Sábado, dia 13 de Junho, saímos, Graça e eu, com destino ao Município de Afonso Bezerra, para fazer o lançamento do livro "Servatis ex more servandis", dentro da programação de comemoração dos 102 anos do nascimento do escritor Afonso Bezerra, pois, no ano passado não foi possível, em virtude das fortes chuvas que caíram por lá.
Chegamos, por volta das onze horas, e fomos direto para a Igreja que até o presente não tinha visitado. Segundo Aluizio Alves, Carapebas passou em 1894 a ser considerada povoação. Escreveu ainda Aluizio: "Nesse ano, Alexandre Avelino Bezerra ergueu a capela sob a proteção de Nossa Senhora da Conceição." Resta uma dúvida que ainda não consegui sanar. Qual dos Alexandre construiu a capela: meu trisavô Alexandre Avelino da Costa Martins ou Alexandre Avelino Martins de Maria seu filho. Estou procurando algum documento que dirima essa dúvida. Na Igreja, que já passou por várias reformas, não há nenhuma inscrição sobre a construção. É uma Igreja grande e está em fase de conclusão de mais uma reforma. O povo da cidade, sob o comando de Dona Cezarina, tem cuidado bem do seu templo.
Da Igreja fomos para a casa do Prefeito que nos convidou. Fomos recebidos por Jackson e sua esposa Aldenora. Jackson, filho de Gildenor e Cezarina, é um dos sobrinhos do escritor Afonso Bezerra. Enquanto organizavam os eventos do dia, nos deixaram na casa de Dona Cezarina, onde ficamos hospedados.
Dona Cezarina nos contemplou com muitas histórias interessantes, desde a época do seu casamento com Gildenor até o presente momento, incluindo aí, todo seu empenho em favor da Igreja de Afonso Bezerra. Estava presente, Abrahão Lincoln, que foi nosso colega quando passamos pela Secretaria Municipal de Administração de Natal. Ele é filho de Gilce, sobrinha de Afonso Bezerra. Outros sobrinhos do escritor que estavam lá prestigiando a festa eram Fátima, Regina, Rosário e João Batista e Afonso Bezerra Sobrinho
No final da tarde saímos todos para o Circo da Luz para fazer o lançamento do livro. O nosso promotor Pedro Avelino foi, mais uma vez, nos prestigiar fazendo a minha apresentação para os presentes. Pedro descende de Agostinha Maria Martins Bezerra, irmã de Anna Jovina, avó de Afonso Bezerra. Tive a alegria de encontrar pela terceira vez, em um lançamento do livro, o nosso amigo Lourival Avelino que descende dos irmãos Alexandre Avelino de Martins Maria e Joaquim Avelino Martins Bezerra. Conversamos com Anilda que descende de Agostinho Barbosa da Silva, um dos filhos de Balthazar da Rocha Bezerra. Ela nos contava da dificuldade que tinha para explicar que ela era uma Rocha Bezerra por conta do nome de Agostinho. Na verdade, acredito que o nome de Agostinho deve ter vindo dos ascendentes de Josefa Maria da Silva, sua mãe. Alguns documentos da Igreja escrevem o nome dela como Josefa Barbosa da Silva.
O livro tem um capítulo especial sobre João Barbosa da Costa que é ascendente de muitas famílias daquela região do Sertão Central Cabugi. Tem, também, um capítulo dedicado ao Tenente Alexandre Avelino da Costa Martins, bisavô de Afonso Bezerra. Meu objetivo, naquele momento, foi me situar entre eles. Usei a capa do livro, que tem várias fotos, e uma árvore genealógica de Afonso Bezerra que mandei desenhar, usando o Corel Draw, para demonstrar que fazia parte daquela família, embora meu sobrenome não denunciasse essa ligação. Foi um momento gratificante por conta do esforço que fiz ao escrever aquele livro que resgata parte da história dos nossos ancestrais. Aquelas pessoas, ali presentes, teriam a oportunidade de conhecer melhor quem eram e o que faziam seus ascendentes.
Na parte da noite houve outra programação no Circo da Luz. Alguns trabalhos de Afonso Bezerra foram declamados ou cantados por amigos e familiares.
Pernoitamos em Afonso Bezerra. Logo cedo, observei sobre uma mesa de centro da casa de Dona Cezarina os retratos dos pais de Afonso, João Batista Alves Bezerra e Maria Monteiro. Depois, ainda pela manhã, enquanto Graça foi assistir a missa, fui conhecer o cemitério. Nossos cemitérios, infelizmente, não conservam os túmulos mais antigos. As ruas são desencontradas e não há registros que informem onde estão enterrados os mortos. Cada vez que vou a um cemitério público fico convencido que as informações que preciso não estão lá e que eu devo voltar para os meus papeis. São os registros que dão fidedignidade ao que escrevo. Continuo minhas pesquisas para encontrar alguns elos, ainda perdidos, dessa cadeia genealógica que estou construindo.
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