Vamos, sempre que possível, transcrever para este blog, alguns trabalhos literários de pessoas ligados a minha família, começando hoje com Luiz Xavier da Costa, com sua poesia Crime e Lenda
Esquálido jumento, ao léu abandonado,
Que assim se viu, depois de um labutar insano,
Dias, noites seguidas e de ano em ano,
Foi parar num jardim, pastando no gramado.
E foi, sem compaixão, detido e amarrado,
Por delito que o instinto, até no ser humano,
Não supõe seja mal, não crê que seja dano,
Nem sabe concluir, ao menos, se é pecado...
Reú da fôrça arbitrária, estúpida e falace,
Não tendo quem, pagando a multa, o resgatasse,
Ei-lo a cumprir, gemendo, a pena grave e dura!
Sem comer, nem beber, subsitir quem pode?...
E êsse animal sem dono, "expiatório bode",
Morreu de fome e sêde, entregue à Prefeitura!
Dêsse crime inaudito, originou-se a lenda
De um gemido que se ouve, às caladas da noite,
Quando alguém por ventura a passear se afoite
No jardim onde houve a tragédia tremenda
Um fantasma aparece, a suplicar que o atenda,
Que o deixe ali ficar, num canto, onde se acoite,
Escondido do algoz, resguardado do açoite,
A que se diz sujeito, em agonia horrenda!
E o notívago pára, assaltado de mêdo...
Permanece indeciso, até de manhã cedo,
Por estranho pavor dominado e tolhido...
Mas à luz da alvorada a dissipar a treva,
O lendário fantasma, ausentando-se, leva
Consigo o assombramento e o trágico gemido!
Nas conversas do vulgo, aquela aparição
É d'alma do verdugo, a sofrer noutra vida
O mesmo mal que fêz, a pena merecida
Onde todos os maus expiando culpa estão
Luiz Xavier da Costa nasceu na antiga povoação de Carapebas, hoje Afonso Bezerra (sede do município do mesmo nome), a 12 de agôsto de 1896.
É filho de Francisco Horácio Xavier da Costa e Sabina Martins Bezerra Grilo.
Estudos primários com os seus parentes José Gabriel Avelino e Jacó Avelino Bezerra, de cuja casa comercial foi empregado, antes de mudar residência para a cidade de Macau, aos doze anos de idade. Jacó deu-lhe lições de gramática, aritmética e geografia, por um método simples: mandando-o decorar as lições dos compêndios.
Em Macau Luiz Xavier continuou no comércio, até estabelecer-se por conta própria, sempre fazendo literatura, quanod ali se publicava algum jornal, como "Jornal de Macau", " O Povo", " A Tampa" e o " Ferrão".
Estudou sozinho, lendo o que podia. E chegou a ser advogado de réus pobres, dando expansão à sua vocação para as letras jurídicas, e suprindo a ausências de advogadoes em Macau.
Foi Secretário da Prefeitura local (1933-1935) e Prefeito do Município, no Governo Mário Câmara, durante o afastamento, por licença, do titular respectivo.
Luiz Xavier é guarda-livros provisionado, comerciante e industrial salineiro. Mas, apesar dos múltiplos afazeres, não abandonou totalmentes a poesia. A lira está de atalaia para os momentos propícios.
Texto construído a partir do livro de Romulo Wanderley: Panorama da Poesia Norte-rio-grandense.
Completando as informações acima, vejamos alguns dados genealógicos de Luiz Xavier da Costa, a partir dos informes sobre seus pais.
Luiz Xavier da Costa era neto paterno de Antonio Francisco Xavier da Costa e Anna Joaquina Xavier da Costa, e pela materna de José Bezerra da Silva Grilo e Maria Ferreira da Costa Bezerra.
Os pais de Antonio Francisco Xavier da Costa eram Gonçalo José Barbosa e Marianna Rosa da Silva; Já os pais de Anna Joaquina eram Alexandre Xavier da Costa e Vicência Xavier da Silva.
Os pais de José Bezerra da Silva Grillo eram Antonio Barbosa da Silva e Sabina Martins dos Santos; os de Maria Ferreira da Costa Bezerra eram o tenente-coronel Antonio Francisco Bezerra da Costa e Vicência Ferreira da Costa.
Além disso, Jacob, citado acima, era tio do escritor Afonso Bezerra, pois, era irmão de João Baptista, ambos filhos de Anna Jovina, e, por isso, netos do tenente-coronel Antonio Francisco Bezerra da Costa. José Gabriel descendia do Cadete José Avelino, irmão de Anna Jovina. José Bezerra da Silva Grilo era irmão de Maria da Silva, avó de Afonso Bezerra.
Pelas informações acima, Luiz Xavier da Costa era parente de Afonso Bezerra, Gilberto Avelino, Edinor, Georgino Avelino, Pedro Avelino, Emygdio Avelino, Balthazar da Rocha Bezerra, Antonio Lopes Viégas, e descendia, também, via Gonçalo José Barbosa, de João Machado de Mirando e Leonor Duarte de Azevedo, que viveram no final do secúlo XVII e começo de XVIII em Utinga, distrito de São Goncalo.
Luiz Xavier da Costa era neto paterno de Antonio Francisco Xavier da Costa e Anna Joaquina Xavier da Costa, e pela materna de José Bezerra da Silva Grilo e Maria Ferreira da Costa Bezerra.
Os pais de Antonio Francisco Xavier da Costa eram Gonçalo José Barbosa e Marianna Rosa da Silva; Já os pais de Anna Joaquina eram Alexandre Xavier da Costa e Vicência Xavier da Silva.
Os pais de José Bezerra da Silva Grillo eram Antonio Barbosa da Silva e Sabina Martins dos Santos; os de Maria Ferreira da Costa Bezerra eram o tenente-coronel Antonio Francisco Bezerra da Costa e Vicência Ferreira da Costa.
Além disso, Jacob, citado acima, era tio do escritor Afonso Bezerra, pois, era irmão de João Baptista, ambos filhos de Anna Jovina, e, por isso, netos do tenente-coronel Antonio Francisco Bezerra da Costa. José Gabriel descendia do Cadete José Avelino, irmão de Anna Jovina. José Bezerra da Silva Grilo era irmão de Maria da Silva, avó de Afonso Bezerra.
Pelas informações acima, Luiz Xavier da Costa era parente de Afonso Bezerra, Gilberto Avelino, Edinor, Georgino Avelino, Pedro Avelino, Emygdio Avelino, Balthazar da Rocha Bezerra, Antonio Lopes Viégas, e descendia, também, via Gonçalo José Barbosa, de João Machado de Mirando e Leonor Duarte de Azevedo, que viveram no final do secúlo XVII e começo de XVIII em Utinga, distrito de São Goncalo.