Rosalina Brasileira, solteiros: do que para constar mandei fazer este assento, e por verdade assinei. O Vigário João Theotonio de Sousa e Silva"
A madrinha de  Absalão, Maria Ignacia Rosalinda Brasileira,  era filha de Cosme Teixeira de Carvalho e casou, em 1840, com Vicente Ferreira Xavier da Cruz. Eles eram meus trisavós. Façamos agora a transcrição do casamento de Antonio Fernandes Silva, observando o parentesco dele com Sabina. Com isso recuperamos mais nomes dos ancestrais de Aluizio Alves e Aristófanes Fernandes:
"Aos vinte e oito dias do mês de Novembro de mil oito centos e vinte e nove pelas oito horas da manhã, nesta Matriz de Santa Anna do Mattos, depois de obtida as dispensas do terceiro grau de sangüinidade, e tendo precedido as Canônicas denunciações sem impedimento, confissão, e exame de doutrina  cristã ajuntei  em matrimonio e dei as bênçãos nupciais aos meus Paroquianos Antonio Fernandes da Silva, e Sabina Maria da Silva, naturaes, e moradores nesta Freguesia, ele filho legitimo de Manoel Álvares da Fonseca, e Anna Maria Barbosa , ela filha legitima de Francisco da Silva de Carvalho, e Maria Joanna, falecida, sendo Testemunhas Manoel de Barros, e Francisco Antonio, casados, desta Freguesia, do que para constar fiz esta assento, q' com as ditas testemunhas assino. O Vigário João Theotonio de Sousa e Silva".
Observe que o padrinho de batismo de Absalão tem o mesmo nome do pai de Antonio Fernandes da Silva. Por ser solteiro, acredito ser um irmão de Antonio Fernandes.
No artigo anterior apresentamos o casamento de João Antonio de Sousa, neto de João Martins Ferreira, um dos fundadores de Macau, com Anna Joaquina da Silveira, irmã do Barão de Serra Branca. Façamos o registro agora do casamento do pai do Barão, que ocorreu na Freguesia de Santana do Matos:
"Aos vinte e seis de fevereiro de mil oitocentos e vinte sete na Fazenda Conceição desta Freguesia de Santa Anna do Mattos pela oito horas da manhã, ajuntei em matrimônio e dei as bênçãos nupciais aos meus paroquianos Antonio da Silva de Carvalho, e Maria da Silva Velosa, naturais e moradores nesta Freguesia, ele filho legitimo de Antonio Silva São Tiago e Joanna Perpétua de Mello, ambos já falecidos, ela filha legitima do alferes Joaquim da Silveira Borges, e Anna Joaquina da Trindade, sendo testemunhas o capitão Francisco Alexandre da Costa, e o alferes Antonio Thomas Pereira, ambos desta Freguesia, do que para constar fiz este assento, que com as ditas testemunhas assino. O Vigário João Theotonio de Sousa e Silva."
 Observe, agora, que o sogro de Antonio Fernandes da Silva tem o mesmo sobrenome do pai do Barão de Serra Branca. Além disso Sabina tinha terceiro grau de consangüinidade com Antonio Fernandes. Talvez haja um parentesco entre Antonio da Silva de Carvalho e Antonio Fernandes da Silva. Dos livros da Freguesia de Assu, encontro o registro de casamento de José Alves Martins com Francisca Xavier de Oliveira, que acredito,   são os pais de Josefina Emília Alves Martins.
"Aos vinte e sete de novembro de mil oitocentos, e cinquenta, e dois, por três horas da tarde, de minha licença, o Padre Elias Barbalho Bezerra uniu em matrimônio, e logo abençou, no Sitio Curralinho, aos contraentes, meus fregueses José Alves Martins, e Francisca Xavier de Oliveira, servatis servandis: forão testemunhas João Martins Ferreira, e Antonio Fragoso de Medeiros; do que fiz este termo, em  que me - assino. Manoel Januário Bezerra Cavalcanti, Vigário Colado de Assú."
Vejamos o registro de um irmão de Josefina Emília: As onze horas do dia vinte e nove de novembro de mil oitocentos e setenta e seis nesta Matriz, depois dos proclamas do estilo,  exame de doutrina cristã e confissão sacramental, o Reverendíssimo Pároco Ladislau Adolpho Salles Silva uniu em matrimônio e deu logo as bênçãos nupciais aos contraentes João Alves Martins, e Maria Agnelina Fernandes, meus paroquianos: ele filho legítimo de José Alves Martins e Francisca Martins Oliveira, já falecidos; e ela filha legitima de José Alves Fernandes e Anna Maria do Amor Divino: foram testemunhas Antonio de Carvalho Sousa, solteiro, e José Joaquim Sousa, Casado. Do que para constar autorizado pelo Exmo e Rmo Monsenhor Vigário Capitular, fiz este termo que assino. O Vigário Manoel Gonçalves Soares Amorim.
Sobre o padrinho de seu Nezinho, Manoel Francisco Cordeiro, que acredito ser avô materno dele, transcrevo seu casamento: Aos nove de julho de mil oitocentos e sessenta e dois, pelas onze horas do dia, no Sítio Malhada Vermelha, desta Freguesia, uni em matrimônio e dei as bençãos nupciais, tendo precedido exame de doutrina cristã, e confissão, aos contraentes, meus paroquianos, Manoel Francisco Cordeiro e Maria Joaquina da Conceição, ele, filho legítimo de Manoel Francisco Cordeiro e Antonia Maria da Conceição, e ela, filha legítima de Alexandre Marreiros Dourado e Damásia Maria da Conceição, foram testemunha Julião Vitorino da Silva, solteiro, e João Francisco de Paula, casado. Coadjutor Pró Pároco Belísio Lins de Albuquerque.
Os pais de Manoel Francisco Cordeiro, de mesmo nome, era português, como podemos ver do casamento, nesse mesmo Sítio acima: Aos dois dias do mês de março de mil oitocentos e quarenta, no Sítio Malhada Vermelha, desta Freguesia de Santa Ana do Matos do Assú, pelas novas horas do dia, tendo precedido as canônicas denunciações, sem impedimento, e obtida a fiança dos proclamas do nubente, depois de confissão e exame em doutrina cristã, ajuntei em matrimônio e dei as bênçãos nupciais, aos meus paroquianos Manoel Francisco Cordeiro com Ignácia Maria da Conceição, aquele, filho legítimo de Antonio João Cordeiro, e de sua mulher Maria Pacheco de Miranda, e esta filha legítima de Manoel Antonio Dourado, já falecido, e sua mulher Thereza Maria de Jesus, o nubente natural da Ilha de São Miguel, e ela, desta, e nela moradores; foram testemunhas Francisco Antonio Dourado, casado, e Álvaro Marreiros de Oliveira, moradores nesta Freguesia. Vigário João Theotônio de Sousa e Silva.
Nos registros acima, os nomes da esposa do português Manoel Francisco Cordeiro são diferentes: um Antonia, noutro Ignácia

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