Em uma das suas “Actas Diurnas”,
constante do “Livro das Velhas Figuras”, escreveu Câmara Cascudo: Resta informar
que a família Alustau Navarro continua vivendo. Existem os descendentes de João
Lostau Navarro. Conheço pessoalmente o neto, em linha reta desse primitivo
colonizador do litoral norte-rio-grandense. É o sr. Cândido Freire de Alustau
Navarro, nascido em Papari, a 13 de agosto de 1856, numa quarta-feira, segundo
me disse. Todos os seus descendentes foram octogenários e nonagenários. Seu pai,
o professor Manuel Laurentino Freire de Alustau Navarro, aposentado, como
mestre de Letras Primárias em 28 de outubro de 1870, faleceu em Papari, com 84
anos, a 15 de novembro de 1899. Com elogio, a ele se refere dona Isabel Gondim.
Esse professor era filho de Antônio Freire de Amorim Navarro, este de Manoel
Pereira da Costa Guimarães, e este do próprio João de Alustau Navarro, que era,
pela família, julgado holandês, sem nenhuma razão, como se vê, vítima dos próprios
invasores.
Encontro o registro de casamento do
Professor Manoel Laurentino, do qual extraio os dados a seguir: aos 13 de
dezembro de 1846, em casa de Dona Angelina Rosa da Natividade, na Paróquia de
Papari, presentes Luiz Freire de Amorim, casado, e Basílio Freire de Alustau
Navarro, solteiro, se casaram Manoel Laurentino Freire de Alustau Navarro,
filho de Antônio Freire de Amorim Navarro e de Vicência Gomes da Silva Torres,
e Maria Petronila Torres, filha de Matias Fernandes Torres, falecido, e
Angelina Rosa da Natividade, ambos os nubentes brancos e naturais de Papari,
tendo havido dispensa de consanguinidade no 2º e 3º graus.
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