Páginas

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O Ajudante Bernardo Alves Conceição Rabello, Angicos

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Um dos genros do Tenente Antonio Lopes Viegas, lá de Angicos, era Bernardo Alves da Conceição Rabello, casado com Maria Francisca.  Em 1827, Antonio Bernardo Alves, filho de Bernardo Alves e de Maria Francisca, casou com a prima legítima, Joaquina Maria da Conceição, filha do alferes Antonio Lopes Viegas e Francisca Pereira.  Nessa data, Bernardo era falecido, e sua esposa Maria Francisca só veio a falecer em 1877, com a idade de 96 anos. Através do Projeto Resgate, foi possível encontrar uma carta patente de Ajudante, lá em Assú.

José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, Cavaleiro Professo na Ordem de Christo, Sargento-mor de Infantaria, Capitão-mor, Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, por sua Majestade Real, que Deus Guarde, o Príncipe Regente Nosso Senhor &. Faço saber em quem esta carta patente virem, que havendo respeito  a Bernardo Alves da Conceição Rabello ser proposto pelo capitão-mor das Ordenanças da Vila da Princesa, para exercer o posto de Ajudante das mesmas Ordenanças, e por esperar dele, que nas obrigações do Real Serviço se haverá muito com deve a boa confiança que faço de sua pessoa e conformando-me com a proposta do dito capitão-mor, hei por bem  na conformidade da Ordem Régia de 22 de dezembro de mil setecentos e quinze, nomear, como por esta nomeio, ao dito Bernardo Alves da Conceição Rabello, no posto de Ajudante das Ordenanças da Vila da Princesa de que é capitão-mor Antonio Correa de Araújo Furtado, que se acha vago desde a criação deste corpo, e com o qual posto não haverá soldo algum, mas, servindo como deve, gozará de todas as graças, liberdades, privilégios e isenções de que gozam os Ajudantes de Tropas Pagas, na forma que determina  a Carta Régia de 22 de março de 1766 /não obstante o Decreto de 1706/ que o contrário dispõe, e será obrigado a requerer a Sua Alteza Real, pelo seu Tribunal do Conselho Ultramarino a confirmação desta patente dentro de um ano, contado da data deste e não apresentando dentro do referido Termo ou Certidão de a haver entregue na Secretaria do dito Conselho, se lhe dará baixa do posto, na forma que determina a Ordem Régia de 28 de maio de 1795, pelo que ordeno ao dito Capitão-mor por tal o reconheça, honre, e estime, conferindo-lhe a posse e juramento de estilo, do que fará assento nas costa deste, e aos oficiais, e soldados e os subordinados lhe obedeçam e cumpram as suas ordens, relativas ao Real  Serviço, como deve e são obrigados. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente por mim assinada e selada com o sinete de minhas armas, que se registrará na Secretaria deste Governo, Vedoria desta Capitania, e Câmara ativa, donde se lhe assentará praça na forma de estilo. Dada na Vila da Princesa e Capitania do Rio Grande do Norte aos três de julho do ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e seis. Joze Rebello de Souza que serve de Secretário de Governo a  fez. Joze Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque.



Tenente João Manoel da Costa, meu pentavô

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Eu já tinha encontrado, anteriormente, uma carta patente de alferes para meu pentavô Francisco Xavier da Cruz, vaga que era ocupada por João Manoel da Costa, outro meu pentavô, seu irmão, que passou a tenente. Mas, esta última patente de João Manoel não tinha localizado. Agora, encontrei e posto aqui. 

Dom Thomas José de Mello do Conselho de sua Majestade Fidelíssima, Cavaleiro da Sagrada Religião de Malta, Chefe de Esquadra de Armada Real, Governador e Capitão General de Pernambuco, Paraíba, e mais Capitanias anexas, &. Faço saber aos que esta carta patente virem, que havendo respeito a João Manoel da Costa se achar exercendo com honra, prontidão e zelo do Real Serviço o posto de Alferes de uma das Companhias do Regimento de Cavalaria Auxiliar da Vila da Princesa, de que é Coronel Manoel José de Faria; e por esperar dele que daqui por diante nas obrigações do Real Serviço se haverá da mesma sorte, e muito como deve a boa confiança que faço de sua pessoa. Hei por bem na conformidade da Real Ordem de 24 de março do corrente ano, e do decreto de 7 de agosto de 1796, nomear / como por esta nomeio / ao dito João Manoel da Costa no posto de Tenente da Companhia do Capitão Luiz José de Araújo Picado, uma das do Regimento de Cavalaria Auxiliar da dita Vila da Princesa, de que é Coronel Manoel José de Faria, que vagou por passar a Capitão do mesmo Regimento José Carlos Vidal de Carvalho, que o exercia, com o qual posto não haverá soldo algum, mas gozará de todas as honras, graças, franquezas, liberdades, privilégios e isenções, do que gozam os tenentes de Tropas Pagas, na forma do que determina a Carta Régia de 22 de março de 1766, não obstante o decreto do ano de 1706 que o contrário dispõe; e será obrigado a requerer a Sua Majestade pelo Tribunal do Conselho Ultramarino a confirmação desta patente dentro de dois anos contados da data deste, e não apresentando, na data, termo ou certidão de haver entregue esta patente na Secretaria  do dito Conselho se lhe dará baixa do posto na forma que determina a Real Ordem de 28 de maio de 1795. Pelo que ordeno ao Capitão-Mor, Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, e dito Coronel, por tal o reconheçam honrem, e estimem, conferindo-lhe segundo o prosseguimento de estilo. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente por mim assinado e selado com o sinete de minhas armas, que se registrará na Secretaria deste Governo, e Vedoria do Rio Grande do Norte, e donde se lhe assentará praça, na forma de estilo. Dada no Recife de Pernambuco aos dezesseis de novembro. José Fernandes Quintela, oficial maior da Secretaria  de Governo a fez. Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e noventa e sete//Dom Antonio Pio de Lucena e Castro, Secretário de Governo a fez escrever. D. Thomaz José de Mello.