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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Os Rocha Bezerra (I)

Os Rocha Bezerra (I)

No artigo anterior escrevemos sobre uma carta patente de capitão, que foi concedida para Antonio da Rocha Bezerra. Lá noticiamos sobre várias pessoas dessa que é considerada  uma das  "principais famílias desta Capitania", como disse Pedro de Albuquerque Mello, Capitão mor e governador da Cidade de Natal, Capitania do Rio Grande do Norte. Algumas de nossas Datas e Sesmarias  foram concedidas para membros dessa família como exemplificamos a seguir:
Balthasar da Rocha Bezerra, em 25 de junho de 1735. Terras no Rio dos Angicos. Ribeira do Assú. "Esse, irmão de José da Rocha Bezerra que casou com Antonia de Freitas Nogueira, fundadora do Apody. Outra mais nas terras da Ribeira do Paneminha no lugar chamado Adiquinon"; Coronel Antonio da Rocha Bezerra (morador no Assú), em 3 de julho de 1736, Terras no Assú, na Lagoa do Piató, no Lugar chamado de Saco Grande; Coronel Miguel Barbalho Bezerra, em 29 de julho de 1736, Terras no sitio "Pichoré", Ribeira do Assú. Estas terras foram adquiridas pelos Fernandes entrelaçados aos Alves de Angicos, cuja fazenda localiza-se atualmente no Município de Santana do Matos, conservando o nome Pichoré. Pertenceu ao ex-deputado estadual Asclepíades Fernandes; Joana da Rocha Bezerra, em 3 de março de 1742. Terras entre a Serra do Curralinho e data de Curicaca, Ribeira do Assú; Mariana da Rocha Bezerra, em 19 de novembro de 1739, Terras nos testados do sítio das Cacimbas correndo pela Ponta do Mel, Ribeira do Assú; Tenente-Coronel Antonio da Rocha Bezerra, em 22 de janeiro de 1737. Terras no Riacho pegando de Poços dos Porquinhos até o Poço de Juripari, Ribeira do Assú; Coronel Antonio da Rocha Bezerra (morador no Assú), em 8 de outubro de 1757. Terras na Ponta da Ilha, estrada que vai para o Sítio do Sacramento, Ribeira do Assú; Coronel Miguel Barbalho Bezerra (morador no Assú), em 3 de novembro de 1753. Terras pegando dos testados da data do sítio Pedra Grande e Curralinho acima, Ribeira do Assú.
No mesmo artigo, citado acima, falamos que Miguel Barbalho Bezerra era irmão de Balthasar da Rocha Bezerra, conforme consta nas Sesmarias 552.
De Brasília recebo uma mensagem de Demétrio Bezerra dizendo: Sou tetraneto do potiguar Francisco da Rocha Bezerra, que no Século XIX transferiu-se com a família para o estado do Pará, onde nasceram muitos descendentes. Depois complementa: Para facilitar as coisas, informo que meu tetravô Francisco da Rocha Bezerra era casado com Maria E. Moraes, ambos nascidos no Rio Grande do Norte. O casal teve pelo menos os filhos: Francisco Bezerra da Rocha Moraes (meu trisavô), Joaquim da Rocha Bezerra e Victor Antonio Moraes da Rocha (este nome pode conter alguma incorreção), ao que parece todos nascidos no Rio Grande do Norte. Pelo que encontramos em documentos no Pará, talvez a família tenha se radicado em Soure, Ilha de Marajó, onde adquiriu muitas propriedades a partir de 1845.
Com as informações acima, localizei o registro de casamento de Francisco da Rocha Bezerra e Maria E. de Moraes. Acontece que lá, o segundo nome de Maria está ilegível e, por isso, acredito, é que  o nome da nubente só tem a inicial. Inicialmente, pensei que era Egina, que segundo dados colhidos na internet era uma deusa grega e também o nome de uma das ilhas da Grécia. Posteriormente, encontrei um registro de batismo onde aparece o nome Maria Egiciaca. Conferindo, cheguei a conclusão que esse nome esquisito era o mais provável para representar o E. de Maria E.  Moraes. Na internet descobri que era o nome de uma santa espanhola, Egipciaca ou Egiciaca. Por fim, transcrevo o casamento  de Francisco da Rocha Bezerra Junior, que tempos depois foi morar no Pará. O documento de 1817 estava estragado e, portanto, pode haver equívocos na transcrição.
"Aos dez de outubro de mil oitocentos e dezassete pelas nove horas do dia na Capella de Santo Antonio do Potigi, desta freguesia depois de feitas as denunciações, nesta freguesia aonde ambos os nubentes são naturais e moradores;e não constando canônico ou civil impedimento com deve das sentenças   da dispensa de terceiro grau de sangüinidade atingente ao segundo e banhos que ficam no arquivo desta matriz em presença do Padre Manoel José Fernandes Barros de minha licença e das testemunhas Vito Antonio de Moraes e Francisco da Rocha Bezerra, brancos casados e moradores nesta Freguesia, se casarão em face da Igreja, solennemente Francisco da Rocha Bezerra Junior, filho legitimo de Francisco da Rocha Bezerra e D. Benardina Josefa de Moraes com D. Maria Egiciaca de Moraes filha legitima de Vito Antonio de Moraes, Castro, e D. Anna Poderosa de Moraes, e logo o dito Padre lhes deu as bençãos segundo os Ritos e   Ceremonias da Santa Madre Igreja; do que fiz este termo em que por verdade assignei. Feliciano José Dornellas, Vigário Colado".
Francisca de Moraes Castro, irmã de Maria Egiciaca, casou com Miguel Avelino do Rego Barros, em 1820. Outra irmã, Josefa Bernadina de Moraes, casou, em 8 de janeiro de 1818, com Manoel de Santo Antonio Álvares Beserra, de Aracati.
Francisco da Rocha Bezerra, pai, aparece registrando algumas cartas patentes, nos anos de 1752 e 1753 do governo de Pedro de Albuquerque Mello, por impedimento do Secretário do Governo. No próximo artigo, continuaremos a escrever mais sobre os Rocha Bezerra.

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