Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com
Nestor dos Santos Lima, quando escreveu sobre
Antônio Lopes Viegas e João Barbosa da Costa, no seu trabalho sobre o Munícipio
de Angicos, disse que as famílias desses dois unidas constituíram o povo dessa
localidade e, disse mais, que do Recife, vieram para Angicos três homens de
boas famílias, um brasileiro e dois portugueses. Não especificou quem eram
esses três homens.
Uma coisa é certa, Felipa Maria Duarte, uma das
filhas de Antônio Lopes Viegas, foi casada com o português Antônio Martins dos
Santos.
Por um assentamento de praça, lá
do Assú, encontramos que Antônio Martins dos Santos, filho de Miguel Martins
dos Santos, natural da Freguesia de Santa Eulália de Balazar, em Portugal,
branco, casado e morador nesta Ribeira do Assú, de estatura alta, seco de
corpo, cor amarela, cabelo corredio e preto, nariz grande, olhos fundos, de
idade de vinte e três, anos assenta praça em revista de vinte e sete de julho
de 1789.
Na margem há ainda o seguinte
registro: Passou a cabo de esquadra desta Companhia. Outra observação é que
nessa data Antônio Martins dos Santos já era casado.
Um amigo genealogista foi mais
atrás nas suas pesquisas e me passou mais detalhes dos ascendentes desse meu
ancestral. Na árvore genealógica desenhada em Carapebas, no Armazém de Jacob
Avelino, minha tetravó, Joaquina Maria do Rosário, aparece como filha de
Antônio Martins dos Santos e de uma filha de Antônio Lopes Viegas, que lá
parece ser Mariana. Entretanto, nos registros da Igreja, a filha de Antônio
Lopes Viegas, que era casada com Antônio Martins dos Santos, era Felippa Maria
Duarte. Mas, vamos aos ascendentes do português.
Comecemos pelo seu batismo:
Antônio, filho legítimo de Miguel Martins dos Santos, e de sua mulher Maria da
Silva, da Aldeia de Louzadelo, desta Freguesia de Santa Eulália de Balazar,
neto pela parte paterna de Antônio Martins e de sua mulher Lucrécia Domingues,
da Aldeia de Casal, e ela natural da Freguesia de São Félix de Gondifelos, do
lugar de Peniche, e pela materna , neto de Custódio Gonçalves, e de sua mulher Maria
Domingues, da Aldeia de Louzadelo, desta mesma Freguesia de Santa Eulália de
Balazar, nasceu aos treze dias do mês de fevereiro do ano de mil setecentos e
sessenta e cinco, e foi batizado, por mim, Antônio da Silva e Sousa, Reitor
desta mesma Igreja, aos quatorze dias do mesmo mês e ano. Foram padrinhos
Joseph, solteiro, filho de Gregório da Costa, de Louzadelo, e Maria, solteira,
filha de Manoel André, da Aldeia do Casal, e lhe pus os santos óleos, estando
por testemunhas Antônio Martins, Manoel André, ambos do Casal, e José,
solteiro, seu padrinho, todos desta mesma Freguesia, e para mim por ser
verdade, fiz este termo que assinei era ut supra. Reitor Antônio da Silva e
Sousa.
Quanto aos pais de Antônio
Martins, temos que Miguel Martins, nasceu aos 5 de dezembro de 1725, e foi batizado
aos 9 do mesmo mês e ano; casou com Maria Domingues da Silva, aos 5 de maio de
1749, em Portugal.
O avô paterno, Antônio Martins,
foi batizado aos 11 de fevereiro de 1696, e sua primeira esposa, Dona Lucrécia
Domingues, que nasceu aos 26 de janeiro de 1696, foi batizada aos 6 de
fevereiro desse mesmo anos, em São Félix de Gondifelos, da Vila Nova de Famalicão.
Eles casaram aos 27 de novembro de 1724, em Portugal.
O avô materno Custódio Gonçalves
foi batizado aos 25 de março de 1703, e casou com Maria Domingues, aos 2 de novembro
de 1727, em Portugal.
Os bisavôs paternos, Antônio
Martins e Maria Francisca (pais de Antônio Martins), casaram no dia 27 de
janeiro de 1676, em Portugal; os outros bisavôs, Antônio Martins e Maria
Domingues (pais de Lucrécia Domingues), casaram em 1 de setembro de 1674, em
Portugal.
Custódio Francisco e Maria
Domingues (pais de Custódio Gonçalves), casaram aos 24 de julho de 1701, em Portugal;
Antônio João e Ana Domingues, pais de Maria Domingues, casaram aos 5 de
novembro de 1684.
Os Trisavós paternos, Antônio
Martins e Maria Antônia (pais de Antônio Martins), casaram aos 13 de agosto de
1635, em Portugal; Francisca Correia e Maria Gonçalves (pais de Maria Francisca);
Manoel Francisco e Domingas Martins (pais de Antônio Martins) casaram aos 29 de
dezembro de 1645, em Portugal; João Domingues e Maria Francisca (pais e Maria Francisca).
Os trisavôs maternos Domingos Francisco
e Domingas Manoel (eram os pais de Custódio Francisco); Manoel Domingues e
Maria Francisca (pais de Maria Domingues) casaram aos 27 de fevereiro de 1667,
em Portugal; Manoel Gonçalves e Catarina João (eram pais de Antônio João); João
Domingues e Domingas Gonçalves (pais de Ana Domingues) casaram em 9 de janeiro de
1659, em Portugal.
Tetravô paterno Martim Fernandes (era
pai de Antônio Martins); Antônio João e Catharina Gonçalves (pais de Maria Antônia);
Francisco Antônio e Domingas Lopes (pais de Manoel Francisco) casaram em 1 de
novembro de 1619, em Portugal; Domingos Martins e Maria Fernandes (pais de
Domingos Martins).
Tetravô materno João Domingues (pai
de João Domingues); Pedro Martins (pai de Domingas Gonçalves).
Pentavós paternos Antônio Pires e
Maria Gonçalves (pais de Francisco Antônio); Domingos Pires e Maria Lopes (pais
de Domingas Lopes).
Igreja Paroquial de Santa Eulália de Balasar. Foto de Vitot |
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