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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Severina Cláudia, meu elo seridoense




João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Minha mãe, Dalvanira Avelino Trindade, hoje com 96 anos, nasceu em Angicos, mas era filha da seridoense Severina Cláudia da Conceição, natural de Florânia, segundo seu batismo: Severina, filha de Alexandre Garcia da Cruz e de Rita Maria da Conceição, nasceu em 07 de julho de 1895, foi batizada na Matriz de Flores, aos 18 de agosto de 1895, pelo Padre Antônio da Silva Pinto, e os padrinhos foram João Porfírio, e Maria da Conceição. 

Há, também, o registro civil desse nascimento, mais completo: Aos dois dias do mês de agosto de 1895, nesta Vila de Flores, compareceu em meu Cartório o cidadão Alexandre Garcia da Cruz,  e em presença das testemunhas abaixo assinadas declarou que no dia sete de julho deste mesmo ano, no Sitio Fechado deste Distrito de Flores, às nove horas da noite, nascera e conserva-se viva uma criança do sexo feminino e que se havia de chamar Severina Cláudia da Conceição, filha legítima de Alexandre Garcia da Cruz e Rita Maria da Conceição, criadores, naturais e residentes neste Distrito; sendo avós paternos Manoel Rodrigues da Cruz e Ignácia Maria da Conceição, falecida, e avós maternos Ignácio Rodrigues da Cruz e Maria Alexandrina de Jesus, todos residentes neste mesmo Distrito; de que para constar lavrei este termo que vai assinado pelo declarante e as testemunhas. Eu, José Marinho de Araújo, escrivão, escrevi.  Alexandre Garcia da Cruz, declarante; Soter Batalha de Araújo e Sebastião Carneiro de Mello, testemunhas.

Os pais de Severina Cláudia eram primos carnais, pois Manoel Rodrigues da Cruz e Ignácio Rodrigues da Cruz eram irmãos, como também suas respectivas esposas, Ignácia Maria da Conceição e Maria Alexandrina de Jesus. Mas, Severina Cláudia rompeu a sequência de casamentos consanguíneos quando casou com meu avô, Cícero Torres Bezerra Avelino, natural de Angicos.

Entretanto, um irmão de Severina Cláudia casou no Seridó: Manoel Tertuliano de Medeiros (tio Neco) contraiu matrimônio em 24 de dezembro de 1917, no Sítio Poço dos Cavalos, em Jucurutu, com Maria Adalgisa de Medeiros (tia Lilia), filha de Pacífico Clementino de Medeiros e de Ana Tereza de Jesus, ele morador em Angicos, e ela em Jucurutu, celebrante Padre Esmerino Gomes, testemunhas Silvino Garcia do Amaral e Euclides Clementino de Medeiros; foram dispensados do parentesco de consanguinidade de 4º grau atingente ao 3º.

O parentesco muito próximo dos pais de minha avó, que chamávamos de Madrinha, gerou apenas quatro bisavós para ela: Thomaz Lourenço da Cruz e Maria Rosa do Nascimento eram pais de Manoel Rodrigues e Ignácio Rodrigues; enquanto Alexandre Garcia do Amaral e Angélica Maria do Rosário eram os pais de Ignácia Maria da Conceição e Maria Alexandrina de Jesus. 

Thomaz Lourenço casou com Maria Rosa do Nascimento, aos 22 de setembro de 1814, sendo ele filho de José Garcia de Sá Barroso e de Anna Rita, falecidos, e ela de Manoel Rodrigues da Cruz e Thereza Maria José. José Garcia, por sua vez, era filho de Antonio Garcia de Sá Barroso e Anna Lins de Vasconcelos, enquanto Ana (Gertrudes de Santa) Rita era filha de Thomaz de Araújo Pereira (2º) e Thereza de Jesus Maria. Já, Manoel Rodrigues era filho do português Francisco Cardoso dos Santos e Thereza Lins de Vasconcelos, enquanto Thereza Maria José era filha de Thomaz de Araújo Pereira (2º) e Thereza Maria de Jesus. Ana Gertrudes de Santa Rita era, portanto, irmã de Thereza Maria José.

O outro bisavô de Madrinha Severina, Alexandre Garcia do Amaral, casou com Maria Angélica em 8 de outubro de 1825, sendo ele filho de João Garcia do Amaral (ou de Sá Barroso) e Maria Rosa da Conceição, e ela de Ignácio Ferreira de Macedo (ou Ferreira Bittencourt) e Helena Maria de Santa Tereza. João Garcia, também, era filho de Antonio Garcia de Sá Barroso e Anna Lins de Vasconcelos, enquanto Maria Rosa da Conceição era filha de João Damasceno Pereira e Maria dos Santos Pereira. Já Helena, que casou com Ignácio, em 30 de novembro de 1798, era filha de João Garcia de Sá Barroso (outro) e Magdalena de Castro, enquanto Ignácio era filho de Antonio Ferreira de Mendonça (ou Macedo) e Francisca do Carmo.

Antonio Ferreira de Mendonça era filho Manoel Ferreira de Macedo e Anna dos Prazeres de Mendonça. Já Francisca do Carmo era filha do português Antonio Garcia de Sá, e Maria Dornelles Bittencourt. Também eram filhos de deste último casal: Antonio Garcia de Sá Barroso, esposo de Anna Lins; e João Garcia, esposo de Magdalena de Castro.

João Damasceno Pereira e Thomaz de Araújo Pereira (2º) eram filhos do português de Viana, Thomaz de Araujo Pereira, e da paraibana Maria da Conceição de Mendonça; as esposas deles eram filhas do português Rodrigo de Medeiros Rocha e Apolônia Barbosa de Araújo. 

As irmãs Anna Lins de Vasconcelos e Thereza Lins de Vasconcelos eram filhas de Alexandre Rodrigues da Cruz e Vicência Lins de Vasconcelos. Uma filha de Thereza, como o mesmo nome da avó, Vicência Lins de Vasconcelos, casou com Cipriano Lopes Galvão (2°).

Aí, pois, parte da minha ascendência do Seridó. O ano novo bem melhor para todas as pessoas do mundo.
Severina Cláudia e os bisnetos

Severina Cláudia e os filhos






Um comentário:

  1. Meu caríssimo primo, várias vezes, João Felipe da Trindade, tenho a impressão que o Padre que batizou sua querida mãe Dª Dalvarina Avelino Trindade, na realidade o nome dele era José Antonio da Silva Pinto, ao invés de "Antonio da Silva Pinto". Qual o "porque", dr estar afirmando isso? Pelo fato de que ele vigariou em Jardim do Seridó, de 1885 a 1892. Aproveitando o gancho, esse Vigário José Antonio da Silva Pinto, era tio bisavô, do cidadão Júnior Cordeiro, que discorreu sobre a cidade de Bananeiras, na oportunidade do nosso Encontro de Genealogia em João Pessoa, salvo engano em setembro deste ano!

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