Em artigos anteriores já fizemos referência aos apontamentos do Major Salvador Coelho de Drumond e Albuquerque, descendente de João Fernandes Vieira, que salvou alguns registros de livros da Igreja que se encontravam em péssimo estado de conservação. Aqui já transcrevemos, desses registros, os casamentos de Manoel Raposo da Câmara e o de José Porrate de Morais Castro. Aqui vamos transcrever outros registros mais antigos da nossa Freguesia salvos por Salvador. Vamos ao registro de número 28 dos apontamentos dele.
Aos vinte e seis de Abril de 1680 nesta Matriz, em presença minha e das testemunhas o Alferes Antonio de Castro Rocha, Marianna Pinta e Domingas Gomes, se receberam por palavras de presente Jeronymo Cavalcante de Albuquerque filho do Capitão Jeronymo Fragoso de Albuquerque e de sua mulher D. Isabel Cavalcante naturais da Vila de Serinhaém, e Florença da Rocha, filha do Sargento Mor Roque da Rocha, e de sua mulher Francisca Gomes, naturais da mesma Freguesia e moradores nesta do Rio Grande. Do que fiz no mesmo dia este assento e me assinei. Paulo da Costa.
Na seqüência o Major Salvador copiou os registros de batismos de filhos do casal acima. O registro de número 30 diz:
Aos 28 de janeiro de 1682 batizei na Capela de São Gonçalo a Eugenio, filho de Jeronymo Cavalcante de Albuquerque e de sua mulher Florença da Rocha, padrinhos Marcos de Castro e Marianna Pinta. Não tem os santos óleos; já tem os santos óleos. Paulo da Costa.
No registro de número 31 encontramos: Aos 6 de Setembro de 1683 batizei nesta Matriz e pus os santos olhos a Izabel, filha de Jeronymo Cavalcante e de sua mulher Florença Rocha, padrinhos o Capitão Manoel Muniz e D. Antonia de Oliveira. Paulo da Costa.
Já no registro de número 32 está escrito : Aos 10 de Abril de 1686 nesta Matriz pus os Santos Óleos a Paulo filho do Tenente Jeronymo Cavalcante de Albuquerque e de sua mulher D. Florença da Rocha, padrinhos o Reverendo Padre Eloy de Freitas e João de Castro. Paulo da Costa.
Os registros estão nas mais diversas ordens e não seguem em datas crescentes. Assim vamos fazendo escolhas para agrupar alguns registros. Vejamos o casamento de Alberto Pimentel cuja numeração é 234 e em seguida o do seu filho, Francisco de Oliveira e Mello, que leva a numeração 88.
Aos quatro de Outubro de 1694, se receberam por palavras de presente, em minha presença, Alberto Pimentel, filho do Capitão mor Sebastião Pimentel, já defunto, e de sua mulher D. Anna, naturais de São Verão (Santo Varão), Bispado de Coimbra, com Francisca Tavares de Mello, filha do Capitão Francisco de Oliveira Banhos e de sua mulher Antonia Tavares, desta Freguesia do Rio Grande do Norte, foram testemunhas o Capitão mor Agostinho Cesar de Andrade (foi capitão mor do Rio Grande do Norte), o Sargento mor Manoel da Silva Vieira, D. Gracia do Rego e Catharina de Oliveira (esposa de Manoel Gonçalves Branco). Do que fiz este assento em que me assinei. Era ut supra. Basílio de Abreu e Andrada.
Em alguns registros de batismos dos filhos do casal acima o nome da esposa de Alberto é escrito como Francisca de Oliveira Banhos. Encontramos os seguintes filhos deles: Clara, Teresa, Plácida, Caetano e os gêmeos Alberto e Antonio, no período de 1695 a 1706. Não encontramos o de Francisco cujo registro de casamento segue:
Aos 5 de Novembro de 1726, na Capela de Nossa Senhora das Candeias do Engenho Cunhaú, em virtude de um mandado do Muito Reverendo Vigário Geral e Juiz dos Casamentos o Dr. Manoel de Freitas Barros, o Reverendo Manoel Raposo Sobrinho assistiu ao matrimonio que entre si contraíram Francisco de Oliveira e Mello, filho legitimo de Alberto Pimentel, e de sua mulher Francisca de Oliveira, com Leonor de Mello de Albuquerque, viúva que ficou por falecimento de sue primeiro marido José Barbosa de Sousa, ambos naturais desta Freguesia, sendo presentes por testemunhas o Capitão mor Afonso de Albuquerque Maranhão, o Capitão mor Luiza Alberto de Albuquerque Maranhão, D. Joana de Lacerda e D. Úrsula Maria de Sá, mulheres dos ditos, corridos os banhos, e guardando em tudo a forma do Sagrado Concílio Tridentino. E por uma certidão que me veio do dito Padre fiz este assento em que me assinei. João Gomes Freire. Coadjutor
Francisco de Oliveira e Mello faleceu aos vinte e seis de Abril de mil setecentos e oitenta e dois, com a idade de oitenta anos, pouco mais ou menos. Assim deve ter nascido por volta de 1702. Seu batismo deveria, portanto, aparecer no livro que contém os batismos de 1688 a 1712. Entretanto, Francisco é um dos filhos de Alberto e Francisca que não encontramos lá.
Encontramos vários registros de pessoas com o nome de José Barbosa de Sousa. Um desses era filho de Francisco Gama de Luna e Paula Barbosa, e casou com Maria de Oliveira e Mello filha de Francisco de Oliveira e Mello e Leonor de Mello e Albuquerque. Veja que Leonor foi viúva de um José Barbosa de Sousa.
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